Neste 13 de novembro se vale da poesia do escritor moçambicano Mia Couto para lembrar que “Toda gentileza é um ato de amor”.
Em tempos de tanta brutalidade e indiferença diante da dor e da violência que nos ameaça das mais diferentes formas, celebremos esse Dia Mundial da Gentileza criado em uma conferência em Tóquio realizada em 1996, que reuniu grupos que propagavam esse conceito pelo mundo. Mas o movimento só foi criado oficialmente em 2000 com a intenção de inspirar pessoas a criar um mundo mais gentil.
No Brasil hoje também é dia de lembrar a trajetória de solidariedade de José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza.
A partir de um acontecimento trágico que marcou a vida brasileira e particularmente a cidade de Niterói, nos idos de 1961. O incêndio no Gran Circus Norte-Americano, que, infelizmente, causou a morte de 500 pessoas ele mudou-se para o local do incêndio para consolar as famílias das vítimas. Durante 4 anos levou conforto e carinho a muitas famílias das vítimas do incêndio.
Anos mais tarde começou a escrever diversas frases e poemas em 56 pilastras do viaduto do Caju. Até sua morte, em 1996, Gentileza expôs sua obra numa extensão de, aproximadamente, 1,5 km na Avenida Brasil. Até que, um dia, os poemas de Gentileza foram apagados pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana, do Rio de Janeiro.
O fato mereceu o protesto da cantora Marisa Monte na música Gentileza, do CD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, lançado em 2000. Um dos trechos da canção diz: “Apagaram tudo/Pintaram tudo de cinza. A palavra no muro. Ficou coberta de tinta”.
Felizmente a música protesto de Marisa Monte não foi em vão. Em abril de 2010, após dez anos de desgaste, quatro artistas plásticos iniciaram uma nova restauração, a partir da pilastra número um, no Km zero da Avenida Brasil. Era desse ponto que Gentileza dava as boas-vindas a quem chegasse à cidade maravilhosa.