Agosto Branco 2024 – Prevenção do Câncer de Pulmão

UTILIDADE PÚBLICA:

Agosto Branco é uma campanha de conscientização dedicada à prevenção do câncer de pulmão, uma das principais causas de morte por câncer no Brasil e no mundo. A iniciativa visa promover a educação sobre fatores de risco, a importância do diagnóstico precoce e as estratégias de prevenção.

O que é o Câncer de Pulmão?

O câncer de pulmão é uma doença maligna que se origina nos tecidos do pulmão, geralmente nas células que revestem as vias aéreas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão é responsável por cerca de 18% de todos os casos de câncer no Brasil, com uma taxa de mortalidade particularmente alta devido ao diagnóstico frequentemente tardio (INCA, 2022).

Principais Fatores de Risco

Entre os principais fatores de risco para o câncer de pulmão, o tabagismo é o mais significativo. Estudos demonstram que fumantes têm um risco aproximadamente 20 vezes maior de desenvolver a doença em comparação com não-fumantes (American Cancer Society, 2023). Além do tabaco, a exposição a substâncias carcinogênicas, como o amianto e poluentes atmosféricos, também está associada ao aumento do risco (Hirsch et al., 2017).

Importância do Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce é crucial para melhorar as chances de tratamento bem-sucedido. A tomografia computadorizada de baixa dose (TCLD) tem se mostrado eficaz na detecção precoce de câncer de pulmão em populações de alto risco, como fumantes e ex-fumantes (National Lung Screening Trial Research Team, 2011). A detecção precoce pode levar a uma intervenção mais eficaz e a uma melhor taxa de sobrevida.

Epidemiologia do Câncer de Pulmão no Brasil

A epidemiologia do câncer de pulmão no Brasil reflete um panorama alarmante. De acordo com o Atlas Global de Câncer 2020, o Brasil apresenta uma alta incidência e mortalidade por câncer de pulmão, com uma estimativa de 31.270 novos casos em 2023 e uma taxa de mortalidade de 27,3 por 100.000 habitantes (Bray et al., 2020). A prevalência é particularmente alta entre homens, refletindo os padrões históricos de tabagismo.

A Importância da Campanha Agosto Branco

A campanha Agosto Branco visa, portanto, aumentar a conscientização sobre a importância da cessação do tabagismo, promover a realização de exames de rastreamento e incentivar hábitos saudáveis. A educação contínua e a implementação de políticas públicas de controle do tabaco são essenciais para reduzir a carga do câncer de pulmão e melhorar a saúde pública no Brasil.


Referências:

– INCA, 2022. Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil. Instituto Nacional de Câncer.

– American Cancer Society, 2023. Lung Cancer Risk Factors.

– Hirsch, F. R., et al.  Lung cancer epidemiology, risk factors, and prevention. Radiology. 2017

– National Lung Screening Trial Research Team). Reduced lung-cancer mortality with low-dose computed tomography screening. New England Journal of Medicine. 2011

– Bray, F., et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians, 2020

Mutirão de Regulação CAP 5.1 – Terceiro Dia

Na tarde do dia 19/08/2024, recebemos no laboratório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, Thalita Schetine médica do NIR e Priscila Mafra médica RT da CAP 5.1 para o terceiro dia do mutirão de regulação.

O objetivo é reduzir as filas com disponibilidade de vagas em tela, qualificação das filas da AP e do município do Rio de Janeiro. Participaram neste dia Alessandro Nogueira, Thais Martins, Juliana Moura.

15/08 – Dia da Gestante: Entenda a Importância do Acompanhamento da Fertilidade Após os 25 Anos

UTILIDADE PÚBLICA:

Dedicado à conscientização dos cuidados durante a gestação, o Dia Nacional da Gestante, celebrado nesta quarta-feira, 15, também traz uma reflexão sobre a saúde reprodutiva e a importância do acompanhamento da fertilidade. Iniciar esse processo a partir dos 25 anos de idade pode ser fundamental para quem deseja planejar uma futura gravidez, já que o rastreio precoce permite a identificação de possíveis problemas e condições, possibilitando uma maior preparação para a maternidade.

De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres têm engravidado cada vez mais tarde no Brasil. Nos últimos 10 anos, o aumento na faixa etária que vai dos 35 aos 39 anos foi de 63%, enquanto a taxa de nascimentos entre mães com até 19 anos caiu 23% no mesmo período.

Para essas brasileiras, o desejo vem ligado a um projeto de vida maior, no qual ter filhos significa aumentar a família e dar continuidade às suas gerações como parte de uma jornada planejada. Em partes, esse movimento vem acompanhado dos avanços na ciência que permitem que a definição sobre o melhor momento para engravidar não tenha o relógio biológico como uma barreira.

Segundo dados do FertGroup, grupo de clínicas especializado em medicina reprodutiva no Brasil, as brasileiras têm procurado tratamentos de fertilidade por volta dos 37 anos. De acordo com Edson Borges Jr, diretor médico do grupo, isso mostra que essa mudança de comportamento também traz consigo a necessidade de mais informação sobre as alternativas de acompanhamento da fertilidade.

“O recomendável é que esse acompanhamento entre no check-up da mulher antes dos 30 anos. Mesmo sendo um plano futuro, é importante ter as informações necessárias para que se possa planejar alternativas conforme os desejos da paciente. Quando há uma maior espera na tomada de decisão da gestação e não é realizado um planejamento, as chances de sucesso dos tratamentos de fertilidade podem ser menores”, comenta.

Dentre os possíveis exames solicitados para esse acompanhamento, os mais comuns são:

  • Exames hormonais, para avaliação da reserva ovariana;
  • Ultrassom transvaginal, para a avaliação dos ovários e útero;
  • Avaliação laboratorial das infecções sexualmente transmissíveis (IST).

“Através deste primeiro passo, analisamos os resultados e, se houver necessidade, podemos solicitar novos exames para aprofundar esse check-up. A mulher tem uma perda progressiva da qualidade e quantidade dos óvulos, que acaba se intensificando com a idade, por isso, esse monitoramento é muito importante para prevenir, diagnosticar ou se adequar às mudanças futuras no estilo de vida”, explica o médico.

Planejamento financeiro

Dentro do planejamento familiar, é preciso ainda ir além da orientação. Ter um olhar que engloba a organização financeira também é um passo importante na decisão de ter filhos.

“Felizmente, temos hoje possibilidades na medicina reprodutiva que permitem tomar decisões mais assertivas quanto ao desejo de ter filhos no futuro. E, quando esse planejamento é realizado de forma integral, é possível ter acesso às melhores opções, além de contar com uma maior segurança em caso de imprevistos.”

Até quando é possível adiar a gestação?

Segundo uma pesquisa recente realizada pela WIN, uma provedora de benefícios de construção familiar, com mil mulheres norte-americanas que decidiram adiar a maternidade para após os 35 anos de idade, foi mostrado que relacionamentos, estilo de vida e questões financeiras foram os principais precursores para essa escolha.

Contudo, para tomar a decisão com uma maior segurança, mesmo que ainda haja a incerteza sobre o desejo ou não de ter filhos, o acompanhamento da fertilidade no check-up da mulher pode auxiliar em possíveis alternativas, como é o caso do congelamento de óvulos.

“O congelamento geralmente é indicado a partir dos 30 anos, mas isso não impede que ele possa ser realizado antes. Ou seja, quanto mais jovem for a paciente, melhor será a qualidade dos óvulos”, destaca.Vale lembrar ainda que não existe uma idade exata para que a paciente use seus óvulos congelados, caso apresente uma boa condição de saúde. Contudo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda que sejam utilizados antes dos 50 anos, para uma maior segurança da saúde da paciente e do bebê.

Fonte: Entenda a importância do acompanhamento da fertilidade após os 25 anos (correiodopovo.com.br)

15/08 – Dia do Cirurgião Vascular: Reconhecimento da Dedicação e Excelência na Saúde Circulatória

UTILIDADE PÚBLICA:

O mês de agosto é particularmente significativo para os cirurgiões vasculares. Além de comemorarmos o Dia do Cirurgião Vascular em 15 de agosto, desde 2021, a campanha “Agosto Azul e Vermelho” tem se destacado como um esforço nacional para promover a conscientização sobre a saúde vascular. Por meio de palestras, exames gratuitos, campanhas educativas e eventos comunitários, nossa missão é fomentar a saúde vascular e destacar a importância dos diagnósticos precoces e das práticas preventivas, visando minimizar o impacto dessas condições na vida das pessoas.

Apesar da relevância, muitas pessoas desconhecem as doenças que tratamos e a complexidade envolvida. Nossa atuação vai além do cuidado com as varizes e telangiectasias, abrangendo o diagnóstico e manejo de doenças vasculares graves e frequentes.

Entre essas doenças estão a trombose venosa, onde um coágulo nas veias das pernas pode se desprender e atingir os pulmões, representando um risco sério de vida; a aterosclerose das artérias carótidas, que pode reduzir o fluxo de sangue para o cérebro e provocar derrames; e a dilatação da aorta, a maior artéria do corpo, que pode romper-se e causar uma situação extremamente grave e potencialmente fatal. Esclarecer a população sobre essas condições é essencial para garantir uma melhor saúde vascular e um tratamento eficaz.

Além disso, o trabalho do cirurgião vascular é essencial para diversas áreas médicas. Ajudamos a salvar vidas em situações de emergência e contribuímos para a qualidade de vida dos pacientes ao prevenir a progressão de doenças e reduzir o risco de complicações graves. Trabalhamos de forma multidisciplinar, colaborando com outras especialidades médicas para garantir um atendimento abrangente e coordenado, promovendo uma abordagem holística e eficaz no cuidado dos indivíduos, assegurando um tratamento eficaz que atenda às suas necessidades específicas.

Ser um bom cirurgião vascular vai muito além das habilidades técnicas e conhecimento médico, já que envolve uma abordagem holística ao cuidado do paciente, combinando competências técnicas com habilidades interpessoais, ética, comunicação e aprendizagem contínua. Essas qualidades nos ajudam a proporcionar um nível superior de cuidado, melhorando os resultados dos pacientes e contribuindo para o avanço contínuo da especialidade.

Dia do Cardiologista: Como a Música Pode Ajudar na Saúde Cardiovascular?

UTILIDADE PÚBLICA:

Nesta quarta-feira, 14 de agosto, se comemora o Dia do Cardiologista. A data, instituída pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, tem como objetivo exaltar os “profissionais do coração”, que atuam diariamente no cuidado e bem-estar da população, além de prevenir problemas futuros relacionados ao órgão.

Então, são eles que atuam na linha de frente contra as doenças cardiovasculares, responsáveis pela principal causa de morte no Brasil – e no mundo -, segundo o Ministério da Saúde. Entre as mais conhecidas, estão: pressão alta, parada cardíaca, arritmia cardíaca e insuficiência cardíaca.

Assim sendo, se faz primordial a realização de exames rotineiros com cardiologistas, desfazendo a ideia de se consultar apenas quando o incomodo começar. Entretanto, alguns sintomas devem acelerar esta ida. Conforme recomendado em uma matéria no portal de Drauzio Varella, os sinais de alerta são:

  • Falta de ar e cansaço excessivo ao realizar algum esforço ou atividade física;
  • Dores no peito;
  • Pés e tornozelos inchados;
  • Batimento cardíaco rápido, lento ou irregular;
  • Desmaios.

Somado a isto, algumas práticas devem ser evitadas para não aumentar o risco do desenvolvimento de problemas no coração. Como exemplo, destacam-se tabagismo, obesidade, sedentarismo, doenças da tireoide, bem como o uso de drogas ilícitas.

Ouvir música pode ajudar na saúde cardiovascular?

Usada para os mais variados fins, desde entretenimento até posicionamentos políticos e religiosos, a música também pode ajudar na saúde cardiovascular.

Conforme uma matéria publicada no portal de saúde da Harvard, uma das universidades mais prestigiadas do mundo, as canções têm um efeito direto no bem-estar humano. “Não há outro estímulo na Terra que envolva simultaneamente nossos cérebros tão amplamente quanto a música“, declarou Brian Harris, musicoterapeuta neurológico certificado no Spaulding Rehabilitation Hospital.

Em outras palavras, o processamento do som começa no tronco cerebral, que também controla a taxa de batimentos cardíacos e respiração. Essa conexão pode explicar o motivo de sons relaxantes poderem diminuir a frequência cardíaca, a frequência respiratória e a pressão arterial — consequentemente aliviando dores, estresse e a ansiedade.

Fonte:Dia do Cardiologista: como a música pode ajudar na saúde cardiovascular? – Alpha FM – 101.7

Mutirão de Regulação CAP 5.1 – Segundo Dia

No dia 13/08/2024, recebemos no laboratório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, Thalita Schetine médica do NIR e Priscila Mafra médica RT da CAP 5.1 para o segundo dia do mutirão de regulação.

O objetivo é reduzir as filas com disponibilidade de vagas em tela, qualificação das filas da AP e do município do Rio de Janeiro. Participaram neste dia Aline Vieira, Simone Barboza, Tatiane Almeida, Thiago Philippe, Camila Masioli, Teresa Lopes e Gustavo Lázaro.

Mutirão de Regulação CAP 5.1 – Primeiro Dia

No dia 12/08/2024, recebemos no laboratório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, Thalita Schetine médica do NIR da 5.1 para mutirão de regulação.

O objetivo é reduzir as filas com disponibilidade de vagas em tela, qualificação das filas da AP e do município do Rio de Janeiro. Participaram neste dia Priscila Mafra, Maria Nazareth, Mariana Defavari e Raphael Azevedo.

09/08 – Dia Internacional dos Povos Indígenas

UTILIDADE PÚBLICA:

A data comemorativa, adotada em dezembro de 1994 por meio da Resolução 49/214 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marca a realização da primeira reunião do Grupo de Trabalho da ONU sobre Populações Indígenas da Subcomissão para a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos, realizada em Genebra, em 1982.

A celebração é dedicada a homenagear e a reconhecer as tradições dos povos indígenas e a promover a conscientização sobre sua inclusão na sociedade, alertando sobre seus direitos e reafirmando as garantias previstas na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, que estabelece padrões mínimos de sobrevivência, incluindo o direito à autodeterminação, ao autogoverno e a não sofrer assimilação cultural forçada, evitando a destruição de suas culturas. Esses padrões garantem também o direito de participação dos povos indígenas nas instituições do Estado.

Os Povos Indígenas vivem em todas as regiões do mundo e possuem, ocupam ou usam cerca de 22% da área terrestre global. Em termos numéricos há, pelo menos, 370-500 milhões de indivíduos, representando a maior parte da diversidade cultural do mundo. Eles falam a esmagadora maioria das cerca de 7.000 línguas do mundo e representam 5.000 culturas diferentes. Apesar de suas diferenças culturais, esses povos, mundialmente, compartilham problemas comuns relacionados à proteção de seus direitos e continuam a ser confrontados com a marginalização, pobreza extrema e outras violações de direitos humanos.

Todos os anos, a UNESCO assinala o Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo partilhando informações sobre projetos e atividades que são relevantes para o tema anual.

Abaixo, está disponível a mensagem da Sra. Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO, por ocasião da data, em 09 de agosto de 2024:

“Todos os anos, no sul da floresta amazônica, o povo Enawenê-nawê realiza o ritual Yaokwa. Ocorrendo durante vários meses durante a estação seca, busca homenagear os espíritos Yakairiti por meio de cerimônias e oferendas retiradas da biodiversidade local. Hoje, porém, esse ritual está em perigo. O estilo de vida dos Enawenê-nawê, que viveram em isolamento voluntário até a década de 1970, está seriamente ameaçado pelas mudanças no uso da terra e pela degradação ambiental.

Como resultado, desde 2011, Yaokwa está inscrito na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO que necessita de salvaguarda urgente. Povos indígenas como os Enawenê-nawê possuem, ocupam ou usam e preservam quase um quarto das terras do mundo. A sua cultura e tradições são uma riqueza de conhecimentos, especialmente nesta era de novos desafios ambientais. No entanto, com demasiada frequência, estes povos são privados do direito de gerir as terras que ocupam há séculos.

O Dia Internacional dos Povos Indígenas deste ano visa aumentar a consciência sobre o direito à autodeterminação – e os outros princípios consagrados na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Na UNESCO, os direitos, as culturas e o conhecimento dos povos indígenas são de suma importância e trabalhamos para defendê-los em todas as áreas do nosso mandato. Fazemo-lo, por exemplo, protegendo a diversidade cultural e biológica, nomeadamente nas nossas 1.700 áreas protegidas: os nossos sítios do Património Mundial, as Reservas da Biosfera e os Geoparques Globais em todo o mundo. Por exemplo, na Reserva da Biosfera do Chaco, no Paraguai, a UNESCO está a coordenar-se com as autoridades e gestores locais para reduzir a deflorestação nos territórios do povo Ayoreo.

No Brasil, a UNESCO contribuiu para salvaguardar a diversidade cultural e linguística de mais de 25 povos indígenas recentemente contatados que vivem perto de regiões fronteiriças. Após quase uma década de cooperação com o Museu Brasileiro do Índio, este projeto resultou em um repositório do patrimônio linguístico e cultural desses povos, incluindo registros audiovisuais, etnográficos e fotográficos. Mostrar o conhecimento dos povos indígenas, especialmente para abordar as causas das perturbações climáticas, também é um dos focos do nosso trabalho com a Presidência brasileira do G20 em 2024.

Além disso, a UNESCO procura aumentar a sensibilização para as interações entre língua, cultura e identidade para a proteção de paisagens e paisagens marinhas – nomeadamente através do Plano de Ação Global da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), que deu aos povos indígenas e aos Estados-Membros a oportunidade de cooperar na elaboração de planos de ação nacionais que reconheçam e apoiem estas ligações.

Esta colaboração continuará na Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica em Cali, Colômbia, de 21 de outubro a 1 de novembro de 2024, onde a UNESCO trabalhará com os Estados-Membros, organizações de povos indígenas e cientistas para destacar as ligações entre a diversidade cultural e biológica.

Neste dia, lembremo-nos de que os povos indígenas são atores de mudança, guardiões dos recursos naturais e portadores de visões de mundo, conhecimentos e habilidades únicas. Devemos proteger as suas tradições e modos de vida – respeitando simultaneamente os seus direitos. ”

No âmbito da saúde, o Estado deve garantir acesso ao cuidado – com medicamentos, equipes interdisciplinares, Unidades Básicas de Saúde Indígena bem estruturadas – sem perder a perspectiva de que saúde também é demarcação dos territórios, respeito aos saberes ancestrais e o uso de medicinas da floresta, e ocupar os espaços de tomada de decisão.

Desta forma, em 2010 foi criada a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).

A SESAI atende mais de 762 mil indígenas aldeados em todo o Brasil e conta com mais de 22 mil profissionais de saúde, sendo que destes, 52% são indígenas, e promove a atenção primária à saúde e ações de saneamento, de maneira participativa e diferenciada, respeitando as especificidades epidemiológicas e socioculturais destes povos.

Em medida inédita, Ministério da Saúde implanta telessaúde no território Yanomami

Avanço permitirá que indígenas tenham acesso a especialistas como oftalmologista, nutricionista, dermatologista, e cardiologista

O Ministério da Saúde avançou na implantação da infraestrutura de telessaúde para o território Yanomami, em Roraima. O avanço inédito permitirá que os indígenas tenham acesso a especialistas como oftalmologista, nutricionista, dermatologista e cardiologista sem sair de suas comunidades. A pasta instalou 98 pontos de internet na área indígena de Roraima e Amazonas. Além disso, enviou 106 computadores para o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami.

Raquel Adjafre, consultora técnica do Departamento de Saúde Digital e Inovação, acompanhou o processo desde o início. Ela explica que essa é uma inovação que muda o fluxo de atendimento na região e traz mais possibilidades de tratamento.


“Com a telessaúde passamos a contar com mais possibilidades de exames e de especialistas. No contexto do território Yanomami isso é ainda mais importante quando diminuímos a necessidade de deslocamento dos indígenas. Sabemos que, por questões culturais, os Yanomami têm mais dificuldade para deixar o território por conta da alimentação e rituais, por exemplo”, destaca Raquel


A consultora técnica ressalta que a telessaúde é capaz de aumentar a oferta de especialidades que normalmente são impactadas pela dificuldade de contratação de médicos para território de difícil acesso. “Além de todos os benefícios para o paciente, o profissional também ganha vantagens, como qualificação. Um exemplo: um enfermeiro ao consultar um dermatologista sobre uma ferida, acumula conhecimento, experiência, que beneficia a ele e aos indígenas da comunidade”, conclui.

Dados reforçados

O investimento na infraestrutura digital, com mais computadores e ampliação dos pontos de internet, reforça a captação e consolidação de dados sobre vacinação, adoecimentos, tratamentos realizados, óbitos e outros indicadores de saúde, o que garante uma maior geração de dados e informações sobre o povo Yanomami.

O Datasus articulou, ao longo dos últimos meses, a instalação de pontos de internet e a entrega de computadores. Em junho, foi montada uma sala de digitação com 25 notebooks especialmente para inserção de dados de vacinação e de malária. A estrutura foi montada na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Boa Vista. O investimento em conectividade beneficiou cinco casas de apoio à saúde indígena (Casais), 52 polos base e 41 unidades básicas de saúde indígena (UBSI).

Outro avanço é o uso do InfoSUS IV, que visa fornecer conectividade para hospitais e instituições ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente unidades de assistência básica à saúde e população indígena e outros estabelecimentos de saúde.

Guilherme Bobadilha, assessor técnico do Datasus, explica que a conectividade trará benefícios para todo o DSEI Yanomami. “Os computadores também serão usados para termos melhores informações. Com a carência de máquinas, os dados de vacinação, por exemplo, ficam represados e não entram nos nossos sistemas. Agora, os digitadores terão mais condições de registrar e melhorar a inserção de dados”, frisa.

“Com a conectividade, a comunicação com os polos também melhorou. A infraestrutura de rede ampliou as comunicações por aplicativos de mensagens, de notificações de remoção, entre outras situações”, explica.

Boletim

O Ministério da Saúde divulgou, em 5 de agosto, um novo informe do Comitê de Operações Emergenciais (COE) Yanomami. No primeiro trimestre deste ano, foram notificados 74 óbitos no território. Na comparação com igual período do ano passado, houve uma queda de 33%. Nos três primeiros meses de 2023 foram registradas 111 mortes. O documento ressalta que os principais agravos tiveram queda como, óbitos por malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves.

O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde investe para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal. A pasta aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater doenças, como a malária e a desnutrição, no território.

A implantação da telessaúde é uma ação da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi) que envolve os departamentos de Saúde Digital e Inovação (Desd), de Informação e de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Fontes: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/agosto/em-medida-inedita-ministerio-da-saude-implanta-telessaude-no-territorio-yanomami
Agência Senado
Ministério da Saúde
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado de São Paulo

Olimpíadas CFOE – Academia Carioca

UTILIDADE PÚBLICA:

Aproveitando o espírito olímpico, a Clínica da Família Olímpia Esteves através do programa Academia Carioca, organizou um dia festivo em homenagem ao evento esportivo que acontece em Paris-França. Participaram alunos do projeto vinculados à unidade, com a supervisão da profissional de educação física Júlia Fonseca e da assistente social Jéssica Cura.

Além das atividades físicas de rotina, os participantes puderam curtir gincanas esportivas, competindo entre equipes e desfrutando de um dia de muita descontração e espírito olímpico. Todos receberam medalhas, mostrando que no esporte e na saúde todos vencem.

Encontro dos Agentes de Vigilância em Saúde

UTILIDADE PÚBLICA:

Na manhã do dia 08/08/2024, recebemos alguns AVSs no laboratório de informática da estação OTICS-Rio Padre Miguel, para que fossem lançadas as suas demandas.

 

 

 

 

 

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro atua fortemente na área de Vigilância em Saúde, colocando em prática um conjunto articulado de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios. Esse trabalho é feito sob a ótica da integralidade do cuidado, o que inclui tanto a abordagem individual como a coletiva dos problemas de saúde (Portaria Ministerial nº 3.252, de 22 de dezembro de 2009). De forma mais objetiva, pode-se dizer que sua atuação abrange as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, constituindo espaço articulado de conhecimentos e técnicas. Os principais desafios desse trabalho são a definição de responsabilidades e a consolidação de redes de atenção à saúde; a compatibilização de territórios; e a eleição de prioridades, utilizando metodologias e ferramentas da vigilância epidemiológica.

Fonte: Vigilância em Saúde – www.rio.rj.gov.br