GRUPO DE TABAGISMO CFOE

Na manhã do dia 26/03/2024, no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, tivemos a 6ª sessão do grupo de tabagismo da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). O assunto abordado foi “Benefícios obtidos após parar de fumar”. Participaram da ação as Agentes Comunitários de Saúde Carolina Cardoso e Yasmin Weitzel, e o Fisioterapeuta Julio César.

O objetivo do grupo é reforçar a motivação dos participantes para manter o foco em parar de fumar, compartilhando experiências bem sucedidas entre os participantes e enfatizando a rede de apoio para prevenção de recaídas. Como parte do tratamento, teve sessão de auriculoterapia para controle da ansiedade e fissura.

26 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA EPILEPSIA

O dia 26 de março é marcado como Dia Roxo, ou Dia Internacional de Conscientização sobre a Pessoa com Epilepsia. A doença é a condição crônica neurológica mais prevalente no mundo – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas têm epilepsia. No Brasil, 2% da população têm a doença. No Distrito Federal, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) acompanha crianças e adolescentes com este quadro.

Giovanna Ferreira tinha 6 anos de idade quando começou a ter crises epiléticas. A família procurou ajuda médica e ela iniciou o atendimento no Hospital de Base, com a neurologista Renata Brasileiro. Em 2011, quando o Hospital da Criança de Brasília foi inaugurado, ela foi transferida para lá.

No Dia Roxo, quase quatro meses após a cirurgia, Giovanna comemora o sucesso do procedimento. A jovem, que completou 19 anos de idade no dia seguinte da cirurgia, já conseguiu realizar sonhos: “Minha vida está muito boa, nunca mais tive crises. Agora posso fazer minhas coisas, andar de bicicleta”, conta a adolescente. Antes da cirurgia, ela tinha muita vontade de aprender a cozinhar; agora, já consegue fazer o almoço sozinha.

A história de Giovanna foi citada na segunda-feira (25), em sessão solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O chefe da neurocirurgia do HCB, Benício Oton de Lima, participou da mesa da sessão solene e falou sobre o trabalho do hospital na estruturação de um programa específico de cirurgias para epilepsia. “Existem várias cirurgias, dependendo do tipo de epilepsia e do tipo de maneira que essa criança pode ser tratada; o HCB uniu um time de especialistas que se envolvem nessa forma de tratamento”, relatou o neurocirurgião.

Ao longo da sessão, os participantes do evento destacaram o impacto que a epilepsia traz para a vida dos pacientes – inclusive na idade adulta, dificultando ações como dirigir ou encontrar um emprego. A embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia em Goiânia, Aline Pansani, comentou o dado de que mais de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia e ressaltou que ela “não é uma doença rara, mas é escondida. Essa sessão é uma forma de trazer luz para essa causa”.

Pansani lembrou, ainda, dos riscos associados à doença e que não são divulgados: “Poucas pessoas falam sobre a mortalidade. Quando falta um medicamento na rede pública de saúde e o paciente tem que alterar o medicamento ou ficar sem, as crises podem perder o controle e, em uma crise, ele pode morrer subitamente. Então, é importante dar visibilidade a todos”.

Sintomas

“A epilepsia é o cérebro com uma hiperexcitabilidade neuronal, de maneira anormal e síncrona, gerando estímulos elétricos fora do comum”, explica a neurologista pediátrica do HCB, Renata Brasileiro. A doença pode ter várias causas genéticas, infecciosas, acidentes vasculares cerebrais, traumatismo craniano e zika vírus, entre outras, e o diagnóstico é feito de forma clínica. “Ele é feito por profissional médico da saúde básica, desde que tenha recebido treinamento adequado; depois, o paciente é referenciado para um especialista”, afirma Brasileiro.

A conscientização sobre o Dia Roxo passa pelo entendimento dos sintomas da epilepsia – especialmente das crises acarretadas pela doença. “As mais conhecidas da população são aquelas em que o paciente cai, fica duro, se debate; são crises que chamamos de tônica-crônica generalizada ou bilateral, popularmente conhecidas como convulsivas”, diz a médica. Brasileiro alerta, porém, que há outras formas de crise: “Você pode ter crises de ausência; crises em que o paciente sente um mal estar; ou que a pessoa puxa só um lado do corpo, só a boca. Em algumas crises, perde a consciência, mas há crises em que a pessoa sabe o que está acontecendo”.

Tratamento

O principal tratamento são os remédios, mas há outras abordagens, como a dieta cetogênica. Segundo a neurologista, essa “é uma dieta rica em gordura, pobre em proteínas e com praticamente nada em carboidrato; o objetivo é mudar a fonte de energia para o cérebro. É um ambulatório composto por médico-neurologista e nutricionista”.

A estruturação do ambulatório de dieta cetogênica do HCB foi construída com apoio da neuropediatra do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Ludmila de Lima. “A dieta funciona como uma medicação; é uma comida minimamente calculada pelo peso, estatura e condição nutricional do paciente por uma nutricionista especializada. Ela é basicamente feita de gorduras, um pouquinho de carboidratos (que são nossos açúcares), e a proteína é normal, porque ele precisa crescer e se desenvolver”, explica Lima.

Outra forma de tratamento é a abordagem cirúrgica, em que neurocirurgiões operam a área do cérebro onde se encontra a lesão neurológica que causa as crises epiléticas. Em novembro de 2023, o Hospital da Criança de Brasília realizou o procedimento para tratar a adolescente Giovanna Ferreira, então com 18 anos. O atendimento teve um diferencial: parte da cirurgia foi realizada com a paciente acordada – a região do cérebro que precisava passar por ressecção ficava muito próxima da área responsável pela fala. Por isso, a paciente precisou ser capaz de conversar durante o procedimento.

O HCB já realiza outras cirurgias do tipo, mas foi a primeira vez que o procedimento foi realizado com o paciente desperto. “Começamos normalmente, com a sedação, e expomos o cérebro para monitorizar a área da fala, saber se está fazendo sentido. A região a ser ressecada era muito próxima dessa área”, explica o neurocirurgião do HCB, Paulo Leão.

Para estimular a conscientização e a informação sobre a epilepsia, o Hospital da Criança de Brasília será iluminado de roxo, chamando a atenção da população.

24 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DE COMBATE À TUBERCULOSE

No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o Ministério da Saúde do Brasil lançou uma Campanha Nacional que coloca a eliminação da doença como prioridade para o país. Para isso, será mobilizado um esforço conjunto no Governo Federal, com a criação de um Comitê Interministerial para a eliminação da doença. O lançamento contou com a participação da representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a campanha do Brasil reafirma o compromisso com a agenda global para a eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública.

“É inadmissível que tantas pessoas percam a vida por uma doença que tem prevenção, tratamento e cura. […] A tuberculose é uma doença que atinge mais fortemente a população mais vulnerável. Entendemos que são populações e grupos populacionais que são negligenciados. O foco é nas pessoas e não nas doenças”, disse a ministra da Saúde.

Com a mensagem “Quem tem tuberculose nunca está sozinho. A gente testa, a gente trata, a gente vence”, a campanha será veiculada na TV aberta e segmentada, rádio, internet e em locais de grande circulação de pessoas em todo o país, com foco nas localidades de maior incidência da doença, como Manaus, Belém, Rio Branco, Recife e Rio de Janeiro.

As ações chamam a atenção para os principais sintomas, como tosse por três semanas ou mais, febre e emagrecimento. Além disso, reforçam que o diagnóstico e o tratamento, que leva à cura da tuberculose, estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Brasil é o país com o maior número de casos notificados de TB nas Américas. Em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no país. O número representa um aumento de 4,9% em relação à 2021, segundo informações da edição especial do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

A representante da OPAS e da OMS no Brasil chamou a atenção para os impactos da pandemia de COVID-19 no combate à tuberculose que, pela primeira vez em uma década, registrou um aumento no número de óbitos.

De acordo com ela, esse cenário pode ser revertido com uma resposta multisetorial e os meios de comunicação têm um papel fundamental nesse processo. “Para eliminarmos uma doença, precisamos falar sobre ela e, por isso, eu faço um chamado aos meios de comunicação e a toda a sociedade para se engajarem nesse desafio. Se não falarmos da doença, não temos como eliminá-la e hoje já temos todas as ferramentas para isso”, ressaltou.

Socorro Gross também destacou que está prevista para o mês de setembro a 2ª Reunião de Alto Nível sobre Tuberculose, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nessa ocasião, os países prestarão contas sobre as ações desenvolvidas, os progressos obtidos e os esforços para o alcance dos compromissos pela eliminação da doença.

Dentre esses compromissos, destacam-se os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as metas da Estratégia Global pelo Fim da TB da OMS e o conjunto de recomendações e metas estabelecidas na Declaração Política da 1ª Reunião de Alto Nível sobre Tuberculose, que ocorreu no ano de 2018.

Tuberculose tem cura

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria que quase sempre afeta os pulmões. É transmitida de pessoa para pessoa através do ar. Os sintomas da tuberculose ativa incluem tosse, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores noturnos.

O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no tempo correto e aumentar as chances de cura, principalmente entre a população que tem maior risco para sintomas graves. De acordo com orientações do Ministério da Saúde, as pessoas com sintomas da doença devem procurar uma unidade de saúde para avaliação e realização de exames. É importante, também, que os contatos mais próximos de uma pessoa com resultado positivo para a tuberculose sejam testados.

Além disso, uma das principais formas de proteção existentes contra casos graves da tuberculose em crianças menores de cinco anos é a vacina BCG, recomendada no Calendário Nacional de Vacinação para logo após o nascimento.

Nos últimos anos, houve uma redução importante da cobertura vacinal. Até 2018, o índice de vacinação se mantinha acima de 95%. A partir de 2019, a cobertura não ultrapassou os 88%. Essa queda representa aumento do risco de casos graves e óbito e, por isso, retomar a alta cobertura vacinal é fundamental para a eliminação da tuberculose no Brasil.

Fonte: Dia Mundial de Combate à Tuberculose: Brasil reforça ações para eliminação da doença como problema de saúde pública – OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde (paho.org)

22 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA ÁGUA

No dia 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Dia Mundial da Água, uma iniciativa global para destacar as questões cruciais relacionadas à água e promover a conscientização sobre a importância desse recurso vital. A cada ano, o Dia Mundial da Água aborda temas específicos para enfatizar diferentes aspectos relacionados à gestão, preservação e utilização sustentável da água.

Em 2024, o tema escolhido é “Água para a Paz”. Esta escolha reflete a crescente compreensão da interconexão entre a água, a segurança, o desenvolvimento sustentável e a paz mundial. A água, que é um recurso fundamental para a vida e o bem-estar humano, desempenha um papel crucial na estabilidade e prosperidade de comunidades, regiões e países inteiros.

A Importância da Água para a Paz

A água é um elemento essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos, sendo um recurso indispensável para a agricultura, indústria, geração de energia e consumo humano. Além disso, ela desempenha um papel fundamental na preservação dos ecossistemas aquáticos, garantindo a biodiversidade e a saúde do planeta como um todo.

O tema “Água para a Paz” destaca a necessidade de abordar as questões relacionadas à água como uma parte integrante do caminho para a paz global. Conflitos sobre recursos hídricos têm sido uma realidade em várias partes do mundo, ampliando as tensões entre nações e comunidades. Ao compreendermos e promovermos a gestão sustentável da água, podemos contribuir para a prevenção de conflitos e a construção de sociedades mais pacíficas e resilientes.

A falta de água em muitos lugares é mais comum do que se imagina e pode contribuir ou intensificar conflitos armados colocando em situação de vulnerabilidade muitas comunidades. Alguns exemplos onde isso acontece são: guerra entre Rússia e Ucrânia, conflitos na Faixa de Gaza, Colinas de Golã no Oriente Médio, Planalto do Tibete e muitos outros.  Você pode ver mais na matéria “A disputa por água é uma realidade”.

Desafios Atuais e Soluções Futuras

Atualmente, enfrentamos desafios significativos em relação à disponibilidade e qualidade da água. Mudanças climáticas, urbanização desenfreada, poluição e uso irresponsável dos recursos hídricos são ameaças que exigem ação imediata. Ao adotarmos práticas sustentáveis de gestão da água, podemos garantir o acesso equitativo a esse recurso vital, promovendo a justiça social e a cooperação internacional.

Iniciativas que promovem a eficiência hídrica, a reciclagem de água, a proteção de bacias hidrográficas e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras são passos fundamentais para alcançar o equilíbrio necessário. Além disso, a educação e conscientização pública desempenham um papel crucial na construção de uma cultura que valoriza a água como um bem coletivo.

Assim, a água sendo um recurso vital para a sobrevivência humana, desenvolvimento de atividades econômicas e manutenção dos ecossistemas, desempenha um papel crucial na estabilidade social e política, tanto internamente quanto nas relações entre países e territórios. É fundamental promover a boa gestão para evitar conflitos, além de:

  • Ajudar a avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável;
  • Promover a segurança alimentar, sustentar meios de vida saudáveis, fortalecer ecossistemas e contribuir para a resiliência às mudanças climáticas;
  • Reduzir riscos de desastres, fornecer energia renovável, apoiar cidades e indústrias e promoção da integração regional;
  • Promover uma economia circular com respeito aos direitos humanos;
  • Possibilitar e facilitar que os países estabeleçam acordos para melhor gerenciamento de recursos hídricos transfronteiriços.

Água como Agente de Transformação

Ao celebrarmos o Dia Mundial da Água em 2024 com o tema “Água para a Paz”, reconhecemos a necessidade de cooperação global para enfrentar os desafios relacionados à água e promover a paz duradoura. A gestão sustentável da água não apenas garante a segurança hídrica, mas também contribui para o desenvolvimento sustentável, a equidade e a estabilidade global.

Cada um de nós desempenha um papel vital na preservação desse recurso precioso. Ao adotarmos práticas responsáveis e apoiarmos iniciativas que promovem a conscientização e a ação, podemos construir um futuro onde a água seja um agente de transformação positiva, promovendo a paz e a prosperidade para as gerações futuras.

GRUPO DE ADOLESCENTES CFOE – DIVERGENTES

Na tarde do dia 21/03/2024, no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, tivemos mais um encontro do grupo de adolescentes da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). A psicóloga Marcia Barros promoveu uma discussão sobre o filme Zootopia, assistido no último encontro. Foram observados questões sobre projetos para o futuro profissional, possibilidades profissionais, expectativas pessoais e da família.

O objetivo é promover reflexão sobre o desenvolvimento e crescimento pessoal.

21 DE MARÇO – DIA DO ORGULHO SUS

Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.

A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.

Avanço: Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF-88), a “Saúde é direito de todos e dever do Estado”. No período anterior a CF-88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares, cabendo o atendimento aos demais cidadãos às entidades filantrópicas.

PRINCÍPIOS DO SUS

Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.

Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.

Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.

Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.

A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” traz informações para que você conheça seus direitos na hora de procurar atendimento de saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado.

  • Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde.
  • Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.
  • Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação.
  • Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos.
  • Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu trata- mento aconteça da forma adequada.
  • Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

DIA INTERNACIONAL CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL

No dia 21 de março, foi instituído o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial pela Lei n° 11.645. A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou, em 1966, a data em memória ao massacre de Shapeville, em Johanesburg, na África do Sul, em 1960.

Nesse mesmo ano, mais de 20 mil pessoas, das mais diversas comunidades negras africanas, avançavam em protesto contra a Lei da Posse, criada pelo Partido Nacional, como ferramenta de luta contra o racismo durante o Apartheid.

Lei 14.519/23 foi sancionada há um ano pelo Presidente da República

Só após 29 depois, foi instituída a Lei 7.716 de Crime Racial decretado como crime, qualquer ação resultante de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, mas somente no dia 21 de março de 2023, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.519/23, que estabelece o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser comemorado todos os anos no dia 21 de março. Injúria Racial também passou a ser considerada como crime de racismo.

No Brasil, os casos de racismo cresceram muito nos últimos anos. Entre 2018 e 202, houve um aumento de cerca de 31% nos casos. Além disso, é a população negra, a maior vítima de homicídios, representando 77,9% dos casos. A maioria das vítimas é jovem, tem entre 12 e 29 anos, e pertencem ao sexo masculino.

A violência, também, está expressa em ambientes corporativos e institucionais. O levantamento feito pelo Trilhas de Impacto, apontou que 86% das mulheres negras já sofreram casos de racismo em empresas. Além disso, outra pesquisa, da empresa CEGOS, identificou que 75% das empresas levantaram o racismo como a principal forma de discriminação.

Quais são os tipos de racismo, existentes?

Estrutural /social:Trata-se de uma estrutura institucional, cultural e social, causando a perpetuação do enraizamento da intensificação do preconceito e da discriminação.

Religioso: É um conjunto de ideias e práticas violenta que expressam a discriminação e o ódio por determinadas religiões de matrizes africanas.

Institucional: Prática de uma determinada organização, empresa, grupo, associação ou instituição pública em não promover um serviço para determinada pessoa devido sua cor, cultura ou origem étnica.

Cultural: Resulta na crença que existe superioridade entre as culturas existentes, no amplo sentido que “cultura” engloba, religião, costumes, línguas, dentre outras.

Individual: É expresso em atitudes discriminatórias individuais, por meio de estereótipos, insultos e rejeição a uma pessoa que não possua as mesmas características étnicas que a sua.

Comunitarista: Está ligado ao pensamento contemporâneo e nacionalistas, tornando racista na medida que privilegia a sua comunidade em detrimento de outra.

Ambiental/ Ecológico: É detectado quando as populações periféricas não recebem o mesmo tratamento que uma área central.

Racismo Sistêmico: Semelhante ao racismo institucional, referimo-nos a um sistema mais amplo de discriminação racial que permeia todos os aspectos da sociedade. Inclui a interação entre instituições e formação que contribui para a opressão e discriminação de determinados grupos raciais ou étnicos.

Recreativo: Pode ser definido como uma ofensa de cunho racial disfarçada de piada. Essa atitude costuma diminuir pessoas negras ou outros grupos racionalizados, fazendo com que se sintam diminuídas pelas características que marcam sua etnia ou raça.

Racismo na Indústria de Cosméticos: O racismo na indústria de cosméticos é um problema sério e recorrente, muitas marcas de cosméticos não oferecerem uma variedade de tons de base e produtos para diferentes tons de pele. Além disso, campanhas publicitárias muitas vezes promovem padrões de beleza eurocêntricos, excluindo pessoas de diferentes etnias.

Racismo no acesso à Saúde: Se manifesta de diversas formas, como falta de acesso a serviços de saúde de qualidade, discriminação por parte de profissionais de saúde, diagnósticos errôneos e tratamentos inadequados.

Racismo Educacional: Refere-se às práticas discriminatórias dentro do sistema educacional que prejudicam alunos de minorias étnicas ou raciais. Isso pode incluir disparidades na distribuição de recursos, discriminação no processo de admissão, falta de representatividade de professores e currículos eurocêntricos que marginalizam a história e a cultura de grupos minoritários.

Racismo primário: não conta com justificativas, acontece de forma mais psicológica e emocional.

Racismo Internalizado: Apesar de ser pouco discutido, esse tipo de racismo é mais frequente do que se imagina, sobretudo considerando os demais tipos de racismo que uma pessoa pode sofrer. Isso porque, nessa categoria, as atitudes e as crenças preconceituosas são como o próprio nome diz, internalizadas por membros de grupos racializados, que não aceitam a si ou a membros de seu próprio grupo.

Racismo Interpessoal: Ocorre em interações transfronteiras entre indivíduos de diferentes grupos raciais ou étnicos e pode incluir comportamentos discriminatórios, preconceituosos e estereotipados.

Racismo Sutil: Refere-se a formas mais discretas e subjetivas de discriminação racial, que podem ser mais difíceis de identificar e combater do que formas mais explícita de racismo. Isso pode incluir microagressões, estereótipos raciais, preconceitos implícitos e discriminação institucionalizada.

A Importância do combate a práticas racistas

Assim como todo movimento social, o movimento negro possui suas pautas e as defende. Ele surgiu, primeiramente, no período de escravidão e, hoje em dia, ainda com os reflexos deste período, busca, acima de tudo, políticas públicas para que a população negra tenha equidade em todos os sentidos. Além disso, visa a obter medidas de fiscalização e a efetiva aplicação das leis contra racismo e injúria racial.

Em 2013, após a morte de George Zimmerman morto por um policial norte-americano, a internet foi dominada pela hashtag #BlackLivesMatter na tradução português Brasil, ficou conhecida como #VidasNegrasImportam.
Ainda hoje, o combate ao racismo é uma campanha mundial que tem por objetivo a busca pela igualdade racial e justiça a todos os negros e afrodescendentes que ao longo da história resistiram e lutaram pelos seus espaços na sociedade.

 

Personalidades negras que fizeram história ao lutarem contra a discriminação racial

Abdias do Nascimento: Foi um ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras.

Nelson Mandela: Considerado como o mais importante líder da África Subsaariana, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana.

Dandara dos Palmares: Foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil no Quilombo de Palmares, casada com o maior líder quilombola já registrada, Zumbi dos Palmares.

Luís Gama: Foi um advogado, abolicionista, orador, jornalista e escritor brasileiro e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.

Lélia Gonzalez: Foi uma intelectual, autora, ativista, professora, filósofa e antropóloga brasileira. É uma referência nos estudos e debates de gênero, raça e classe no Brasil, América Latina e pelo mundo, sendo considerada uma das principais autoras do feminismo negro no país.

Mark Luther King: Foi um líder dos direitos civis nos Estados Unidos, conhecido por sua luta não violenta contra a discriminação racial. Ele foi um dos principais líderes do movimento pelos direitos civis.

Rosa Park: Foi uma ativista negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

Ângela Davis: Foi professora e filósofa socialista estadunidense que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, das Panteras Negras.

Temos ainda muitos outros que fizeram e seguem fazendo a luta do combate ao racismo expandir fronteiras. Segue a reflexão sobre como nos tornarmos aliados na luta contra a discriminação racial, pela inclusão social e igualdade de sonhos e oportunidades hoje, amanhã e num futuro próspero.

Fonte: 21 de março: Dia Internacional de luta pela eliminação da Discriminação Racial — Fundação Cultural Palmares (www.gov.br)

DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN

O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. É oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012. A data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

A Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1.866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria. Desde então, se tem avançado em seu conhecimento, ainda que existam mecanismos íntimos a descobrir. Em 1.958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética.

A SD é a primeira causa conhecida de discapacidade intelectual, representando aproximadamente 25% de todos os casos de atraso intelectual, traço presente em todas as pessoas com a síndrome. Estima-se que no Brasil ocorra 1 em cada 700 nascimentos, o que totaliza em torno de 270 mil pessoas com Síndrome de Down; no mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos.

É necessário destacar que a SD não é uma doença e, sim, uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.

Existe um conjunto de alterações associadas à SD que exigem especial atenção e necessitam de exames específicos para sua identificação, são elas: cardiopatia congênitas, alterações oftalmológicas, auditivas, do sistema digestório, endocrinológica, do aparelho locomotor, neurológicas, hematológicas e ortodônticas. Estudos nacionais revelam também, alta prevalência de doença celíaca (5,6%) em crianças com SD, que em caso de suspeita devem ser acompanhados por especialistas.

Não há relação entre as características físicas e um maior ou menor comprometimento intelectual – o desenvolvimento dos indivíduos está intimamente relacionado aos estímulos e aos incentivos que recebem, sobretudo nos primeiros anos de vida, e a carga genética herdada de seus pais, como qualquer pessoa.

Entendendo a trissomia:

Em cada célula do indivíduo existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A Síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia). Isso ocorre no momento da concepção de uma criança.

As pessoas com trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

Obs.: Cromossomos são as estruturas biológicas que contêm as informações genéticas; na espécie humana essa formação está distribuída em 23 pares, totalizando 46.

Características:

Entre as características físicas associadas à trissomia do 21 estão: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e hipotonia muscular. Em geral, as crianças com Síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico, mental e intelectual pode ser mais lento do que o de outras crianças da sua idade.

É essencial que bebês e crianças com Síndrome de Down sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo.

Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.

Para as comemorações do Dia Mundial da Síndrome de Down no Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down traz uma série de eventos em comemoração da data! Confira aqui!

Fontes:

Down Syndrome International

Dr. Dráuzio Varella

Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down

Fundação Síndrome de Down de Campinas

Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down

Movimento Down

GRAVAÇÃO VÍDEO AULA ACADEMIA CARIOCA

Na tarde do dia 20/03/2024, no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, a profissional de educação física da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), Julia Fonseca, gravou vídeo aula para passar para os participantes do programa Academia Carioca que não conseguem comparecer as aulas.

O objetivo de gravar esses conteúdos é para colocá-los na página da Academia Carioca no YouTube e ser uma alternativa de atividade física para o participante que não pode ir no dia e ter a possibilidade de fazer a aula em sua residência.

20 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA SAÚDE BUCAL

Neste dia 20 de março é celebrado o Dia Mundial da Saúde Bucal, data criada para conscientizar a população sobre os cuidados com os dentes e a higiene oral. De acordo com dados do IBGE de 2019, 34 milhões de brasileiros com mais de 18 anos perderam 13 ou mais dentes, e 14 milhões de pessoas perderam todos os dentes.

Cuidar da saúde bucal pode até mesmo prevenir doenças cardiovasculares, uma vez que uma área específica do organismo pode desencadear repercussões em outras regiões. A inflamação na gengiva, por exemplo, pode ser um precursor de complicações cardíacas.

Principais doenças de saúde bucal, entre elas estão:

Cárie Dentária
Danos nos dentes causados pela desmineralização do esmalte devido à ação de ácidos produzidos por bactérias presentes na placa bacteriana.

Gengivite e Periodontite
Inflamação e infecção dos tecidos que suportam os dentes, incluindo gengivas, ligamento periodontal e osso alveolar. A gengivite, que é a fase inicial, pode levar à periodontite se não tratada.

Halitose (Mau Hálito)

Geralmente relacionada a problemas dentários, higiene bucal inadequada, doenças gengivais, cáries ou infecções orais.

Câncer Oral
Pode afetar qualquer parte da boca e, muitas vezes, está relacionado a fatores como uso de tabaco e álcool, infecção por HPV e exposição excessiva ao sol nos lábios.

Alguns sintomas podem indicar problemas na saúde bucal, como:

  • Dor de dente ou sensibilidade dental;
  • Gengivas que sangram facilmente, estão inchadas, vermelhas ou doloridas;
  • Mau hálito persistente;
  • Mudança na forma como os dentes se encaixam ao morder;
  • Feridas, manchas ou áreas de descoloração na boca.

Prevenção é sempre o melhor caminho para garantir uma boa higiene bucal e evitar doenças mais graves na boca. Entre as recomendações do dentistas estão:

Escovação adequada
Escove os dentes pelo menos duas vezes por dia, utilizando uma escova de dentes de cerdas macias e pasta de dentes com flúor.

Uso do fio dental
Use fio dental diariamente para remover partículas de comida e placa bacteriana entre os dentes e abaixo da linha da gengiva.

Alimentação saudável
Mantenha uma dieta equilibrada e limite o consumo de açúcares e carboidratos, que podem favorecer o desenvolvimento de cáries.

Visitas regulares ao dentista
Realize check-ups e limpezas profissionais regularmente, geralmente a cada 6 meses, ou conforme recomendado pelo seu dentista.

Evite tabaco e limite o álcool
Esses hábitos podem aumentar o risco de câncer oral, doenças gengivais e outros problemas de saúde bucal.