GRUPO DE ADOLESCENTES CFOE – DIVERGENTES

Na tarde do dia 04/04/2024, no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, tivemos o grupo de adolescentes da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). O tema abordado pela psicóloga Marcia Barros (eMulti) foi “Conscientização sobre autismo e discussão sobre discriminação racial”.

O objetivo é promover um espaço de acolhimento para expressão e exposição de opiniões e reflexões sobre os temas abordados.

04 de Abril – Dia Nacional do Parkinsoniano

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (ONU), existem aproximadamente, 4 milhões de pessoas no mundo com a doença. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, esse número pode dobrar até 2040.

Principais sintomas:

OS principais sintomas da doença de Parkinson são a lentidão motora (bradicinesia), a rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio. Estes são os chamados “sintomas motores” da doença, mas podem ocorrer também “sintomas não-motores” como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.

Fontes:
Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda – Assefaz
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

REUNIÃO EQUIPE JUSTINO – CFOE

Na tarde do dia 02/04/2024, no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, aconteceu a reunião da equipe Justino da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). A responsável pela reunião foi a enfermeira RT da unidade, Lenir Marçal.

O objetivo foi planejamento semanal da equipe, como a reavaliação das agendas, educação continuada sobre carteira de serviços de atenção primária, organização sobre DIU, organização sobre SISREG e SER e organização sobre acolhimento (escuta qualificada).

REUNIÃO E-MULTI COM CIEP PADRE PAULO CORREA DE SÁ

Na manhã do dia 02/04/2024, na sala de reunião da estação OTICS-Rio Padre Miguel, aconteceu uma reunião da equipe multiprofissionais da Clínica da Família Olímpia Esteves com a diretora do CIEP Padre Paulo Correa de Sá. A psicóloga Márcia Barros e a assistente social Jéssica Cura (eMulti) e a diretora Vanessa Sá se reuniram para planejar ações, discutir casos e fluxos de encaminhamentos.

O objetivo é alinhar ações educativas, orientações sobre procedimentos de acolhimento, tratamento e critérios para encaminhamento a serviços especializados.

02/04 – Dia Mundial da Conscientização do Autismo

A ONU (Organização das Nações Unidas), no fim de 2007, definiu todo 2 de abril como sendo o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (no original em inglês: World Autism Awareness Day), quando cartões-postais de todo o planeta se iluminam de azul — no Brasil, o mais famoso é o Cristo Redentor — para lembrar a data e chamar a atenção da mídia e da sociedade para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Em 2024 o tema é “Valorize as capacidades e respeite os limites!“, com a hashtag #AutistaValorizeCapacidades nas redes sociais. Desde 2020, todo ano, a comunidade envolvida com a causa do autismo no Brasil todo segue, unida, em uma campanha nacional com tema único. Em 2020 o tema foi: Respeito para todo o espectro” — hashtag #RESPECTRO. Veja os temas de 2020, 2021, 2022 e 2023.

A ONU também lança temas — normalmente ligados à realidade de países mais desenvolvidos. Para 2019, o tema escolhido pela ONU foi “Tecnologias assistivas, participação ativa” e o secretário-geral das Nações Unidas enviou mensagem falando de inclusão e sobre a importância de dar voz aos autistas adultos.

Uma campanha mundial acontece todo ano para ilumiinar de azul grandes monumentos e cartões postais do planeta, para chamar a atenção da sociedade para conscientizar-se a respeito do autismo — é o “Ligh it up Blue!”. Alguns exemplos são: o Empire State Building (nos EUA), a Torre Eiffel (na França), a CN Tower (no Canadá), as pirâmides do Egito, entre outros. No Brasil, o mais famoso é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ).

A pedido da Revista Autismo, em 2019, o desenhista Maurício de Sousa produziu uma tirinha especial para o 2/abril — com o André, o personagem autista da Turma da Mônica —, através do Instituto Maurício de Sousa.

No início de 2019, o instituto fez parceria com a revista. Neste ano (2022), o André, o personagem autista da Turma da Mônica, é a estrela do cartaz oficial da campanha.

Antes da pandemia, vários eventos, palestras e caminhadas eram realizadas em alusão à data, em todo o Brasil. O maior deles, em 2019, foi a caminhada na Av. Paulista, que reuniu mais de dez mil pessoas em prol da causa (veja nosso artigo “Caminhada pelo autismo azulou a Av. Paulista” e assista ao vídeo do minidocumentário “Dez mil azuis“).

O autismo — nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam — há desde pessoas com outros transtornos, doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

ABRIL VERDE – MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO

O que é o Abril Verde?
Essa iniciativa foi uma forma de levantar e focar nos temas relativos à saúde e segurança no trabalho. Esse movimento nasceu como resposta à existência de um grande número de vítimas de acidentes de trabalho, muitos dos quais poderiam ser prevenidos. Desde sua implementação, o governo instituiu o mês de abril como mês da conscientização sobre esses temas.

O mês de abril, em específico, também tem um significado, pois dia 28 de abril é o dia internacional da memória das vítimas de acidentes de trabalho. Nada mais adequado do que usar esse mesmo mês para incentivar empresas e profissionais a se preocuparem mais com sua saúde e segurança.

Qual é seu objetivo?
A relação desse movimento com as áreas de saúde e segurança no trabalho são bem claras. Especialmente no setor industrial, onde há grande risco de danos físicos aos seus colaboradores. Alguns dos objetivos do Abril Verde estão a seguir.

Conscientização sobre saúde e segurança no trabalho
Em algumas situações, o que causa os acidentes de trabalho que são vistos regularmente não é um acidente, mas, sim, um descaso por parte das pessoas envolvidas, sejam elas as autoridades, os gestores ou os próprios indivíduos.

Como resultado, é necessária uma reeducação de todos os envolvidos. A segurança no trabalho depende de múltiplos fatores, e por isso, evitar acidentes deve ser uma meta pública, da própria empresa e de todos os trabalhadores que atuam em contexto de maior risco.

Promover a qualidade de vida do trabalhador
Além de evitar danos diretos ao corpo, também é importante pensar na preservação de sua saúde. Exposição a fatores como calor, frio, produtos químicos, sons altos ou esforço repetitivo prejudicam consideravelmente seu bem-estar, o que contribui para um menor rendimento e maior necessidade de se ausentar — no fim das contas, tanto os profissionais quanto a empresa saem no prejuízo.

Incentivar a prevenção
Mais importante do que remediar é prevenir esses acidentes. Esse é um dos grandes focos do Abril Verde, especialmente considerando que alguns desses acidentes geram sequelas irreversíveis. O investimento em procedimentos mais seguros, uso de equipamentos de proteção individual, entre outras mudanças de processos, fazem uma grande diferença na melhor preservação da equipe de trabalho e salvar várias vidas.

Debater responsabilidades e ações
Por fim, mas não menos importante, há sempre o risco de a responsabilidade ser passada de um lado para outro numa discussão, o que reduz bastante as chances de que algo seja feito na prática. E quanto mais essa discussão anda em círculos, mais os riscos acidentes aumentam.

Uma das missões do Abril Verde é focar esse debate e ajudar a estabelecer quais são as responsabilidades de cada um e quais ações devem ser tomadas. Não de forma a culpabilizar cada grupo, mas para garantir a cooperação de todos em prol desse objetivo.

Como promover o Abril Verde em sua empresa?
Considerando a sua importância para a segurança do trabalho, é ideal que você também torne o Abril Verde parte da rotina anual da sua empresa. Veja aqui algumas formas de fazer isso.

Palestras voltadas para o tema
Considerando que o objetivo principal desse movimento é promover a conscientização de todos os envolvidos, um bom ponto de partida é buscar palestras e treinamentos que instruam a equipe sobre esses temas. Chame especialistas na área de prevenção de acidentes e segurança no trabalho para informar a equipe sobre como se portar no dia a dia para reduzir os riscos à própria segurança. Esse tipo de informação será muito útil para minimizar problemas no dia a dia.

Debates com a gestão da empresa
Quando se trata de ações um pouco mais amplas, é importante que os gestores de cada setor estejam cientes desses riscos e encontrem formas de minimizá-los. Como já mencionamos, o sucesso dessas ações depende de múltiplos grupos, incluindo a alta gestão da empresa. Ao promover esses debates, você incentiva todos a discutirem melhores maneiras de minimizar acidentes no ambiente de trabalho. Algo que deve ser exercitado com frequência.

Agora que você conhece um pouco mais sobre o Movimento Abril Verde e seu propósito, é hora de implementar essas ideias em sua empresa. Nunca é cedo ou tarde demais para pensar na segurança dos seus funcionários.

31/3 – DIA DA SAÚDE E DA NUTRIÇÃO

O Dia da Saúde e da Nutrição, comemorado neste 31/3, é uma oportunidade para debater e avaliar práticas nutricionais e a importância de políticas públicas realistas e preventivas, tais como a redução de sal e açúcar no consumo doméstico e mudanças na rotulagem dos alimentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, por meio da Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, que os governos formulem e atualizem periodicamente diretrizes nacionais sobre alimentação e nutrição, levando em conta mudanças nos hábitos alimentares e nas condições de saúde da população e o progresso no conhecimento científico. Essas diretrizes têm como propósito apoiar a educação alimentar e nutricional e subsidiar políticas e programas nacionais de alimentação e nutrição.

A prática da boa alimentação começa desde cedo, ao nascimento, com o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. Após essa fase, a amamentação poderá ser feita de maneira complementar até os 2 anos. Em cada fase da vida (criança, adolescente, adulto ou idoso), o ser humano possui diferentes necessidades nutricionais.

Muitos adultos obesos foram crianças obesas e por essa razão é importante ter um olhar mais cuidadoso para com a alimentação, pois neste inicio da vida há formação, crescimento e desenvolvimento celular, e as informações genéticas são gerenciadas. O excesso de peso do individuo pode provocar problemas de saúde como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e obesidade mórbida.

A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis.

No escopo das ações do governo brasileiro para a promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional, o Ministério da Saúde publicou o Guia Alimentar para a População Brasileira – Promovendo a Alimentação Saudável, com as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população. O Guia se constituiu em um marco de referência para indivíduos e famílias, governos e profissionais de saúde sobre a promoção da alimentação adequada e saudável.

Para uma boa nutrição é necessário ter uma dieta regular e equilibrada, buscando fornecer a quantidade e a variedade adequadas de nutrientes para o organismo.

Confira algumas dicas e atitudes que podem fazer a diferença na sua alimentação, refletindo diretamente na sua saúde:

– Evite o consumo de alimentos ricos em calorias e industrializados, gordurosos e salgados;
– Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes, cereais integrais e feijões;
– Beba bastante água;
– Reduza ou evite o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro;
– Faça exames preventivos e consulte sempre o seu médico;
– Faça exercícios físicos regulares, diariamente ou pelo menos três vezes por semana, após avaliação médica;
– Durma pelo menos 8h num período de 24h.

Fontes:

Associação Brasileira de Nutrição
Engemed
Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira

MARÇO LILÁS: UM ALERTA PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Março Lilás é uma campanha dedicada à conscientização e prevenção do câncer do colo de útero, uma doença que afeta milhares de mulheres em todo o mundo.

Março Lilás: A importância da saúde da mulher

A saúde da mulher desempenha um papel fundamental não apenas no bem-estar individual, mas também na saúde da família e da comunidade como um todo. As mulheres enfrentam desafios e questões de saúde específicas ao longo de suas vidas, desde a adolescência até a menopausa e além.

Garantir que as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde abrangentes, incluindo exames preventivos, educação sobre saúde reprodutiva, planejamento familiar e tratamento adequado para doenças específicas, é essencial para promover uma vida saudável e plena.

Além disso, a saúde da mulher tem implicações diretas na igualdade de gênero. Mulheres saudáveis têm mais oportunidades de educação, emprego e participação ativa na sociedade. Investir na saúde das mulheres significa investir em um futuro melhor para todas as gerações.

Isso envolve não apenas o acesso a serviços de saúde adequados, mas também a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos e autonomia das mulheres. Ao fortalecer a saúde feminina, estamos fortalecendo a sociedade como um todo, permitindo que as mulheres alcancem seu pleno potencial e contribuam para o desenvolvimento sustentável e equitativoespeciais.

Infelizmente, muitas condições de saúde que afetam as mulheres, como o câncer do colo de útero, podem ser silenciosas e assintomáticas em estágios iniciais, tornando a prevenção e o diagnóstico precoce essenciais para um tratamento eficaz.

O câncer do colo de útero

Março Lilás: Priorizando a saúde da mulher e combatendo o câncer cervical

O câncer do colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. É causado principalmente pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV).

Os principais fatores de risco incluem atividade sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais, tabagismo e sistema imunológico enfraquecido.

Sintomas e detecção precoce

Nos estágios iniciais, o câncer do colo de útero pode não apresentar sintomas visíveis dentro da saúde da mulher. No entanto, à medida que a doença progride, podem ocorrer sinais como sangramento vaginal anormal, dor durante o sexo e corrimento vaginal incomum. É importante que as mulheres estejam cientes desses sinais e consultem um profissional de saúde caso os experimentem.

A detecção precoce do câncer do colo de útero pode ser feita por meio do exame de Papanicolau, que analisa as células cervicais em busca de alterações pré-cancerosas. Esse exame é simples, indolor e deve ser realizado regularmente, de acordo com as recomendações médicas.

Medidas preventivas

A prevenção é fundamental na luta contra o câncer do colo de útero. Existem algumas medidas que podem ser tomadas para reduzir o risco de desenvolver essa doença. A vacinação contra o HPV é uma das estratégias mais eficazes de prevenção, sendo recomendada para meninas e meninos na adolescência.

Além disso, a prática de sexo seguro, o uso regular de preservativos e a limitação do número de parceiros sexuais também ajudam a reduzir o risco de infecção pelo HPV.

Parar de fumar e manter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, também podem contribuir para a prevenção do câncer do colo de útero.

A importância da Campanha Março Lilás

Março Lilás: Promovendo a saúde feminina e vencendo o câncer do colo do útero

O Março Lilás é um movimento que busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer do colo de útero.

Durante todo o mês de março, são realizadas diversas atividades, como palestras, campanhas de vacinação e exames preventivos, com o objetivo de informar e educar as mulheres sobre a doença.

Conclusão

A campanha Março Lilás é uma oportunidade valiosa para destacar a importância da saúde da mulher e da prevenção do câncer do colo de útero. É essencial que as mulheres estejam cientes dos sinais e sintomas da doença, bem como das medidas preventivas que podem adotar para reduzir o risco de desenvolvê-la.

Através da conscientização, da educação e do acesso aos serviços de saúde, é possível diminuir a incidência do câncer do colo de útero e garantir uma melhor qualidade de vida para as mulheres.

Portanto, participe do Março Lilás e junte-se a essa causa em prol da saúde feminina. Sua saúde é seu maior tesouro!

GRUPO DE TABAGISMO CFOE

Na manhã do dia 26/03/2024, no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, tivemos a 6ª sessão do grupo de tabagismo da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). O assunto abordado foi “Benefícios obtidos após parar de fumar”. Participaram da ação as Agentes Comunitários de Saúde Carolina Cardoso e Yasmin Weitzel, e o Fisioterapeuta Julio César.

O objetivo do grupo é reforçar a motivação dos participantes para manter o foco em parar de fumar, compartilhando experiências bem sucedidas entre os participantes e enfatizando a rede de apoio para prevenção de recaídas. Como parte do tratamento, teve sessão de auriculoterapia para controle da ansiedade e fissura.

26 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA EPILEPSIA

O dia 26 de março é marcado como Dia Roxo, ou Dia Internacional de Conscientização sobre a Pessoa com Epilepsia. A doença é a condição crônica neurológica mais prevalente no mundo – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas têm epilepsia. No Brasil, 2% da população têm a doença. No Distrito Federal, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) acompanha crianças e adolescentes com este quadro.

Giovanna Ferreira tinha 6 anos de idade quando começou a ter crises epiléticas. A família procurou ajuda médica e ela iniciou o atendimento no Hospital de Base, com a neurologista Renata Brasileiro. Em 2011, quando o Hospital da Criança de Brasília foi inaugurado, ela foi transferida para lá.

No Dia Roxo, quase quatro meses após a cirurgia, Giovanna comemora o sucesso do procedimento. A jovem, que completou 19 anos de idade no dia seguinte da cirurgia, já conseguiu realizar sonhos: “Minha vida está muito boa, nunca mais tive crises. Agora posso fazer minhas coisas, andar de bicicleta”, conta a adolescente. Antes da cirurgia, ela tinha muita vontade de aprender a cozinhar; agora, já consegue fazer o almoço sozinha.

A história de Giovanna foi citada na segunda-feira (25), em sessão solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O chefe da neurocirurgia do HCB, Benício Oton de Lima, participou da mesa da sessão solene e falou sobre o trabalho do hospital na estruturação de um programa específico de cirurgias para epilepsia. “Existem várias cirurgias, dependendo do tipo de epilepsia e do tipo de maneira que essa criança pode ser tratada; o HCB uniu um time de especialistas que se envolvem nessa forma de tratamento”, relatou o neurocirurgião.

Ao longo da sessão, os participantes do evento destacaram o impacto que a epilepsia traz para a vida dos pacientes – inclusive na idade adulta, dificultando ações como dirigir ou encontrar um emprego. A embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia em Goiânia, Aline Pansani, comentou o dado de que mais de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia e ressaltou que ela “não é uma doença rara, mas é escondida. Essa sessão é uma forma de trazer luz para essa causa”.

Pansani lembrou, ainda, dos riscos associados à doença e que não são divulgados: “Poucas pessoas falam sobre a mortalidade. Quando falta um medicamento na rede pública de saúde e o paciente tem que alterar o medicamento ou ficar sem, as crises podem perder o controle e, em uma crise, ele pode morrer subitamente. Então, é importante dar visibilidade a todos”.

Sintomas

“A epilepsia é o cérebro com uma hiperexcitabilidade neuronal, de maneira anormal e síncrona, gerando estímulos elétricos fora do comum”, explica a neurologista pediátrica do HCB, Renata Brasileiro. A doença pode ter várias causas genéticas, infecciosas, acidentes vasculares cerebrais, traumatismo craniano e zika vírus, entre outras, e o diagnóstico é feito de forma clínica. “Ele é feito por profissional médico da saúde básica, desde que tenha recebido treinamento adequado; depois, o paciente é referenciado para um especialista”, afirma Brasileiro.

A conscientização sobre o Dia Roxo passa pelo entendimento dos sintomas da epilepsia – especialmente das crises acarretadas pela doença. “As mais conhecidas da população são aquelas em que o paciente cai, fica duro, se debate; são crises que chamamos de tônica-crônica generalizada ou bilateral, popularmente conhecidas como convulsivas”, diz a médica. Brasileiro alerta, porém, que há outras formas de crise: “Você pode ter crises de ausência; crises em que o paciente sente um mal estar; ou que a pessoa puxa só um lado do corpo, só a boca. Em algumas crises, perde a consciência, mas há crises em que a pessoa sabe o que está acontecendo”.

Tratamento

O principal tratamento são os remédios, mas há outras abordagens, como a dieta cetogênica. Segundo a neurologista, essa “é uma dieta rica em gordura, pobre em proteínas e com praticamente nada em carboidrato; o objetivo é mudar a fonte de energia para o cérebro. É um ambulatório composto por médico-neurologista e nutricionista”.

A estruturação do ambulatório de dieta cetogênica do HCB foi construída com apoio da neuropediatra do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Ludmila de Lima. “A dieta funciona como uma medicação; é uma comida minimamente calculada pelo peso, estatura e condição nutricional do paciente por uma nutricionista especializada. Ela é basicamente feita de gorduras, um pouquinho de carboidratos (que são nossos açúcares), e a proteína é normal, porque ele precisa crescer e se desenvolver”, explica Lima.

Outra forma de tratamento é a abordagem cirúrgica, em que neurocirurgiões operam a área do cérebro onde se encontra a lesão neurológica que causa as crises epiléticas. Em novembro de 2023, o Hospital da Criança de Brasília realizou o procedimento para tratar a adolescente Giovanna Ferreira, então com 18 anos. O atendimento teve um diferencial: parte da cirurgia foi realizada com a paciente acordada – a região do cérebro que precisava passar por ressecção ficava muito próxima da área responsável pela fala. Por isso, a paciente precisou ser capaz de conversar durante o procedimento.

O HCB já realiza outras cirurgias do tipo, mas foi a primeira vez que o procedimento foi realizado com o paciente desperto. “Começamos normalmente, com a sedação, e expomos o cérebro para monitorizar a área da fala, saber se está fazendo sentido. A região a ser ressecada era muito próxima dessa área”, explica o neurocirurgião do HCB, Paulo Leão.

Para estimular a conscientização e a informação sobre a epilepsia, o Hospital da Criança de Brasília será iluminado de roxo, chamando a atenção da população.