19 DE JANEIRO – DIA MUNDIAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

Dia 19 de janeiro, dia Internacional do Terapeuta Ocupacional, profissional da área da saúde que promove prevenção, tratamento e reabilitação de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos ou de doenças adquiridas por meio da utilização da atividade humana.

Como já falamos, esse profissional existe para ajudar algumas pessoas que têm impedimentos ou dificuldades para realizar atividades ocupacionais. Por exemplo, ao analisar seu dia, é possível perceber diversas atividades cotidianas que são recorrentes, como: tarefas de autocuidado, produtividade, momentos de lazer e atividades sociais em geral.

São com essas funções que o terapeuta ocupacional trabalha. Habilitando e reabilitando pessoas que sofreram alguma alteração cognitiva, afetiva, perceptiva e psicomotoras. Essas conturbações podem ser decorrentes de distúrbios genéticos, traumáticos ou uma causa não determinada.

Outro ponto super legal dessa profissão é que eles conseguem atuar em diversos locais, como hospitais, clínicas, ambulatórios e lares de idosos. Porém, eles não ficam restritos a esses pontos de saúde, é comum ver alguns desses profissionais em alguns projetos sociais, escolas, empresas, nas casas de famílias e até em sistemas prisionais. Perfeito né?

Mesmo desempenhando um papel primordial no aspecto da saúde coletiva, a formação desse profissional oferece uma capacitação para lidar com questões sociais, de reabilitação física.

Esses profissionais trabalham em diversos locais, como hospitais, clínicas, ambulatórios e lares de idosos, mas não ficam restritos a estabelecimentos de saúde. É comum haver pessoas que necessitam de acompanhamento de um terapeuta ocupacional em projetos sociais, escolas, empresas, no sistema prisional, entre outros.

Quando falamos de tratamentos médicos, sempre existem dois grupos sociais que precisam ter uma atenção a mais: crianças e idosos.

No caso da terapia ocupacional infantil, ela visa promover a prevenção, o tratamento e a reabilitação dos pequenos. As crianças que apresentam quadros de alterações sensoriais, afetivas, cognitivas e psicomotoras são os principais grupos de pacientes desses profissionais. Mas quando sei que uma criança precisa de terapia ocupacional? Primeiramente, em todo o processo, é necessário que seu pequeno tenha um acompanhamento profissional, ele conseguirá dar um direcionamento preciso. Porém, a terapia ocupacional infantil é mais indicada em duas situações:

Quando uma criança não completa as etapas esperadas do desenvolvimento infantil;
Responde de forma diferente aos estímulos sensoriais do ambiente.
Nesses casos, o terapeuta ocupacional consegue entender o motivo dessa mudança e planejar uma estratégia eficiente para desenvolver essas habilidades.

No caso da terapia ocupacional para idosos, os profissionais visam auxiliar e melhorar o dia a dia das pessoas que estão na terceira idade. Diante disso, a terapia ocupacional utiliza diversas práticas, procedimentos e orientações para trazer esse bem estar, permitindo que os idosos tenham maior independência, confiança e saúde.

Muitas das práticas utilizadas consistem em trabalhar a consciência corporal, as habilidades cognitivas e as relações sociais. Tudo isso através de palestras, jogos, exercícios e oficinas. Para entender qual o melhor método para o paciente, os critérios variam de acordo com as limitações e necessidades de cada pessoa a ser analisada. Às vezes vários métodos são usados em conjunto, ou existe um foco para ser trabalhado, toda essa situação depende dos casos apresentados. Com isso, é muito importante que o terapeuta ocupacional fique atento ao contexto psicológico, sociocultural e de saúde dos seus pacientes.

A terapia de integração sensorial é um método muito usado por terapeutas ocupacionais, principalmente em casos de crianças com autismo, para criar os estímulos adequados. Mas os métodos para esse grupo também podem ser utilizados em outros nichos, como pessoas com síndrome de down, déficit de atenção e outras disfunções neurológicas.

As técnicas da terapia de integração sensorial são famosas por serem consideradas “simples” e podendo ser realizadas em casa. O objetivo delas é trazer algum conforto para quem tem alguma dificuldade em processar as informações sensoriais. Assim, elas conseguem auxiliar quem tem excesso ou falta de sensibilidade em alguns dos sentidos.

Essas técnicas são feitas de acordo com a necessidade de cada paciente, algumas delas são: Toque de texturas, Brincadeiras com formas, Toque do nariz, Tapete sensorial e muitos outros…

Agora que você sabe muito mais sobre a terapia ocupacional e suas várias aplicações, nada melhor do que cuidar de quem você ama!

Procure sempre os melhores profissionais, para ter os melhores resultados e tratamentos. Cuidar de si mesmo e de quem você ama é essencial, por isso, não poupe esforços para achar os melhores cuidados. Não deixe de lado aquilo que vai lhe fazer bem!

PRODUÇÃO CFOE

No dia 18/01/2024, os Agentes Comunitários de Saúde da Clínica da Família Olímpia Esteves, utilizaram o laboratório de informática da estação OTICS-Rio Padre Miguel, para atualização de cadastros dos pacientes e lançamento de produção no prontuário eletrônico.

O objetivo é manter os dados dos usuários atualizados para um melhor acompanhamento da equipe de saúde.

18 DE JANEIRO – DIA INTERNACIONAL DO RISO

O bom humor e o riso quando compartilhados, tem o poder de unir pessoas, aumentar a intimidade e claro, contribuir para um estado de felicidade. Rir fortalece o sistema imunológico, aumenta a energia, diminui a dor, protege contra os efeitos do estresse e muito mais. Pela sua importância, o riso ganhou um dia para ser celebrado: 18 de janeiro. Então sorria, sem moderação.

Sorrir equilibra nossas emoções, relaxa, aumenta nossa autoestima e eleva o nosso astral. Sorrir também rejuvenesce e aumenta a longevidade, pois movimenta a musculatura do rosto, ajudando a manter a elasticidade da pele.

A risada exercita o cérebro

O ato de sorrir ajuda a diminuir a intensidade de emoções negativas e relaxa o corpo inteiro. Além disso, alivia a tensão e o estresse e mantém os músculos relaxados por até 45 minutos.

Rir faz bem para o coração

Boas gargalhadas ajudam no funcionamento do sistema cardíaco. Quando sorrimos, nosso fluxo sanguíneo aumenta, auxiliando no controle da pressão arterial e nos protege de ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares.

Rir é o melhor remédio

Um simples sorriso pode movimentar até 80 músculos do nosso corpo. O riso mexe com o cérebro, garganta, coração, tórax, pernas, pés, além do rosto, claro! Segundo estudos, essa forma de expressar felicidade traz efeitos terapêuticos, como retardar o aparecimento das rugas durante o processo de envelhecimento.

Dentre tantos benefícios para a saúde que o riso pode proporcionar estão:

  • Redução do stress;
  • Promover queima de calorias;
  • Melhorar a qualidade do sono;
  • Fortalecer o abdômen;
  • Melhorar a circulação sanguínea;
  • Melhorar a respiração;
  • Melhorar a digestão;
  • Fortalecer o sistema imunológico;
  • Estimular a criatividade;
  • Induzir a criação de laços com outras pessoas.

Por isso, não deixe de sorrir. Assista filmes de comédia, shows de stand-up, procure ambientes e companhias engraçadas. Uma dose de sorriso diária contagia, pode mudar sua vida e tornar sua saúde melhor. Sorria sem moderação!

PREVENÇÃO CONTRA A DENGUE

No mês de janeiro é comum ocorrerem as chamadas “Chuvas de verão”, período de muito calor e com pancadas de chuva quase que diárias. Então o cuidado com água parada deve ser redobrado. Isso porque água parada é foco de desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypti, que transmite várias doenças como Dengue e Chikungunya. É preciso estarmos atentos e eliminar qualquer foco que possa contribuir para a reprodução do mosquito.

Aedes aegypti é o transmissor da febre amarela, dengue, zika e chikungunya no Brasil — Foto: Pixabay/Divulgação

Não existem medidas de controle específicas para o ser humano, já que não existe nenhuma droga antiviral e a vacina Qdenga ainda não está disponível para todos. Então, o único jeito de prevenir a doença é o combate ao mosquito-da-dengue.

Para combater o mosquito e evitar a sua picada, existem alguns cuidados que podem fazer toda a diferença, como:

  • Manter as garrafas vazias ou baldes viradas para baixo;
  • Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;
  • Cobrir as caixas d’água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;
  • Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos das plantas;
  • Manter a lata de lixo devidamente tampada e jogar no lixo cascas de coco, latas de refrigerantes, copo plástico, garrafas, embalagens, etc.;
  • Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva. Faça furos na parte de baixo ou entregue no serviço de limpeza;
  • Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano 2 vezes por semana;
  • Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e manter o aquário limpo e fechado;
  • Colocar telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama para dormir.

 

 

Dengue

A transmissão da dengue no Brasil iniciou-se na década de 1980 e desde sua introdução vem ocorrendo de forma continuada, intercalando-se com epidemias.

No Município do Rio de Janeiro (MRJ) os principais anos epidêmicos foram: 1986, 1991, 2002, 2008 e 2012.

É uma arbovirose causada pelo vírus da dengue, do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae, transmitida por picadas do mosquito Aedes aegypti.

Existem quatro sorotipos do vírus de dengue (1, 2, 3 e 4), para cada um deles o indivíduo desenvolve imunidade permanente e cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença.

Doença febril aguda que pode apresentar um amplo espectro clínico. A maioria dos pacientes desenvolve a forma clínica leve e autolimitada e uma pequena parte progride com sinais de gravidade.

O período de incubação é em média de 5 a 6 dias, podendo chegar a 10 dias.

Características do Agravo

Pacientes que apresentem febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas e/ou vômitos, exantema, mialgia e/ou artralgia, cefaleia com dor retro orbital, petéquias, prova do laço positiva e leucopenia.
Também pode ser considerado caso suspeito toda criança que apresente quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente.

 

Fonte: DENGUE ZIKA E CHIKUNGUNYA – Secretaria Municipal de Saúde – SMS (prefeitura.rio)

ATIVIDADES COLETIVAS E GRUPO DE TABAGISMO

No dia 16/01/2024, na Sala de Reunião da estação OTICS-Rio Padre Miguel, aconteceu a reunião técnica com a gestão, equipe do tabagismo e E-Multi da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE). Os assuntos debatidos foram o planejamento de ações de educação permanente sobre avaliação dos casos de atraso no desenvolvimento infantil e mudanças na equipe do tabagismo da unidade. O objetivo do encontro foi realinhar as atividades coletivas na unidade, elaborando agenda e estabelecendo a participação específica de cada profissional.

Participaram da reunião Mariana Quindeler (Gerente), Márcia Barros (Psicóloga), Jéssica Cura (Assistente Social), Júlia Fonseca (Professora de Educação Física), Viviane Lemos (Enfermeira), Júlio César Leite (Fisioterapeuta) e Claudia Gomes (Auxiliar de Saúde Bucal).

ATUALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS

Na data de 16/01/2024, as enfermeiras Paula Bittencourt de Souza e Rute Henrique Gomes que estão em treinamento profissional na unidade Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), utilizaram o Laboratório de Informática da estação OTICS-Rio Padre Miguel para avaliação e atualização de exames laboratoriais no prontuário eletrônico.

O objetivo é mapear as necessidades de cada paciente, encaminhar para o tratamento caso necessário e manter atualizado seu prontuário eletrônico.

Grupo de Adolescentes – Divergentes

No dia 11/01/2024, no auditório da estação OTICS Rio-Padre Miguel, a psicóloga Marcia Barros (eMulti), com apoio da professora de educação física Julia Fonseca (eMulti) e da ACS Flávia Garcia da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), realizou uma dinâmica com o grupo de adolescentes. Os assuntos abordados foram relações familiares, comunicação assertiva e empatia. Foi exibido o filme “Encanto” como disparador de reflexões.

O objetivo dessa roda de conversa é sobre aceitação, empatia e comunicação aberta nas relações familiares.

ACADEMIA CARIOCA – CFOE

Nesta data, 11/01/2024, a professora de Educação Física Julia Fonseca (eMulti) da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), desenvolveu atividades físicas e aferição de pressão junto aos alunos  cadastrados na unidade. O objetivo é a promoção de saúde e qualidade de vida aos pacientes.

Programa Academia Carioca

O Programa é a prática de atividade física e educativa regular nas clínicas da família e centros municipais de saúde da cidade do Rio, com acompanhamento da equipe de saúde no desenvolvimento de ações preventivas e de boas práticas em saúde. Desde 2009, apresenta excelentes resultados para seus participantes, auxiliando no controle da pressão arterial, diminuição do peso corporal, diminuição ou interrupção da necessidade de tomar medicamentos. O Programa Academia Carioca é uma estratégia importante para a saúde física, mental e social.

Fonte: Programa Academia Carioca – Secretaria Municipal de Saúde – SMS (prefeitura.rio)

Apresentação do Programa e Procedimentos de Encaminhamentos de Mulheres Vítimas de Violência

Na manhã do dia 10/01/2024, na Sala de Reunião da estação OTICS Rio-Padre Miguel, a Assistente Social Jessica Pinheiro Cura (eMulti) da Clínica da Família Olímpia Esteves, participou de uma videoconferência sobre novos rumos e inclusão produtiva de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

O objetivo foi alinhar encaminhamentos a rede, mediante atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e/ou familiar.

 

O QUE É VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

Fonte: O que é violência doméstica – Instituto Maria da Penha

Janeiro Roxo: Conscientização e Combate à Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos (braços e pernas), com capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.

A discussão sobre a origem da hanseníase no continente asiático ou africano ainda se mantém entre os especialistas, todavia, sabe-se é que conhecida há mais de quatro mil anos na Índia, China, Japão e Egito. No decorrer dos séculos, ainda de forma imprecisa, a hanseníase era agrupada juntamente com outras patologias cutâneas como a psoríase, escabiose, impetigo, pela designação de lepra. A infecção por hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. As lesões neurais decorrentes conferem à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos. Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória. A partir da década de 1980 o Brasil dispõe de iniciativas institucionais que modificam a estratégia de cuidado as pessoas acometidas pela hanseníase, com o fechamento dos hospitais colônia que pressupunham a internação compulsória daqueles acometidos pela doença. Em 1995, como iniciativa inovadora para ressignificação social da doença, o Brasil determina através da Lei nº 9.010, que o termo “lepra” e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos estados. Esses passos foram importantes para ampliar a compreensão da história da hanseníase enquanto uma trajetória que não é do bacilo, mas de pessoas e famílias acometidas pela doença.

 

Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:

  • Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área (s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
  • Comprometimento do (s) nervo (s) periférico (s) – geralmente espessamento (engrossamento) –, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
  • Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Transmissão 

A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer. A forma de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas superiores (por meio do espirro, tosse ou fala), e não pelos objetos utilizados pelo paciente. Também é necessário um contato próximo e prolongado. Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares (PB) – não são considerados importantes fontes de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar.

Não se transmite a hanseníase pelo abraço, compartilhamentos de pratos, talheres, roupas de cama e outros objetos. Já as pessoas com muitos bacilos – multibacilares (MB) – constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção enquanto o tratamento específico não for iniciado. A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, o tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, esse período dura em média de dois a sete anos; porém, há referências a períodos inferiores a dois e superiores a dez anos.

Diagnóstico

Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral dermatológico e neurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.

Recomenda-se que, nessas unidades, tais pacientes sejam submetidos novamente aos exames dermatológico e neurológico criteriosos, à coleta de material para exames laboratoriais (baciloscopia ou histopatologia cutânea ou de nervo periférico sensitivo) e a exames eletrofisiológicos e/ou outros mais complexos, para identificar comprometimento cutâneo ou neural discreto e realizar diagnóstico diferencial com outras neuropatias periféricas. Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige avaliação ainda mais criteriosa, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade.

Casos de hanseníase em crianças podem sinalizar transmissão ativa da doença, especialmente entre os familiares; por esse motivo, deve-se intensificar a investigação dos contatos. O diagnóstico de hanseníase deve ser recebido de modo semelhante ao de outras doenças curáveis. Entretanto, se vier a causar sofrimento psíquico, tanto a quem adoeceu quanto aos familiares ou pessoas de sua rede social, essa situação requererá uma abordagem apropriada pela equipe de saúde, para tomadas de decisão que incidam para uma melhor adesão ao tratamento e enfrentamento aos problemas psicossociais.

Essa atenção qualificada deve ser oferecida desde o diagnóstico, bem como no decorrer do tratamento da doença e, se necessário, após a alta. A Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase é um instrumento para que o paciente acompanhe e registre seu tratamento e tenha em mãos orientações sobre a doença, direitos e autocuidado. Enquanto uma ferramenta de registro, ela é muito importante para gestão do cuidado às equipes de saúde, todavia, é de posse do paciente. A Caderneta deve ser entregue ao paciente no momento do diagnóstico.

 

Características Epidemiológicas

A hanseníase está fortemente relacionada a condições econômicas, sociais e ambientais desfavoráveis. Com registro de casos novos em todas as unidades federadas, a doença exibe distribuição heterogênea no país, com elevadas concentrações nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, importantes áreas de transmissão da doença. Sua alta endemicidade compromete a interrupção da cadeia de transmissão, tornando-se imprescindível a incorporação de ações estratégicas que visem garantir o atendimento integral às pessoas acometidas pela doença.

A procura dos casos de hanseníase deve se dar por meio da assistência prestada à população geral nas unidades de saúde dos municípios brasileiros, bem como pela investigação dos contatos domiciliares dos casos diagnosticados, conforme recomendações das diretrizes nacionais. O Ministério da Saúde disponibiliza um painel de indicadores e dados básicos de hanseníase para o conjunto dos municípios brasileiros. A série de painéis apresenta a distribuição municipal dos principais indicadores epidemiológicos e operacionais, visando a maior qualidade e tempestividade das tomadas de decisão realizadas por diferentes instâncias de gestão.

Brasil é 2º país com mais casos de hanseníase no mundo – 02/06/2023 

 

Enfrentamento ao Estigma e à Discriminação

Aspectos relacionados ao estigma e à discriminação podem promover a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis, limitando o convívio social, sofrimento psíquico e, consequentemente, pode interferir no diagnóstico e adesão ao tratamento da hanseníase, perpetuando um ciclo de exclusão social e econômica. Situações em que ocorrem o estigma e a discriminação podem ocorrer na família, na escola, no trabalho e até mesmo nos serviços de saúde. O Brasil não possui leis discriminatórias contra as pessoas acometidas pela hanseníase e seus familiares, em vigor.

Embora destaque-se por ser o primeiro país no mundo que desenvolveu legislação que proíbe linguagem discriminatória contra as pessoas acometidas pela hanseníase, representando importante avanço para a garantia dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase, não existe nacionalmente penalidades impostas para quem as infringirem. Você pode registrar práticas discriminatórias em canais específicos, como as ouvidorias de saúde, o DISQUE SAÚDE 136.

 

Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase no Brasil

Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase no Brasil, foi criado com o objetivo de divulgar as informações do monitoramento da hanseníase, subsidiar a tomada de decisão e nortear mudanças oportunas no processo de trabalho da hanseníase.

 

Fonte: Hanseníase — Ministério da Saúde (www.gov.br)