Janeiro Roxo: Conscientização e Combate à Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos (braços e pernas), com capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.

A discussão sobre a origem da hanseníase no continente asiático ou africano ainda se mantém entre os especialistas, todavia, sabe-se é que conhecida há mais de quatro mil anos na Índia, China, Japão e Egito. No decorrer dos séculos, ainda de forma imprecisa, a hanseníase era agrupada juntamente com outras patologias cutâneas como a psoríase, escabiose, impetigo, pela designação de lepra. A infecção por hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. As lesões neurais decorrentes conferem à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos. Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória. A partir da década de 1980 o Brasil dispõe de iniciativas institucionais que modificam a estratégia de cuidado as pessoas acometidas pela hanseníase, com o fechamento dos hospitais colônia que pressupunham a internação compulsória daqueles acometidos pela doença. Em 1995, como iniciativa inovadora para ressignificação social da doença, o Brasil determina através da Lei nº 9.010, que o termo “lepra” e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos estados. Esses passos foram importantes para ampliar a compreensão da história da hanseníase enquanto uma trajetória que não é do bacilo, mas de pessoas e famílias acometidas pela doença.

 

Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:

  • Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área (s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
  • Comprometimento do (s) nervo (s) periférico (s) – geralmente espessamento (engrossamento) –, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
  • Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Transmissão 

A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer. A forma de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas superiores (por meio do espirro, tosse ou fala), e não pelos objetos utilizados pelo paciente. Também é necessário um contato próximo e prolongado. Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares (PB) – não são considerados importantes fontes de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar.

Não se transmite a hanseníase pelo abraço, compartilhamentos de pratos, talheres, roupas de cama e outros objetos. Já as pessoas com muitos bacilos – multibacilares (MB) – constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção enquanto o tratamento específico não for iniciado. A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, o tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, esse período dura em média de dois a sete anos; porém, há referências a períodos inferiores a dois e superiores a dez anos.

Diagnóstico

Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral dermatológico e neurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.

Recomenda-se que, nessas unidades, tais pacientes sejam submetidos novamente aos exames dermatológico e neurológico criteriosos, à coleta de material para exames laboratoriais (baciloscopia ou histopatologia cutânea ou de nervo periférico sensitivo) e a exames eletrofisiológicos e/ou outros mais complexos, para identificar comprometimento cutâneo ou neural discreto e realizar diagnóstico diferencial com outras neuropatias periféricas. Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige avaliação ainda mais criteriosa, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade.

Casos de hanseníase em crianças podem sinalizar transmissão ativa da doença, especialmente entre os familiares; por esse motivo, deve-se intensificar a investigação dos contatos. O diagnóstico de hanseníase deve ser recebido de modo semelhante ao de outras doenças curáveis. Entretanto, se vier a causar sofrimento psíquico, tanto a quem adoeceu quanto aos familiares ou pessoas de sua rede social, essa situação requererá uma abordagem apropriada pela equipe de saúde, para tomadas de decisão que incidam para uma melhor adesão ao tratamento e enfrentamento aos problemas psicossociais.

Essa atenção qualificada deve ser oferecida desde o diagnóstico, bem como no decorrer do tratamento da doença e, se necessário, após a alta. A Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase é um instrumento para que o paciente acompanhe e registre seu tratamento e tenha em mãos orientações sobre a doença, direitos e autocuidado. Enquanto uma ferramenta de registro, ela é muito importante para gestão do cuidado às equipes de saúde, todavia, é de posse do paciente. A Caderneta deve ser entregue ao paciente no momento do diagnóstico.

 

Características Epidemiológicas

A hanseníase está fortemente relacionada a condições econômicas, sociais e ambientais desfavoráveis. Com registro de casos novos em todas as unidades federadas, a doença exibe distribuição heterogênea no país, com elevadas concentrações nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, importantes áreas de transmissão da doença. Sua alta endemicidade compromete a interrupção da cadeia de transmissão, tornando-se imprescindível a incorporação de ações estratégicas que visem garantir o atendimento integral às pessoas acometidas pela doença.

A procura dos casos de hanseníase deve se dar por meio da assistência prestada à população geral nas unidades de saúde dos municípios brasileiros, bem como pela investigação dos contatos domiciliares dos casos diagnosticados, conforme recomendações das diretrizes nacionais. O Ministério da Saúde disponibiliza um painel de indicadores e dados básicos de hanseníase para o conjunto dos municípios brasileiros. A série de painéis apresenta a distribuição municipal dos principais indicadores epidemiológicos e operacionais, visando a maior qualidade e tempestividade das tomadas de decisão realizadas por diferentes instâncias de gestão.

Brasil é 2º país com mais casos de hanseníase no mundo – 02/06/2023 

 

Enfrentamento ao Estigma e à Discriminação

Aspectos relacionados ao estigma e à discriminação podem promover a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis, limitando o convívio social, sofrimento psíquico e, consequentemente, pode interferir no diagnóstico e adesão ao tratamento da hanseníase, perpetuando um ciclo de exclusão social e econômica. Situações em que ocorrem o estigma e a discriminação podem ocorrer na família, na escola, no trabalho e até mesmo nos serviços de saúde. O Brasil não possui leis discriminatórias contra as pessoas acometidas pela hanseníase e seus familiares, em vigor.

Embora destaque-se por ser o primeiro país no mundo que desenvolveu legislação que proíbe linguagem discriminatória contra as pessoas acometidas pela hanseníase, representando importante avanço para a garantia dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase, não existe nacionalmente penalidades impostas para quem as infringirem. Você pode registrar práticas discriminatórias em canais específicos, como as ouvidorias de saúde, o DISQUE SAÚDE 136.

 

Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase no Brasil

Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase no Brasil, foi criado com o objetivo de divulgar as informações do monitoramento da hanseníase, subsidiar a tomada de decisão e nortear mudanças oportunas no processo de trabalho da hanseníase.

 

Fonte: Hanseníase — Ministério da Saúde (www.gov.br)

 

 

 

Grupo de Promoção Prevenção em Saúde da Família – Grupo de Adolescentes

Na data de ontem, 18 de maio, estiveram no auditório da Estação OTICS-Rio Padre Miguel, a Psicóloga Márcia Barros, e as Agentes de Saúde Flávia e Simone, para realização do encontro do Grupo de Adolescentes da CF Olímpia Esteves.

Esta ação de Prevenção em Saúde da Família visa oferecer dispositivos terapêuticos e prevenção de agravos, desenvolvimento e cuidado para esta faixa etária.

Grupo de Hipertensão e Diabetes (CFOE)

Hoje, dia 20/04, estiveram  no auditório da OTICS-Rio Padre Miguel, a equipe Luísa Barata da CFOE (Clínica da Família Olímpia Esteves),composta pelos Agentes comunitários de Saúde, Carinne, Cristiane e Anderson, também estiveram presentes a Enfermeira Milena, as médicas DR.Gabriela Jardim, Dr.Paula Salgueiro e a Professora do Programa Academia Carioca Júlia Fonseca, com o objetivo de esclarecer dúvidas, instruir os pacientes a prática regular de atividades físicas, com a supervisão de um profissional qualificado para um melhor controle e através deste primeiro momento, ter um feedback através de diálogo com os pacientes hipertensos e diabéticos inscritos no programa de Hiperdia.  A partir desse encontro pode se observar se as reuniões estão de fato ajudando o tratamento de cada paciente. Os encontros continuam Buscando traçar um melhor plano de controle individual,facilitando o entendimento e logo trazendo um melhor controle no tratamento do paciente e assim, evitar o surgimento de complicações futuras causadas por falta de controle correto de tais doenças como a hipertensão e a diabetes.

 

Reunião para qualificação, registros e indicadores – DICA – AP 5.1

Hoje, 22/03/2023 , aconteceu no  laboratório de informática da estação OTICS-RIO Padre Miguel, treinamento para qualificação, registro e indicadores, relacionados ao contrato de gestão da saúde básica da AP 5.1.

A responsável pela reunião foi Aline  Chaves,  representante da DICA (Divisão de Informação controle e Avaliação). O encontro teve como objetivo, trabalhar com casos clínicos afim de qualificar os registros para o alcance do indicador.

 

 

 

 

 

 

Dia Mundial da Saúde Bucal

Dia 20 de março é celebrado o Dia Mundial da Saúde Bucal, data Instituída pela Federação Dentária Internacional (FDI) a fim de reforçar a importância dos cuidados com a higiene bucal diária.

 

O Dia Mundial da Saúde Bucal busca unir esforços ao redor do mundo para reduzir a incidência de doenças bucais, que atingem não só o indivíduo, mas todo o sistema de saúde. De acordo com uma pesquisa da Federação Dentária Internacional (FDI), a saúde bucal continua a ser uma das áreas mais negligenciadas da saúde global. A tragédia decorre do fato de que a doença bucal é uma epidemia silenciosa que aflige 3,58 bilhões de pessoas — mais da metade da população do mundo, embora seja grandemente evitável. As doenças bucais, tais como cáries dentárias, doença da gengiva e câncer bucal, constituem as formas mais comuns de NCDs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) evitáveis e afetam as pessoas durante toda a vida, causando dor, desconforto, deformações e até mesmo morte. A falha coletiva de prevenir a doença bucal custa à economia mundial cerca de US$ 442 bilhões.

 

Manter uma boa higiene bucal garante dentes e gengiva saudáveis, auxiliando no bem-estar completo do indivíduo. Seja mastigando melhor ou mantendo uma boa aparência com um sorriso bem cuidado, os hábitos de uma boa escovação — acompanhada do uso do fio dental e com visitas regulares ao dentista — previnem problemas que podem se tornar graves, como o aparecimento de cáries, queda dos dentes, gengivite, entre outros problemas.

Oficina de gestão de listas Previne Brasil para DNTC – 2ª Turma AP 5.1

Hoje, dia 17/03/2023, aconteceu no laboratório de informática da Estação OTICS-Rio Padre Miguel, uma oficina de gestão de listas Previne Brasil para DCNT (doenças crônicas não transmissíveis). Esta oficina, que foi ministrada pela apoiadora técnica do DAPS/5.1, Aline Costa, tem como objetivo capacitar os profissionas de saúde a deselvolverem habilidades na extração e analises de listas de gestão para DCNT.

 

 

 

Grupo Hiperdia – CF Olímpia Esteves

No dia 16/03/2023, estiveram presentes no auditório da Estação OTICS – Rio Padre Miguel, a enfermeira Milena Araujo, e os Agentes Comunitários de Saúde Cristiane e Anderson, para realização do grupo de Hiperdia, que atende os pacientes do território da CF Olímpia Esteves.

Neste encontro foram realizados ação educativa para pacientes portadores de doenças crônicas, solicitação de exames, encaminhamento para oftamologista e odontologia.

O programa Hiperdia é fundamental para que as pessoas com hipertensão e diabetes possam, a partir das consultas, orientações, informações e acesso a medicamentos, ter uma vida sem o agravamento dessas patologias, que podem resultar em danos irreversíveis, quando não controladas.

                                                                                

 

Organização de demandas diárias da Clínica da Família Olímpia Esteves.

Hoje, dia 24/01/2023, estiveram no laboratório de informática da OTICS-Rio Padre Miguel, Médicos, Enfermeiros e os Agentes Comunitários de Saúde da CFOE, para realizarem e organizarem as demandas diárias como lançamento de visita domiciliar (VD), atualizações de cadastros e organizações de planilhas. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um dos profissionais que compõem a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica à saúde e desenvolve ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, tendo como foco as atividades educativas em saúde, em domicílios e coletividades. O ACS é o profissional que realiza a integração dos serviços de saúde da atenção básica com a comunidade.

 

Visita Domiciliar Equipe Luisa Barata

 

 

Hoje, dia 27 de Dezembro, a equipe Luisa Barata realizou visitas domiciliares na área programática 5.1 em Padre Miguel, com a Médica da Estratégia da Saúde da Família Dr.ª Gabriela e a Agente Comunitária de Saúde Carinne , afim de detectar possíveis problemas e avaliar os pacientes, caso necessário encaminha-los para um tratamento mais complexo.

   A visita domiciliar é realizada por conta das condições peculiares dos pacientes, a equipe faz a visita para facilitar o tratamento dos pacientes cadastrados na unidade Clínica Da Família Olímpia Esteves.

06/12 – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Lei nº 11.489/2007,

O crime mobilizou a opinião pública do país, promoveu um debate sobre desigualdades entre homens e mulheres e motivou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign).  O movimento cresceu e hoje tem a missão de promover a igualdade de gênero, relacionamentos saudáveis e uma nova visão da masculinidade. O laço branco foi adotado como símbolo e lema de jamais cometer um ato violento contra as mulheres e de não fechar os olhos frente a essa violência. 

No Brasil, a Campanha do Laço Branco é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG) e constituída por um conjunto de organizações não governamentais e núcleos acadêmicos. Ela promove eventos e atividades com o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. E atua no espaço público, escolas, instituições de saúde, empresas públicas, privadas, divulgando material informativo e educativo.