26/4 – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença.

A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.

A hipertensão arterial pode ser primária, quando geneticamente determinada ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde, como doenças renais, da tireoide ou das suprarrenais. É fundamental diagnosticar a origem do problema, para que seja introduzido o tratamento adequado.

Sintomas:

Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser os sinais de alerta, entretanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante medir regularmente a pressão arterial.

Principais causas:

Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.

Tratamento e cuidados após o diagnóstico:

A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, entre outros.

Complicações:

As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. O tratamento da hipertensão, de forma continua, amplia a qualidade e a expectativa de vida.

Prevenção e controle:

– manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.


Fontes
:

Ministério da Saúde. Hipertensão: vida saudável o melhor remédio
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas
Sociedade Brasileira de Cardiologia

17/04 – DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA HEMOFILIA

Hemofilia: entenda o que é doença que impede sangue de coagular

17 de abril é o Dia Mundial da Hemofilia. Doença é hereditária e considerada rara. Segundo entidade, no Brasil há 14 mil pessoas diagnosticadas com hemofilia.

Quando você se machuca, o seu corpo age para estancar o sangramento e impedir que você tenha uma hemorragia. No entanto, para 14 mil pessoas no Brasil, qualquer ferimento pode ser um risco grave à saúde porque o corpo não tem essa capacidade. Eles têm hemofilia.

🩸 A hemofilia é uma doença rara, sem cura e hereditária que afeta a coagulação. As pessoas com a doença têm deficiência de proteínas que atuam nesse processo.

Como a doença se desenvolve e como é diagnosticada?

A coagulação é essencial para a proteção da vida. Isso porque ela age em traumas, quando por exemplo, nos cortamos, impedindo que o sangramento se prolongue até a morte. Mas também porque ela estanca as microlesões do dia a dia.

Um dos casos ocorre mesmo durante as caminhadas. Enquanto você anda, as articulações se movimentam e podem causar pequenas lesões que chegam a sangrar, mas o corpo age automaticamente e, sem que você perceba, o sangramento é estancado.

No caso de hemofílicos, isso não acontece e essas lesões causam sangramentos constantes que podem, inclusive, debilitar as articulações.

Para entender melhor, é preciso compreender como a coagulação acontece:

  • 🩸 Quando alguma parte do corpo começa a sangrar, as proteínas, que são os elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo, entram em ação para estancar o sangramento.
  • 🩸 No primeiro momento, as plaquetas do sangue criam uma espécie de tampão para estancar o sangramento inicial.
  • 🩸 Depois, precisa começar o processo de coagulação, que mantém o sangue estancado até a cicatrização.

Na hemofilia, esse processo é interrompido e a coagulação não acontece. A hematologista do hospital Sírio Libanês, Martha Arruda, explica que a coagulação acontece em cascata, na qual um fator genético é dependente do outro. Nos hemofílicos, essa cascata é interrompida por dois tipos específicos de proteína, uma chamada de fator de coagulação VIII e outra de fator de coagulação IX.

“Quando o paciente não tem os fatores disponíveis, não consegue produzir o coágulo. O processo de estancar o sangue começa, mas não termina. Esses sangramentos podem ter consequências graves”, explica.

A hemofilia é resultado de uma mutação nos genes ligados à coagulação. Esses genes estão no cromossomo X, que é o feminino, e por isso a doença é sempre passada de mãe para filho e é mais comum em homens que em mulheres.

👉 Ela é dividida em dois tipos: a hemofilia A e a hemofilia B. A classificação está relacionada ao tipo de proteína que a pessoa não consegue produzir. O tipo A é o mais comum entre os pacientes, responsável por 80% dos casos.

Geralmente, o diagnóstico acontece já na primeira infância. Isso porque os pacientes são sensíveis e qualquer batida pode gerar inchaços e hematomas grandes, que acabam chamando a atenção e levando à investigação. A doença é confirmada por exames de sangue que detectam a dificuldade na coagulação.

Quais são os riscos?

Quem tem a doença corre o risco com cortes, traumas (batidas) e quedas. Qualquer ferimento interno, por menor que seja, pode levar a um sangramento de alto volume – o que coloca a vida em risco.

Além disso, há ainda um risco maior, que são o que os médicos chamam de sangramentos espontâneos.

👉 Eles acontecem como resultado das lesões do dia a dia. Enquanto nos movimentamos, nosso corpo se lesiona por dentro e estanca automaticamente – processo que não acontece com os hemofílicos. Com isso, esse tipo de sangramento pode comprometer a articulação, levando até à deficiência motora.

“Quando nos movimentamos, fazemos pequenas lesões que não são estancadas nos hemofílicos. Isso pode comprometer a articulação. Além disso, eles precisam de muito cuidado com quedas. Se um paciente bate a cabeça, por exemplo, ele precisa ser levado imediatamente ao hospital porque o risco de ter um sangramento letal é enorme”, explica Martha Arruda, hematologista que atende pacientes com a doença.

Quais os tratamentos?

Com a deficiência, o paciente com a doença precisa receber o fator de coagulação VIII para que o corpo consiga continuar o processo de coágulo.

👉 Até os anos 90, isso era feito por transfusão de sangue – o paciente recebia uma bolsa com o sangue de outra pessoa que não tinha deficiência do fator. Com isso, há inúmeros casos de pacientes que contraíram doenças como HIV e Hepatite.

“Até os anos 90, vimos muitos casos de pacientes contaminados por HIV e hepatite no tratamento porque recebia o sangue e eram muitas transfusões. Hoje, a medicina e a tecnologia evoluíram e conseguimos trabalhar o plasma e o paciente recebe o fator como um remédio, não mais no sangue”, explica Martha, hematologista no hospital Sírio Libanês.

🩸 A aplicação precisa ser feita de três a sete vezes por semana, dependendo da gravidade do paciente, de forma venosa. Segundo a especialista, com isso, a pessoa consegue levar uma vida normal, apesar do cuidado com as lesões, quedas e ferimentos.

🩸 No entanto, há pacientes que além de não terem o fator genético que atua na coagulação, têm uma resposta imune a ele. Ou seja, ao receberem o medicamento com a reposição, o sistema imunológico começa a atacar. Nesses casos eles são dependentes de um remédio de alto custo, que é um anticorpo monoclonal.

“O medicamento age como um “by pass” e supera a necessidade do fator VIII ativando a cascata de coagulação de outra maneira. Nesse caso, ele é usado subcutâneo semanal”, explica a especialista.

O medicamento está disponível no SUS para quem tem a resposta imune, mas há demanda de pacientes para que ele seja disponível a qualquer pessoa com a doença. Isso porque a aplicação é subcutânea, o que facilita para o paciente, além de precisar de menos inserções – apenas uma por semana.

12 DE ABRIL: DIA DO OBSTETRA

No dia 12 de abril comemora-se o Dia do Obstetra, uma homenagem nacional ao profissional que acompanha a mulher em toda a sua gestação até o puerpério.

obstetra é o médico responsável por cuidar de todo o processo de gravidez e nascimento da criança para garantir que ocorra da melhor maneira possível. Assim, essa especialidade se dedica à reprodução da mulher.

Muitas pessoas têm dúvidas sobre quando procurar um obstetra. A recomendação é que a mulher procure um obstetra quando planejar uma gravidez ou a partir do momento em que descobrir ou suspeitar que está grávida. Esse profissional vai orientar sobre cuidados com a alimentação, mudanças no corpo e outros fatores para ter uma gestação saudável.

Também é de suma importância procurar acompanhamento obstétrico durante a gravidez quando surgir casos de sangramento na gestação, inchaço, febre, dores, vômitos excessivos e perda de líquido vaginal.

Qual a diferença entre ginecologista e obstetra?

Tanto o médico ginecologista quanto o obstetra cuidam da saúde da mulher. No entanto, o ginecologista trata da saúde íntima feminina, enquanto o obstetra está voltado para grávidas e mulheres que estão planejando ter filho. A primeira consulta a um ginecologista deve acontecer assim que a mulher inicia a vida sexual ou se perceber um problema.

O ginecologista é indicado para fazer o exame pélvico para analisar os genitais externos; fazer o papanicolau para verificar a presença de alguma doença sexualmente transmissível; fazer o exame das mamas, analisando se há alguma anormalidade; solicitar exames laboratoriais; tirar dúvidas sobre sexualidade e saúde feminina; orientar sobre prevenção de doenças e contracepção, dentre outras atribuições.

Já o médico obstetra é indicado para realizar partos; fazer acompanhamento durante a gravidez e pós-parto; dar orientação à família; fazer atendimento a recém-nascidos; solicitar exames para verificar o estado de saúde da mãe e do bebê; dentre outras funções.

11 DE ABRIL – DIA DO INFECTOLOGISTA

O Dia do Infectologista é comemorado em 11 de abril, data em que se homenageia o médico especialista em doenças infecciosas e parasitárias, tais como dengue, febre amarela, hepatites e esquistossomose.

A importância dessa especialidade médica é reconhecida há muitos anos, desde o final do século 19, quando graves epidemias assolavam o Brasil.

Atualmente, as doenças infecciosas são uma das principais causas da grande afluência de pessoas aos prontos-socorros.

Origem do Dia do Médico Infectologista

A comemoração foi instituída em 2005 pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que escolheu essa data porque 11 de abril é o dia do nascimento de Emílio Ribas, um dos pioneiros da área no Brasil.

Emílio Ribas (1862-1925) foi um renomado médico que se destacou no combate à febre amarela. Além de estudar e executar diversas experiências sobre doenças infecciosas, durante quase duas décadas foi diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo.

Através do seu trabalho, esse sanitarista brasileiro conseguiu provar que a transmissão da febre amarela dava-se através da picada do Aedes Aegypti; é que todos achavam que a transmissão era feita entre pessoas.

Foi, então, que Emílio Ribas deixou que o mosquito contaminado o picasse com o objetivo de corroborar a sua suspeita.

Emílio Ribas, um dos pais do sanitarismo brasileiro (Foto: Reprodução)
Emílio Ribas, um dos pais do sanitarismo brasileiro (Foto: Reprodução)

CAMPANHA DE MOBILIZAÇÃO PARA VACINAÇÃO CONTRA HPV

A Secretaria Municipal de Saúde deu início, na última quinta-feira (4/4/24), na Casa da Juventude do Centro, da Secretaria Municipal da Juventude, a uma campanha de mobilização para reforçar a vacinação – agora em dose única – contra o vírus HPV, causador do câncer de colo do útero e de pênis, entre outros tipos da doença. As organizações Mundial e Pan-Americana da Saúde comprovaram que uma dose da vacina HPV quadrivalente pode ser tão benéfica quanto duas ou três doses em áreas com alta cobertura vacinal. Seguindo orientação do Ministério da Saúde, o município do Rio passa a aplicar o imunizante em dose única em meninos e meninas de 9 a 19 anos.

– O objetivo dessa campanha é ampliar a cobertura vacinal contra o vírus do HPV e vacinar o maior número de pessoas nessa faixa etária. É uma vacina que protege contra vários tipos de câncer, mas principalmente contra o câncer de colo de útero, mais prevalente nas mulheres. O HPV ainda é uma das doenças que mais mata no município do Rio de Janeiro. Cerca de 700 mulheres por ano têm câncer de colo do útero na nossa cidade, que pode ser evitável com a vacinação. Vários países já erradicaram o HPV e aqui no Brasil também é possível fazer isso – explicou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

De acordo com estudos recentes, a vacinação pode reduzir em até 87% as taxas de câncer de colo do útero. Nos últimos 10 anos, mais de 815 mil pessoas tomaram pelo menos a primeira dose da vacina na cidade, no entanto, atingir a meta de 80% de cobertura ainda é um desafio. No município do Rio, 74% das meninas tomaram ao menos uma dose da vacina e apenas 48% dos meninos foram vacinados. Além do benefício individual para a saúde, a vacinação contra o HPV também reduz o impacto social e econômico dos tratamentos de câncer e outras complicações relacionadas ao vírus. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 17 mil novos casos de câncer de colo do útero são diagnosticados por ano no país, com 7 mil óbitos anuais.

– Nós temos, na cidade do Rio, quase meio milhão de jovens na faixa etária para se vacinar, até os 19 anos, e nos equipamentos da Secretaria de Juventude circulam quase cinco mil jovens todos os meses. Então, é uma campanha que vem em um bom momento. A gente quer que o jovem entenda, de uma vez por todas, que só a vacina pode salvar vidas. Estaremos como parceiros da Secretaria de Saúde em todos os nossos equipamentos, fortalecendo a campanha, engajando os jovens para que eles se vacinem e para que se protejam – disse o secretário municipal da Juventude, Salvino Oliveira.

A neoplasia de colo de útero é o quarto tipo de câncer que mais atinge mulheres no mundo. Desde 2014, a vacina HPV quadrivalente é oferecida gratuitamente pelo SUS para adolescentes até 19 anos. O imunizante trabalha na prevenção de lesões genitais pré-cancerosas de colo de útero e contra as verrugas genitais em mulheres e homens, estimulando o organismo a produzir anticorpos que vão agir contra o vírus, transmitido durante a relação sexual. A indicação, portanto, é que a aplicação da vacina seja anterior ao início da vida sexual, antes do possível contato com o vírus, por isso a faixa etária adotada pelo Programa Nacional de Imunizações. O HPV também pode causar câncer de pênis, ânus, vulva, vagina, boca e garganta.

A vacina HPV quadrivalente está disponível em todas as 238 clínicas da família e centros municipais de saúde espalhados por toda a cidade, além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h; e do Super Centro Carioca de Vacinação, unidade Campo Grande, localizado no ParkShoppingCampoGrande, que também funciona todos os dias, de acordo com o horário de funcionamento do centro comercial; e nos dois Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para indicações especiais. Ao se dirigir aos postos, os responsáveis devem levar a caderneta ou comprovante de vacinação da criança e do adolescente sempre que disponível e um documento de identificação.

GRUPO DE TABAGISMO – CFOE

No dia 09/04/2024 pela manhã, tivemos no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, o grupo de tabagismo da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). A reunião foi sobre a manutenção com apoio terapêutico e auriculoterapia, uma roda de conversa sobre os benefícios de parar de fumar.

O objetivo é reforçar a conquista de parar de fumar, aquisição de hábitos saudáveis e mais qualidade de vida. Auriculoterapia com recurso de enfrentamento da fissura e compulsão pelo cigarro.

Os responsáveis pelo grupo foram a psicóloga Marcia Barros e o fisioterapeuta Julio Nascimento, da equipe de multiprofissionais da unidade.

7 DE ABRIL – DIA MUNDIAL DA SAÚDE

O Dia Mundial da Saúde, comemorado no 7 de abril, é uma data, criada em 1948 pela Organização Mundial da Saúde, que tem como objetivo conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Essa data foi estabelecida para coincidir com a de fundação da referida organização, e foi comemorada, pela primeira vez, em 1950.

A cada ano, um tema é adotado, e esses temas refletem alguns dos principais problemas relacionados à saúde que afetam a população mundial.

Veja alguns deles de campanhas anteriores: “Salvar vidas: hospitais seguros em situações de emergência” (2009); “Hipertensão: conheça seus números” (2013); “Do campo à mesa, obtendo alimentos seguros” (2015); “Vamos conversar” (lema de 2017 que teve como mote a depressão); e “Saúde universal: para todos e todas, em todos os lugares” (2019).”

Definição de saúde
Muitas pessoas consideram-se saudáveis quando estão sem nenhuma doença, porém a falta de enfermidades não significa presença de saúde. Dizer que uma pessoa está saudável requer a análise de um conjunto de fatores, tais como qualidade de vida e aspectos mentais e físicos.

Em 1946, a Organização Mundial da Saúde aprovou um conceito que visava ampliar a visão do mundo a respeito do que seria estar saudável. Ficou definido então que “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

De acordo com esse conceito, percebemos que saúde não é um estado fácil de ser alcançado, uma vez que nem todas as pessoas conseguem viver sem tristezas, sem preocupações e interagindo com o restante da sociedade de maneira harmoniosa. A saúde deve ser vista como uma forma de total bem-estar, que é conseguido não só por meio do tratamento de doenças ou de sua prevenção, mas também da qualidade de vida.

De acordo com a Lei nº 8.080, de 1990, a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. A lei também enfoca que, para haver saúde, alguns fatores são determinantes, tais como: a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer, e o acesso aos bens e serviços essenciais.”

“Percebe-se, portanto, que todos os fatores, por mais irrelevantes que possam parecer, afetam a vida de um indivíduo e, consequentemente, a sua saúde. O papel do Estado para garantir o bem-estar da população é fundamental, pois é ele o responsável pela qualidade de vida de cada cidadão.

É fundamental que, além de cuidarmos da nossa saúde, participemos da luta por melhorias em nosso país. Vale destacar que não devemos procurar melhorias apenas em hospitais, devemos lutar por mais segurança, educação, lazer, cultura, entre outros direitos básicos e fundamentais para o completo bem-estar individual e social.”

Como ser saudável nos dias atuais?
Ser saudável nos dias atuais não é fácil, uma vez que enfrentamos desafios, como rotinas estressantes, pouco tempo para fazermos nossos alimentos e também para praticarmos atividades físicas. Entretanto, devemos tentar ao máximo adotar no dia a dia práticas que melhorem nossa qualidade de vida a fim de conseguirmos uma melhoria física, mental e também social.

Veja, a seguir, alguns pontos essenciais para mantermos nossa saúde:

Alimentar-se de maneira saudável, retirando, por exemplo, excesso de açúcares, sal e gordura.

Dormir bem.

Praticar atividades físicas.

Utilizar medicamentos apenas com recomendação médica.

Lavar sempre as mãos.

Beber muita água.

Não fazer uso de cigarro e não consumir bebidas alcoólicas em excesso.

Evitar atividades que te causem estresse.

Adicionar à sua rotina atividades que te dão prazer.

Ter controle financeiro.

Não comparar o seu padrão de vida com o de outras pessoas.

Manter as suas amizades e tratar bem as pessoas que estão a sua volta.

Tentar ser positivo diante dos acontecimentos do dia a dia.”

ABRIL AZUL – MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Abril é o mês da conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a campanha Abril Azul tem como propósito dar visibilidade à sociedade sobre o tema. Afinal, é com o conhecimento que combatemos o preconceito.

Antes de tudo, o TEA não é uma doença, mas sim uma forma diferente de funcionamento do cérebro. Trata-se de transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação, sociabilidade e interação social, acompanhados por comportamentos repetitivos, interesses restritos e insistência nas mesmas coisas, variando a intensidade em cada pessoa.

No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), os diagnósticos de Autismo, Transtorno de Asperger e Transtorno Global do Desenvolvimento foram unificados sob a categoria do Transtorno do Espectro Autista. Agora a classificação é por níveis:

  • No nível 1, a pessoa apresenta interesse reduzido em iniciar interações sociais e persistência nas mesmas atividades e comportamentos. Também apresenta problemas com organização e planejamento, que acabam sendo obstáculos à independência. Exige apoio leve para diminuir os prejuízos;
  • No nível 2, a pessoa apresenta déficits mais acentuados na comunicação, com dificuldade em iniciar interações sociais e em responder a aberturas sociais que partem dos outros. Há uma maior dificuldade em lidar com mudanças e apresenta comportamentos mais repetitivos e aparentes. Necessita de apoio relevante;
  • No nível 3, e mais grave, a pessoa necessita de muito apoio para a comunicação básica e o envolvimento com outros. O déficit na comunicação se apresenta de forma mais evidente.

Os sintomas se manifestam nos primeiros anos e perduram a vida toda. Como já explicado, o TEA não é uma doença, portanto, não há cura. Compreender seu funcionamento em cada fase da vida é a melhor forma para garantir qualidade de vida e inclusão social do indivíduo. E é nesse cenário que a presença da Previdência Social se faz fundamental.

Quais são os benefícios do INSS ao autista?

Normalmente associamos o Transtorno do Espectro Autista a crianças, mas hoje, com a evolução dos diagnósticos, muitos adultos vêm se descobrindo dentro do espectro. Nesse contexto, a pessoa com TEA tem direito a qualquer benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desde que cumpra os requisitos necessários de cada um.

Por exemplo, um trabalhador com autismo que precisa se afastar de suas atividades por conta de comorbidades relativas ao transtorno pode dar entrada em um benefício por incapacidade temporária. Ou se quiser se aposentar devido à deficiência terá direito à aposentadoria da pessoa com deficiência por idade, ou por tempo de contribuição, com redução na idade ou no tempo de contribuição necessários para a aprovação do benefício.

Esses são exemplos de benefícios previdenciários, cuja aprovação depende da qualidade de segurado do cidadão, ou seja, é necessário contribuir à Previdência Social para ter direito. Mas para quem não é contribuinte e é baixa renda, temos os benefícios assistenciais: o benefício de prestação continuada (BPC) à pessoa com deficiência, e o auxílio-inclusão.

Para o BPC é necessário que a pessoa com TEA seja considerada incapaz de se manter sozinha, e a renda de cada pessoa do grupo familiar deve ser limitada a um ¼ do salário mínimo. Em 2024, com o salário mínimo em R$ 1.412, a renda por pessoa da família não pode ultrapassar R$ 353. O valor do BPC é de um salário mínimo.

Já o auxílio-inclusão é destinado às pessoas com deficiência moderada ou grave que recebem ou já receberam o BPC à pessoa com deficiência, e que estão trabalhando. O valor do benefício corresponde à metade do valor do BPC, portanto, R$ 706 atualmente.

A solicitação de qualquer um dos benefícios é feita pelo Meu INSS (https://meu.inss.gov.br/ ou no aplicativo para celular), na opção “Novo Pedido”, ou ligando no telefone 135. A ligação é gratuita e o atendimento está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Salas multissensoriais para integração

As salas multissensoriais servem como um refúgio do ambiente externo para pessoas com hipersensibilidade e dificuldade em lidar com informações visuais, sonoras ou toques, como as pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

Visando o bem-estar de crianças e demais pessoas com TEA, o INSS vai instalar as salas multissensoriais ainda neste ano em ao menos 14 localidades de suas unidades: Juazeiro, Fortaleza, Timbaúba e Santo Antônio de Jesus, no Nordeste; São Bernardo do Campo, Guarulhos, Vila Velha, Montes Claros, Praça da Bandeira e Duque de Caxias, no Sudeste; Ponta Grossa e Joinville, no Sul; e Rio Branco e Parauapebas, no Norte/Centro-Oeste.

Os ambientes contarão com espaços individuais e adaptados, com itens como brinquedos, livros, iluminação regulável, ambiente com atenuação de ruídos, abafadores, almofadas e tapetes sensoriais.


Conheça as redes oficiais do INSS:

Instagram: https://www.instagram.com/inss_oficial_gov/
Threads: https://www.threads.net/@inss_oficial_gov
X (ex-Twitter): https://twitter.com/INSS_oficial
Facebook: https://www.facebook.com/inss.gov
YouTube: https://www.youtube.com/@INSSOficial
TikTok: tiktok.com/@inss.gov.br

04 de Abril – Dia Nacional do Parkinsoniano

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (ONU), existem aproximadamente, 4 milhões de pessoas no mundo com a doença. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, esse número pode dobrar até 2040.

Principais sintomas:

OS principais sintomas da doença de Parkinson são a lentidão motora (bradicinesia), a rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio. Estes são os chamados “sintomas motores” da doença, mas podem ocorrer também “sintomas não-motores” como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.

Fontes:
Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda – Assefaz
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

02/04 – Dia Mundial da Conscientização do Autismo

A ONU (Organização das Nações Unidas), no fim de 2007, definiu todo 2 de abril como sendo o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (no original em inglês: World Autism Awareness Day), quando cartões-postais de todo o planeta se iluminam de azul — no Brasil, o mais famoso é o Cristo Redentor — para lembrar a data e chamar a atenção da mídia e da sociedade para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Em 2024 o tema é “Valorize as capacidades e respeite os limites!“, com a hashtag #AutistaValorizeCapacidades nas redes sociais. Desde 2020, todo ano, a comunidade envolvida com a causa do autismo no Brasil todo segue, unida, em uma campanha nacional com tema único. Em 2020 o tema foi: Respeito para todo o espectro” — hashtag #RESPECTRO. Veja os temas de 2020, 2021, 2022 e 2023.

A ONU também lança temas — normalmente ligados à realidade de países mais desenvolvidos. Para 2019, o tema escolhido pela ONU foi “Tecnologias assistivas, participação ativa” e o secretário-geral das Nações Unidas enviou mensagem falando de inclusão e sobre a importância de dar voz aos autistas adultos.

Uma campanha mundial acontece todo ano para ilumiinar de azul grandes monumentos e cartões postais do planeta, para chamar a atenção da sociedade para conscientizar-se a respeito do autismo — é o “Ligh it up Blue!”. Alguns exemplos são: o Empire State Building (nos EUA), a Torre Eiffel (na França), a CN Tower (no Canadá), as pirâmides do Egito, entre outros. No Brasil, o mais famoso é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ).

A pedido da Revista Autismo, em 2019, o desenhista Maurício de Sousa produziu uma tirinha especial para o 2/abril — com o André, o personagem autista da Turma da Mônica —, através do Instituto Maurício de Sousa.

No início de 2019, o instituto fez parceria com a revista. Neste ano (2022), o André, o personagem autista da Turma da Mônica, é a estrela do cartaz oficial da campanha.

Antes da pandemia, vários eventos, palestras e caminhadas eram realizadas em alusão à data, em todo o Brasil. O maior deles, em 2019, foi a caminhada na Av. Paulista, que reuniu mais de dez mil pessoas em prol da causa (veja nosso artigo “Caminhada pelo autismo azulou a Av. Paulista” e assista ao vídeo do minidocumentário “Dez mil azuis“).

O autismo — nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam — há desde pessoas com outros transtornos, doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.