Estudo da Fiocruz Aponta Crescimento Alarmante da Obesidade no Brasil nos Próximos 20 Anos

UITLIDADE PÚBLICA:

Uma nova pesquisa apresentada no Congresso Internacional sobre Obesidade deste ano (ICO2024, 26-29 de junho), em São Paulo, mostra que, mantidas as tendências atuais, as taxas de obesidade aumentarão em meninos e meninas de todas as idades nos próximos 20 anos, com previsão de alcançar 24% entre aquelas de 5 a 9 anos, 15% entre as de 10 a 14 anos e 12% entre os adolescentes de 15 a 19 anos, até 2044. O estudo foi conduzido pelos pesquisadores Ana Carolina Rocha de Oliveira, do Instituto Desiderata, do Rio de Janeiro, Eduardo Nilson, do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília, e colegas.

A obesidade infantojuvenil é uma das questões de saúde pública mais importantes da era moderna. Pesquisas indicam que, se comparadas a crianças com peso normal, crianças com excesso de peso são mais propensas a desenvolver problemas de saúde quando jovens, como diabetes tipo 2, asma, hipertensão e distúrbios metabólicos. Contudo, a carga epidemiológica da obesidade em crianças e adolescentes no Brasil em anos futuros ainda não havia sido projetada. Assim, o objetivo do estudo foi fornecer as tendências esperadas no aumento da obesidade infantojuvenil no Brasil no período de 2024 a 2044.

Os autores fizeram um estudo de modelagem, que estimou as tendências nacionais da obesidade infantojuvenil de 2024 a 2044 com base nas tendências dos grupos de estudo brasileiros. A projeção de como o Índice de Massa Corporal (IMC) mudará ao longo do tempo para crianças, adolescentes e adultos assumiu que o aumento médio do IMC para cada faixa etária continuaria nos próximos 20 anos.

Nos próximos 20 anos (até 2044), os autores preveem que, se nada for feito, a prevalência de obesidade infantojuvenil aumentará em todas as faixas etárias para ambos os sexos, seguindo os padrões observados em grupos de estudo brasileiros de 1985 a 2019. Estima-se que a prevalência de obesidade em meninos de 5 a 9 anos aumente de 22,1% para 28,6% entre 2023 e 2044, enquanto nas meninas dessa faixa etária a projeção é que aumente de 13,6% para 18,5%.

No mesmo período de 20 anos, a porcentagem de meninos de 10 a 14 anos vivendo com obesidade aumentará de 7,9% para 17,6%, enquanto a porcentagem de meninas com obesidade na mesma faixa etária aumentará de 7,9% para 11,6%. Finalmente, a prevalência de obesidade entre os meninos na faixa etária de 15 a 19 anos aumentará de 8,6% para 12,4% nos próximos 20 anos, enquanto a prevalência entre as meninas dessa idade aumentará de 7,6% para 11,0%.

“Os resultados do estudo apoiam a necessidade urgente de políticas públicas para prevenir e tratar o sobrepeso e a obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e demonstram prováveis impactos epidemiológicos da obesidade infantojuvenil no Brasil, se não forem tomadas medidas apropriadas. Além de abordagens no âmbito do SUS, para resolver efetivamente essa questão, é essencial implementar políticas fiscais e regulatórias que promovam ambientes alimentares mais saudáveis, especialmente para crianças e adolescentes”, afirmam os autores da pesquisa.

 

Fonte: Pesquisa indica que obesidade aumentará em meninos e meninas de todas as idades (fiocruz.br)

Julho Amarelo: Mês de luta Contra as Hepatites Virais

UITLIDADE PÚBLICA:

O Ministério da Saúde estima que, no período de 2000 a 2023, foram notificados mais de 785 mil casos de hepatites virais no Brasil. Por se tratar de uma doença silenciosa, às vezes assintomática por muitos anos, as hepatites levam a quadros graves de difícil tratamento como a cirrose hepática e o câncer de fígado.

Carmelita Alves não sabia que seu filho Cícero Carvalho, na época com 3 anos, tinha hepatite. Ela procurou o Hospital Regional de Taguatinga, em Brasília, com o filho apresentando dores no corpo, náuseas e vômitos. Ao passar pela triagem e atendimento, Cícero foi diagnosticado com a doença. “Como era vômito e o corpo estava meio mole, não imaginei que poderia ser algo mais grave. O médico pediu os exames, incluindo o de sangue e aí deu hepatite”, lembra Carmelita.

Logo após receber o diagnóstico, os médicos internaram a criança na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e iniciaram o tratamento. “O sangue do Cícero ficou ralo. Ele precisou até receber doação de sangue. Agradeço a Deus e aos médicos pelo restabelecimento da saúde do meu filho”, recorda a mãe.

Diagnosticar as hepatites B e C precocemente é a melhor forma de obter eficácia com o tratamento. Após um mês internado, Cícero recebeu alta e foi curado da doença. Hoje, aos 33 anos, ele é casado, tem um filho de onze anos e está à espera de outro herdeiro. Sua esposa, Silvana Mourão, já tomou a vacina contra hepatite pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está prevenida contra a doença. “Faço o pré-natal todo mês, incluindo exames e vacinas. Acredito que esse cuidado é fundamental tanto para mim como para meu filho”, afirma a moça.

Assim como Carmelita e família, os tratamentos oferecidos pelo SUS têm mudado a vida de portadores de hepatites virais. “Quando o indivíduo descobre a doença com a eclosão dos sintomas, pode ser tarde. Por isso a importância da identificação precoce do vírus no organismo, em tempo de promover um tratamento bem-sucedido e prevenir futuros danos”, alerta Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. “Sem falar na vacinação, ter a caderneta vacinal em dia é essencial para se prevenir da doença e sua transmissão”, completa.

Sobre a hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. No Brasil, as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na Região Norte do país) e da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

Diagnóstico e tratamento

O SUS disponibiliza meios para diagnosticar as hepatites virais, sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), geralmente por 8 ou 12 semanas, apresentando taxas de cura de mais de 95%.

A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e complicações.

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar por meio do cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Atualmente, existem testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

Prevenção

Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A, o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer, além do uso de água tratada, saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. Desde 2014, crianças de 15 meses até menores de 5 anos recebem a vacina pelo calendário nacional de imunização. Essa medida reduziu drasticamente a incidência de hepatite A.

A vacina também está disponível para algumas populações especiais em adultos, como pessoas vivendo com HIV (PVHA), pessoas portadoras de doenças hepáticas crônicas e outras situações de imunossupressão.

Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado. Portanto, recomenda-se a utilização de preservativos nas relações sexuais, sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal.  A hepatite B também pode ser prevenida por meio da imunização, e apenas a do tipo C não possui vacina.

Transmissão

hepatite A é transmitida de pessoa para pessoa pelo contato íntimo, ou através de alimentos ou água contaminados por fezes contendo o vírus. Portanto, cuidados com a higiene são fundamentais para evitar a contaminação.  Já o contágio das hepatites virais B, C e D ocorre por contato com sangue e hemoderivados, podendo também ser passadas por contato sexual e da mãe infectada para o recém-nascido.

A transmissão pode ocorrer ainda pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear, escovas de dentes e alicates.

A hepatite C tem maior taxa de detecção em indivíduos acima dos 40 anos de idade, ou que apresentem fatores de risco acrescidos, como: ter sido submetido a procedimento de hemodiálise; ter diabetes ou hipertensão; ter realizado procedimentos invasivos (estéticos ou cirúrgicos, tatuagens ou piercings) sem os devidos cuidados de biossegurança; ter realizado transfusões sanguíneas antes de 1993; compartilhar objetos para o uso de drogas, dentre outros.

 

Julho Amarelo

Com a chegada do Julho Amarelo – lembrado como o mês de luta contra as hepatites virais -, o Ministério da Saúde promoverá ações de visibilidade e enfrentamento à doença no período. Elas terão início nos dias 8 e 9 de julho, com o “II Seminário Diálogos para a eliminação das hepatites B e C: o caminho para eliminação e ações nos territórios”.

O objetivo do evento é promover o debate entre o ministério e as coordenações estaduais e municipais sobre os programas de hepatites virais e as ações nacionais para a eliminação das hepatites B e C como problemas de saúde pública até 2030.

 

03/07 – Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial

UITLIDADE PÚBLICA:

Lembrado em 03 de julho, o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial faz referência à lei nº 1.390, de 03/07/1951, a primeira no Brasil que tratou como crime, passível de prisão e multa, as práticas de discriminação por raça e cor. Ao longo dos anos a legislação sobre o tema foi se ampliando, a exemplo da lei nº 7.716, de 05/01/1989 (Lei do Crime Racial) que prevê punição a todo tipo de discriminação ou preconceito incluindo questões como origem, sexo e idade. Em 2023, a lei 14.532 de 11/01/2023 alterou a Lei do Crime Racial tipificando a injúria racial na lista dos atos discriminatórios. Apesar do aparato legal e espaços para denúncias, há um longo caminho a ser percorrido para o enfretamento à discriminação racial no Brasil, sobretudo quando se trata da efetiva aplicação da lei. Dados de uma pesquisa organizada pelo Ministério Público Federal (MPF) apontam que, entre os anos de 2000 e 2021, a cada dez denúncias de injúria racial encaminhadas a Polícia Federal, nove eram concluídas sem nenhum indiciamento de autores do ato criminoso.

Denúncia, apuração e punição dos atos discriminatórios são fatores necessários para o enfretamento do problema, porém a prevenção é igualmente necessária. Neste sentido, no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), vinculado à Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi criado o Comitê de Políticas Afirmativas e Antidiscriminatórias (COPAA), com objetivo de promover ações educativas com colaboradores e usuários dos serviços, assim como seus acompanhantes.

O comitê é composto por profissionais do HU-UFGD com atenção a representatividade às minorias sociais, ou seja, mulheres, pessoas negras e indígenas, pessoas com deficiência e LGBTQIPNA+. “Essa comissão atua tanto na questão das atividades educativas para os grupos que são socialmente discriminados, quanto na questão de averiguar os casos de discriminação dentro do hospital”, explica Iury Viana Santana, psicólogo do HU-UFGD e coordenador do COPAA.

Segundo Iury Viana, atualmente as ações educativas do comitê estão voltadas para Unidade de Saúde da Mulher, mas serão ampliadas para Unidade de Cuidados intermediários e para Unidade de Clinica Médica. “No momento estamos realizando atividades, junto com o projeto de extensão do curso de Psicologia da universidade, visando refletir sobre a postura profissional diante de situações que ocorrem dentro das unidades do hospital. A ação acontece de forma contextualizada, conforme a demanda do local, pois cada unidade tem a sua própria problemática”, pontua.

Fonte: 03 de julho – Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial — Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (www.gov.br)

02 de julho – Dia do Hospital

UITLIDADE PÚBLICA:

O Dia do Hospital é comemorado em 02 de julho, data que coincide com a fundação do prédio da Santa Casa de Misericórdia em 1945.

 

Histórico – Santa Casa de Misericórdia

 

“Segundo o Ministério da Saúde, o hospital pode ser definido como “a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente.”

Muitos estudiosos acreditam que os primeiros locais semelhantes a hospitais surgiram na Antiguidade com o objetivo principal de cuidar de feridos de guerra. Existem pinturas, por exemplo, datadas de 2920 a.C., em uma região localizada entre a Galileia e a Judeia, que sugerem um possível local de cura de guerreiros.

Apesar de existirem locais especializados em cura datados da Antiguidade, acredita-se que apenas com a expansão do Cristianismo, por volta do século IV, esses locais tornaram-se mais comuns e passaram a fornecer assistência, não só para doentes, mas também para peregrinos e pobres. Percebe-se aí o surgimento de uma visão humanística que mudou a organização social.

As pessoas que necessitavam de cuidados procuravam inicialmente os templos religiosos a fim de pedir a cura para o seu Deus. Ao abrigarem-se nesses locais, doentes, pobres e peregrinos recebiam cuidados e eram tratados pelos religiosos. Esses locais serviram como moldes para a criação dos hospitais como conhecemos atualmente.

Acredita-se que antes do século 18 os hospitais eram vistos apenas como forma de isolar da sociedade as pessoas que necessitavam de cuidados. Apenas no final do século XVIII o objetivo principal passou a ser a cura e a reintegração dos doentes.

No Brasil, o primeiro hospital criado foi a Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, no ano de 1543, por iniciativa do português Brás Cubas. A principio não havia médicos para atuar nesse local, sendo assim, os encarregados de cuidar dos enfermos eram os jesuítas. No dia 2 de julho de 1945, o atual prédio da Santa Casa de Misericórdia de Santos foi inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas. Na ocasião, o prédio destacava-se pela sua estrutura e por ser um dos maiores do país.

 

Getúlio Vargas inaugurava, há 70 anos, o quarto prédio da Santa Casa – Memória Santista

 

Graças a esse importante passo para a promoção da saúde no Brasil, o dia 02 de julho passou a ser considerado o Dia do Hospital. Essa data é importante para a conscientização sobre a importância desses locais para toda a sociedade e as maneiras de melhorar o atendimento a fim de que essas instituições consigam atender as necessidades da população.

Atualmente, o Brasil possui mais de seis mil hospitais, e 24 deles possuem certificação de excelência internacional concedida pela JCI (Joint Commission International). Dentre os hospitais certificados, podemos citar o Hospital Nove de Julho, Hospital Albert Einstein, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Hospital Rios D’Or e Hospital Sírio-Libanês.

 

Hospital das Clínicas da FMUSP é o melhor hospital público do Brasil

 

Curiosidade: O Dia Mundial do Hospital é comemorado no dia 14 de julho e foi instituído pela Organização Mundial de Saúde.”

Fonte:  “02 de julho – Dia do Hospital” em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-do-hospital.htm

01/07 – Dia do Enfermeiro de Saneamento

UITLIDADE PÚBLICA:

Comemora-se no dia 1º de julho, o Dia do Enfermeiro de Saneamento, um dos principais profissionais da Saúde que tem como missão viabilizar, através da educação em saúde, meios e soluções alternativas contra a transmissão de doenças e assegurar a salubridade ambiental. Mesmo sendo um direito constitucional, o saneamento básico é um desafio permanente para imensas comunidades que vivem à mercê da falta de condições sanitárias adequadas.

Especialmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, as doenças infecciosas, com destaque para as parasitárias, são uma mazela que requer o trabalho permanente dos órgãos governamentais para promover a inserção de novos hábitos no cotidiano dos desassistidos, a fim de lhes proporcionar uma vida mais saudável.

Contato com a realidade

O Brasil é um país de inúmeros contrastes, com regiões muito desenvolvidas e outras com total carência, privando a população de condições dignas para viver. Dentre os pressupostos da Política Nacional de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), a Equipe Saúde da Família tem como meta dimensionar a realidade das famílias pelas quais é responsável, detectando os problemas de saúde e as situações de riscos a que estão expostas.

Neste contexto, a Enfermagem desempenha um papel de relevância fundamental, pois a inexistência de saneamento básico é o início de um círculo vicioso que expõe a população a todos os riscos e ao desenvolvimento de doenças como Disenteria Amebiana e Bacilar, Ascaridíase (Lombriga), Esquistossomose, Leptospirose, Hepatite A, Salmonelose e Teníase (Solitária). O Enfermeiro de Saneamento está ligado diretamente a esta realidade, podendo constatar in loco todas as mazelas ao realizar as visitas em cada domicílio, elaborando o mapa em que as famílias vivem sob ameaça.

Sua técnica e sua sensibilidade permitirão desencadear ações educativas em prol da qualidade de vida, delineando caminhos para que os representantes do poder público tomem as providências necessárias. Manter o ambiente saudável é indispensável, uma vez que o saneamento básico e as doenças são questões interligadas, sendo as crianças as mais afetadas com diarreias e vômitos. Todavia, em um ambiente perverso e que propicia a disseminação de moléstias, também os adultos estão expostos.

Profissionais essenciais

O Enfermeiro de Saneamento está linha de frente dos profissionais prontos para encarar este combate. A ele cabe a tarefa de educar e orientar a população acerca das regras básicas para prevenção das enfermidades provocadas pela falta de saneamento básico. Ao conscientizar as comunidades acerca da importância da prevenção dessas doenças, estas pessoas poderão se transformar em agentes multiplicadores de informações, contribuindo para a melhoria do bem-estar da sociedade.

Várias missões

Com suas habilidades técnicas, o enfermeiro detém conhecimentos mais especializados e, com sua formação mais abrangente, possui maior capacitação e conhecimento de medidas de controle para evitar o aparecimento de enfermidades através de campanhas de conscientização, vacinas e imunização. Além disso, há uma prevalência deste profissional nas equipes de Vigilância Epidemiológica dos distritos de saúde. Ele fundamenta sua prática na epidemiologia e na gerência, concentrando suas ações para o controle representado pelas notificações e visitas e para a prevenção.

A ele caberá determinar prioridades conforme os recursos disponíveis, sensibilizar e organizar a participação da comunidade na área da saúde, estabelecer metas, organizar programas, realizar investigações e avaliações. Todo o seu trabalho tem como foco ter em mãos as informações necessárias, disseminando-as da melhor forma, a fim de que medidas efetivas sejam tomadas pelo poder público em benefício da saúde da população.

01/7 – Dia da Vacina BCG

UITLIDADE PÚBLICA:

A vacina BCG protege contra a tuberculose – doença contagiosa, provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Foi criada em 1.921 por Léon Calmette e Alphonse Guérin, dando origem ao nome BCG.

A doença não afeta apenas os pulmões mas, também, ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Os sintomas da tuberculose ativa do pulmão são tosse, às vezes com expectoração e sangue, falta de ar, dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores, principalmente ao final do dia.

Transmissão:

Pessoas saudáveis e infectadas podem não apresentar sintomas e, mesmo assim, transmitirem a bactéria. O contágio se dá de uma pessoa para a outra, através de gotículas de saliva da garganta. O compartilhamento de objetos não oferece risco. Pessoas com o sistema imunológico comprometido têm mais chance de desenvolver a doença, em especial, a forma grave e generalizada.

Para prevenir a tuberculose é necessário vacinar todas as crianças, a partir do nascimento até os 4 anos de idade. A vacina, em dose única, é oferecida, gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde.

Cuidados antes e após a vacinação:

A vacinação não requer qualquer cuidado prévio. Após a administração da vacina, na maioria das vezes, haverá uma reação no local da aplicação com posterior formação de cicatriz. É importante não colocar nenhum produto, medicamento ou curativo, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.

Prevenção da tuberculose no Brasil e no mundo:

A vacina BCG não oferece eficácia de 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada).

No Brasil, embora a incidência de tuberculose pulmonar venha aumentando, quase não são mais registradas suas formas graves.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, previna-se mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa. Impacto como este depende de alta cobertura vacinal, razão pela qual é tão importante que toda criança receba a vacina BCG.

Além das crianças, a vacina é indicada para pessoas de qualquer idade que convivam com portadores de hanseníase e estrangeiros, ainda não vacinados, que estejam de mudança para o Brasil.

Fontes:

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP
Ministério da Saúde
Organização Panamericana da Saúde. Cartilha de vacinas
Sociedade Brasileira de Imunizações

26/6 – Dia Internacional Sobre o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas

Numa mensagem sobre este dia internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que as drogas estão na origem de um sofrimento humano incomensurável, o seu consumo corrói a saúde e o bem-estar das pessoas e as overdoses causam centenas de milhares de mortes todos os anos. 

O gabinete das Nações Unidas para a Droga e para o Crime (UNODC) divulgou um relatório na quarta-feira em que salienta que o aparecimento de novos opióides sintéticos e um recorde de oferta e procura de outras drogas agravaram os impactos a nível mundial, conduzindo a um aumento dos distúrbios relacionados com o consumo de drogas e dos danos ambientais. 

De acordo com o relatório, o número de pessoas que consomem drogas aumentou para 292 milhões em 2022, o que representa um aumento de 20% em 10 anos. A cannabis continua a ser a droga mais consumida em todo o mundo, com 228 milhões de utilizadores. Esta substância é seguida pelos opiáceos, com 60 milhões de utilizadores. Estima-se que as anfetaminas tenham 30 milhões de utilizadores, a cocaína 23 milhões e o ecstasy 20 milhões. 

Jovens 

Para o secretário-geral, são as pessoas mais vulneráveis, incluindo os jovens, que sofrem os piores efeitos desta crise. As pessoas que consomem drogas e as que vivem com perturbações relacionadas com o abuso de substâncias são repetidamente vitimizadas: pelas próprias drogas, pelo estigma e pela discriminação, e por respostas severas e desumanas ao problema. 

O relatório do UNODC salienta que, embora cerca de 64 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de perturbações relacionadas com o consumo de drogas, apenas uma em cada 11 se encontra em tratamento. As mulheres têm menos acesso a tratamento do que os homens, sendo que apenas uma em cada 18 mulheres com perturbações relacionadas com o consumo de drogas está a receber tratamento, em comparação com um em cada sete homens.

Prevenção 

Guterres lembra que, enquanto foi primeiro-ministro de Portugal, implementou estratégias de reabilitação e reintegração, campanhas de educação para a saúde pública, aumento do investimento em prevenção, tratamento e medidas de redução de danos relacionados com as drogas. 

O relatório do UNODC inclui capítulos especiais sobre o impacto da proibição do ópio no Afeganistão, as drogas sintéticas, o impacto da legalização da cannabis e o “renascimento” psicadélico. O documento aborda também o direito à saúde em relação ao consumo de droga e a forma como o tráfico de droga no Triângulo Dourado está ligado a outras atividades ilícitas e aos seus impactos.

Saúde Mental

A Superintendência de Saúde Mental é a área técnica da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro responsável por estabelecer diretrizes, articular ações e gerir o Programa de Desinstitucionalização e Serviços Residenciais Terapêuticos no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que é organizada a partir de sete componentes: Atenção Primária, Atenção Psicossocial Estratégica, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar, Estratégias de Desinstitucionalização e Estratégias de Reabilitação Psicossocial.

A RAPS tem como finalidade a atenção à saúde para pessoas, chamadas de cliente, com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas no Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como diretrizes o respeito à liberdade, a promoção da autonomia e da cidadania, combate ao estigma/preconceito, reconhecimento dos condicionantes e determinantes sociais da saúde, garantia da equidade e a integralidade do cuidado. A prioridade da RAPS é a construção de uma rede de serviços substitutiva ao hospital psiquiátrico, garantindo atenção em saúde mental de base comunitária/territorial e a desinstitucionalização de pacientes longamente internados.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são unidades para acolhimento às crises em saúde mental, atendimento e reinserção social de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e/ou com transtornos mentais decorrentes do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas. Os CAPS oferecem atendimento interdisciplinar, composto por uma equipe multiprofissional e atua em articulação com as demais unidades de Saúde e com outros setores (Educação, Assistência Social, etc.), sempre incluindo a família e a comunidade nas estratégias de cuidado.

O acesso aos CAPS pode ser feito por demanda espontânea, por intermédio de uma unidade de atenção primária ou especializada, por encaminhamento de uma emergência ou após uma internação clínica/psiquiátrica. Os CAPS funcionam de segunda a sexta, com atendimento das 8h às 17h. Os CAPS III tem funcionamento 24h, durante os sete dias da semana, oferecendo a possibilidade de acolhimento noturno para quem já é atendido, conforme avaliação da equipe.

A Prefeitura do Rio conta com 18 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 6 Centros de Atenção Psicossocial Álcool Outras Drogas (CAPSad) – dois deles com unidades de acolhimento adultos (UAA) – e 7 Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi), totalizando 31 unidades especializadas próprias. Outras 3 das redes estadual e federal completam a rede de 34 CAPS dentro do município do Rio de Janeiro.

 

Fontes: ONU alerta para aumento do uso de drogas e impactos globais – Nações Unidas – ONU Portugal (unric.org) 

              Saúde Mental – www.rio.rj.gov.br

 

30/05 – Dia Mundial da Esclerose Múltipla

Nesta quinta-feira, 30/5, é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma data importante para conscientizar e aumentar a visibilidade sobre a doença.

O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune. As células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.

Segundo o Ministério da Saúde, “a enfermidade acomete mais mulheres, entre 20 e 40 anos, em uma proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado. No Brasil, estima-se que cerca de 35 mil pessoas convivam com a Esclerose Múltipla.”

Quais são os sintomas?

Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, os principais sintomas são:

  • Fadiga
  • Alterações Fonoaudiológicas
  • Transtornos Visuais
  • Problemas de Equilíbrio e Coordenação
  • Perda de equilíbrio
  • Tremores
  • Instabilidade ao caminhar (ataxia).
  • Vertigens e náuseas.
  • Falta de coordenação
  • Espasticidade (rigidez de um membro ao movimentar-se, principalmente os membros inferiores)
  • Transtornos Cognitivos (levam mais tempo para memorizar as tarefas e possuem mais dificuldades para executá-las)
  • Transtornos Emocionais (sintomas de depressão, de ansiedade, de humor, de irritação)

29/5 – Dia Mundial da Saúde Digestiva

Todos os anos, a World Gastroenterology Organization (WGO) promove o Dia Mundial da Saúde Digestiva, em 29 de maio – uma campanha global de saúde pública, a fim de aumentar a sensibilização para a prevenção, diagnóstico, gestão e tratamento de doenças ou distúrbios digestivos em todo o mundo. O tema de 2024 “Sua Saúde Digestiva: faça disso uma prioridade” pretende enfatizar a importância da saúde digestiva para promover o bem-estar geral e a qualidade de vida.

O sistema digestivo serve como porta de entrada para a nutrição, absorvendo nutrientes vitais essenciais para sustentar as funções corporais e promover uma saúde ideal. Ao tornar a saúde digestiva uma prioridade, os indivíduos capacitam-se para gerir proativamente o seu bem-estar, mitigando o risco de distúrbios gastrointestinais e complicações associadas. Uma dieta equilibrada e nutritiva, aliada a escolhas de estilo de vida que apoiem o bem-estar digestivo, não só melhora a saúde física, mas também contribui para o equilíbrio mental e emocional.

Além disso, priorizar a saúde digestiva promove uma abordagem proativa aos cuidados de saúde, permitindo a detecção e intervenção precoces em caso de potenciais problemas, promovendo assim longevidade e vitalidade. Em última análise, ao reconhecer o papel fundamental do sistema digestivo na saúde geral, os indivíduos podem embarcar numa viagem em direção ao bem-estar holístico, garantindo que podem envolver-se plenamente e desfrutar ao máximo de todos os aspectos da vida.

O aparelho digestivo é composto por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Os órgãos digestórios acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os demais, nunca entram em contato direto com o alimento, mas produzem ou armazenam secreções que passam para o tubo digestivo e auxiliam a decomposição química do alimento.

Nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, os tumores de estômago estão entre os mais incidentes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o quarto mais comum entre homens e, em mulheres, é o sexto.

Ainda, segundo o INCA, as estimativas de novos casos de câncer de estômago demostram: 21.230, sendo 13.340 homens e 8.140 mulheres (2022 – INCA) e número de mortes: 14.260, sendo 9.007 homens e 5.252 mulheres (2021 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).

Para o câncer de intestino, foram estimados: 45.630 novos casos, sendo 21.970 homens e 23.660 mulheres (2022 – INCA); e número de mortes: 21.262, sendo 10.662 homens e 10.598 mulheres (2021 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).

Infecções e maus hábitos alimentares são os principais fatores para o desenvolvimento de doenças e tumores na região. As enfermidades que mais acometem o aparelho digestivo são a gastrite, doença do refluxo, intolerância à lactose e as doenças inflamatórias intestinais.

Sintomas mais comuns de doenças do aparelho digestório:

Náuseas, empachamento, azia, retorno do alimento e ou ácido gástrico, diarreia e/ou constipação e dor abdominal – mas, outros sintomas como tosse seca, dor no peito, sinusite, asma, dor de cabeça, déficit de atenção e lesões na pele, que aparentemente podem indicar outro tipo de doença, também são sintomas de problemas digestivos. Irritações frequentes no estômago, dores de barriga, alterações significativas nas fezes, e até mesmo, o mau hálito ou alterações na boca, sem motivo aparente, merecem atenção.

Prevenção de doenças digestivas:

Mudanças de hábitos simples podem prevenir algumas delas. Gastrite e doença do refluxo podem ser prevenidas evitando a ingestão em excesso de condimentos, gorduras, frituras e da cafeína. Evitar comer com líquidos, melhorar a mastigação, higiene adequada dos alimentos, não comer e deitar e evitar excessos alimentares, principalmente à noite, são alguns hábitos que podem ajudar a melhorar a saúde do aparelho digestivo.

Alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, estresse, entre vários outros problemas, são responsáveis por muitos transtornos. Portanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são a melhor maneira de curar e evitar complicações de qualquer doença. Na presença de sintomas, o recomendado é procurar um médico e evitar a automedicação.

Fontes:

Dr. Dráuzio Varella
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Núcleo de Telessaúde de São Paulo
World Gastroenterology Organization

28/05 – Dia Internacional da Dignidade Menstrual

Uma enquete do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), concluiu “que o direito de menstruar de maneira digna, segura e com acesso a itens de higiene ainda é um desafio para adolescentes e jovens, o que inclui meninas, mulheres, homens e meninos trans e pessoas não binárias que menstruam”.

A pesquisa feita pela plataforma U-Report, em parceria com a Viração Educomunicação, indicou que dos 2,2 mil participantes, 19% já enfrentaram a dificuldade de não possuir dinheiro para comprar absorventes e 37% já enfrentaram dificuldades de acesso a itens de higiene em escolas e outros locais públicos.

 No Dia Internacional da Dignidade Menstrual, celebrado nesta terça-feira (28), o Unicef mais uma vez alerta de que a pobreza menstrual ainda persiste no Brasil, uma vez que pessoas que menstruam têm necessidades de saúde e higiene menstrual negligenciadas devido ao acesso limitado à informação, educação, produtos, serviços, água, saneamento básico, bem como a variáveis de desigualdade racial, social e de renda.

A oficial de participação do Unicef no Brasil, Gabriela Monteiro, disse que a Unicef tem como um de seus compromissos garantir esses direitos, como “resposta à pobreza menstrual, que afeta negativamente parte das pessoas que menstruam no país e contribui para manter ciclos transgeracionais de iniquidades, principalmente a de gênero. Uma vez que crianças e adolescentes não têm seus direitos à água, saneamento e higiene garantidos, também são violados outros direitos, como o direito à escola de qualidade, moradia digna e saúde, incluindo menstrual, sexual e reprodutiva”.

O levantamento também mostrou que seis entre cada dez pessoas ouvidas disseram que já deixaram de ir à escola ou ao trabalho por causa da menstruação e 86% já abstiveram de fazer alguma atividade física pelo mesmo motivo.

Além disso, a questão ainda se mantém envolta em tabus, escassez de dados e desinformação, pois 77% dos ouvidos já sentiram constrangimento em escolas ou lugares públicos por menstruarem, e quase a metade nunca teve aulas, palestras ou rodas de conversa sobre menstruação na escola.

“A falta de informação contribui para o estigma e gera situações de constrangimento. Precisamos desmistificar a menstruação e criar um ambiente acolhedor para pessoas que menstruam. Os dados da enquete reforçam a necessidade de fortalecer as práticas de educação menstrual, sobretudo nas escolas, e construir políticas que promovam a dignidade menstrual para combater desigualdades e empoderar esta e as futuras gerações”, avaliou Ramona Azevedo, analista de comunicação na Viração Educomunicação.

 O Unicef promove estratégias de garantia de acesso à água, saneamento e higiene, incluindo a instalação de estações de lavagens de mãos em escolas, apoio a adolescentes e jovens no desenvolvimento de competências para a vida, no empoderamento de meninas e na saúde menstrual, além da distribuição de kits de higiene, como forma de enfrentar os desafios impostos pela pobreza.

Sobre a enquete

O U-Report é um programa global do Unicef que promove a participação cidadã de adolescentes e jovens em mais de 90 países, implementado em parceria com a Viração Educomunicação no Brasil. Não são pesquisas com rigor metodológico, mas de consultas rápidas por meio de redes sociais entre pessoas, principalmente de 13 a 24 anos, cadastradas na plataforma. Esta enquete apresenta a opinião de 2,2 mil adolescentes e jovens e não pode ser generalizada para a população brasileira como um todo. Os resultados da enquete e informações sobre como participar da plataforma estão disponíveis em: https://brasil.ureport.in/opinion/3788/.

Unicef: Rio Grande do Sul

Devido às fortes chuvas e inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no início do mês, a pedido do governo federal, o Unicef vem realizando ações voltadas a assistência técnica a órgãos dos governos, a criação de espaços seguros para crianças e adolescentes em abrigos, em parceria com a sociedade civil, e a distribuição de kits de higiene.

Entre os kits a serem distribuídos há um voltado à dignidade menstrual, icom absorventes, coletores menstruais, calcinhas e itens de higiene pessoal, lanterna e apito de segurança, para apoiar pessoas que menstruam, no contexto da emergência. Os kits chegam ao Rio Grande do Sul na próxima semana, para serem entregues aos abrigos.

“Olhar para a pobreza menstrual sob a perspectiva de um fenômeno multidimensional e transdisciplinar é essencial. Por isso, em uma situação emergencial como essa, que tem exposto pessoas a diversas vulnerabilidades, não poderíamos deixar de agir em relação ao direito à dignidade menstrual. Esse é um direito básico que exige estratégias de enfrentamento específicas”, acrescenta Gabriela Monteiro, representante do Unicef no Brasil.

Fonte: Menstruação segura ainda é desafio no Brasil, indica Unicef | Agência Brasil (ebc.com.br)