Agosto Dourado – Aleitamento Materno

UTILIDADE PÚBLICA:

Ministério da Saúde lança campanha de amamentação com foco na redução de desigualdades

Estima-se que a amamentação seja capaz de diminuir em até 13% a morte das crianças menores de cinco anos por causas preveníveis. Pasta prepara, ainda, novo Programa Nacional de Amamentação.

A amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. Para fortalecer ações em todo o país, nesta quinta-feira (1º), o Ministério da Saúde lança a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024. Com o tema “Amamentação, apoie em todas as situações”, a iniciativa de conscientização está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável voltados à garantia da sobrevivência e ao bem-estar das crianças. O foco é a redução das desigualdades relacionadas ao apoio à amamentação. A pasta anuncia, ainda, o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação.

“Quero deixar aqui o nosso compromisso como Ministério da Saúde de fazer realmente uma campanha mais uma vez vitoriosa no nosso país, rumo à meta dos 70% do aleitamento com leite materno até os seis meses. O Brasil é referência naquilo que a saúde publica mais sabe fazer: unir conhecimento científico, gestão e mobilização social”, destacou no evento a ministra Nísia Trindade.

O governo federal reconhece as diferentes condições a que milhares de famílias estão expostas no dia a dia e que impactam na amamentação. Por isso, a campanha deste ano tem como objetivo garantir o direito à amamentação, com atenção especial às lactantes em situação de vulnerabilidade, além de apoiar a amamentação em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais. O Ministério da Saúde coordena nacionalmente essa iniciativa global, a principal ação de mobilização social em prol da amamentação.

No último mês, como parte do trabalho realizado pelo governo federal no Rio Grande do Sul, após a emergência das enchentes provocadas pelas fortes chuvas, o Ministério da Saúde enviou 63 litros de leite humano ao estado. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, um pote de 300mL pode alimentar até 10 prematuros ou bebês de baixo peso. Nesse sentido, a doação foi fundamental para ajudar na alimentação e recuperação dos bebês internados nas Unidades Neonatais gaúchas. A medida reforça o objetivo da campanha, em sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de apoio à amamentação, especialmente em momentos de maior vulnerabilidade.

Taiame Adorno Rocha, 37 anos, é mãe de um bebê de dois meses. Casada há dez anos, ele conta que precisava dar de mamar e não compreendia o procedimento para posicionar o bebê de forma que ele fizesse o processo de sucção. “Aí me veio um desespero e pensei: agora não vou conseguir dar de mamar a ele. Mas aí chegou uma pessoa incrível, que é a Rosângela, enfermeira do Banco de Leite do Hran [Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília], e simplesmente me salvou. Ela me ensinou várias vezes, de madrugada, de tarde, como fazer. Com toda aquela aflição, do meu jeito, consegui amamentar”, narra a mãe.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a realização da Semana Mundial da Amamentação defende que a população seja informada sobre as desigualdades no apoio e prevalência da amamentação.

Saiba mais sobre a campanha “Amamentação, apoie em todas as situações

Novo programa vai fortalecer e integrar ações em todo o país

O Ministério da Saúde está trabalhando para lançar o novo Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, como parte de um dos eixos estratégicos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a pasta reforça os princípios da amamentação como direito humano, do acesso universal à saúde, da equidade em saúde, da integralidade do cuidado e da humanização da atenção em saúde em todo o país.

O objetivo do programa, que está em fase final de pactuação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), é fortalecer e integrar ações voltadas à temática em todo o país, incentivar que a amamentação tenha início já na primeira hora de vida do bebê e seja continuada até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses. Além disso, vai estimular ações integradas, transversais e intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.

Para garantir o acesso em saúde, o Ministério da Saúde está investindo, ainda, R$ 4,8 bilhões na construção de 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal. Todas as unidades terão salas de amamentação. As obras acontecem com recursos do Novo PAC Saúde e vão beneficiar cerca de 30 milhões de mulheres.

Foto: Rafael Nascimento/MS
Foto: Rafael Nascimento/MS

Meta é chegar a 70% de aleitamento exclusivo até 2030

O Brasil vem evoluindo nas taxas de amamentação ao longo das décadas, mas ainda está abaixo do recomendado. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no país foi de 45,8%, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) publicado em 2021. Representa um avanço relevante em cerca de três décadas – pois o percentual era de 3% em 1986.

Na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Agora, a duração média é de 16 meses, o equivalente a 1 ano e quatro meses de vida.

A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E a expectativa é que esse índice, até 2030, chegue a 70%.

O Ministério da Saúde reitera que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da morbimortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarreias, afecções perinatais e infecções, principais causas de morte de recém-nascidos. Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de ovário.

Fonte: Ministério da Saúde Ministério da Saúde lança campanha de amamentação com foco na redução de desigualdades — Ministério da Saúde (www.gov.br)

25/07 – Aniversário de Criação do Ministério da Saúde Homenagem à Zilda Arns

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Zilda Arns: luta incansável pela qualidade de vida de crianças e idosos

Médica sanitarista, Zilda foi a responsável pela criação da Pastoral da Criança, uma instituição reconhecida por usar métodos simples e eficazes para combater a desnutrição e a mortalidade infantil

Nos 71 anos de aniversário do Ministério da Saúde, comemorados nesta quinta-feira (25), vale deixar registrada a contribuição de Zilda Arns Neumann, uma figura importante na história da saúde pública e dos direitos humanos no Brasil. Médica sanitarista catarinense, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, Zilda Arns dedicou sua vida à melhoria das condições de saúde e bem-estar das populações mais vulneráveis do país, deixando um legado inestimável.

Nascida em Forquilhinha, Santa Catarina, em 25 de agosto de 1934, Zilda formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná. Desde cedo, mostrou um profundo compromisso com a saúde pública, trabalhando incansavelmente para reduzir a mortalidade infantil e promover a qualidade de vida das crianças e idosos.

Em 1983, fundou a Pastoral da Criança, uma organização social ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que utiliza métodos simples e eficazes para combater a desnutrição e a mortalidade infantil. Sob sua liderança, a Pastoral da Criança tornou-se um modelo de sucesso, reconhecido internacionalmente, ajudando milhões de crianças e suas famílias em comunidades carentes.

Inovação 

A abordagem inovadora de Zilda Arns na Pastoral da Criança envolvia a capacitação de voluntários comunitários para realizar visitas domiciliares e monitorar o crescimento e desenvolvimento das crianças.

Além disso, promovia ações educativas sobre nutrição, higiene e cuidados básicos de saúde. Esse modelo de intervenção comunitária resultou em uma significativa redução da mortalidade infantil nas áreas atendidas, transformando vidas e trazendo esperança a milhares de famílias.

Em 2004, a profissional de saúde fundou a Pastoral da Pessoa Idosa, estendendo seu compromisso com a saúde da população idosa. A nova organização seguiu os mesmos princípios de capacitação comunitária e intervenção domiciliar, buscando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos em todo o Brasil.

Reconhecimento e legado

O trabalho incansável e a dedicação da médica sanitarista foram reconhecidos mundialmente. Em 2006, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, uma honraria que refletiu seu impacto significativo na saúde pública e nos direitos humanos. Sua indicação foi um reconhecimento da importância das ações comunitárias na promoção da saúde e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Zilda Arns faleceu tragicamente em 2010, durante terremoto que devastou o Haiti, enquanto participava de uma missão humanitária.

Dedicação e amor ao próximo 

Nas comemorações das sete décadas de criação do Ministério da Saúde, é oportuno refletir sobre a trajetória de luta, dedicação e amor ao próximo de Zilda Arns, uma inspiração para todos que trabalham pela saúde e bem-estar das populações vulneráveis.

Fonte: Zilda Arns: luta incansável pela qualidade de vida de crianças e idosos — Ministério da Saúde (www.gov.br)

24/07 – Dia Internacional do Autocuidado

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No Dia Internacional do Autocuidado, entenda os benefícios dessa prática

Dia 24 de julho, é lembrado o Dia Internacional do Autocuidado, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2011, com o objetivo de educar a população sobre os benefícios da prática, estimulando o empoderamento dos indivíduos como agentes ativos da sua própria saúde. Estudos recentes comprovam que a prática possibilita desde que a melhora da saúde mental e física até uma desoneração dos sistemas públicos de saúde.

Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), autocuidado é a capacidade dos indivíduos, famílias e comunidades de promover e manter a saúde, prevenir doenças, e lidar com condições de saúde e incapacidades com ou sem o apoio de um profissional de saúde.

De acordo o sub-estudo COSMOS-MIND, parte integrante do Estudo de Resultados de Suplementos de Cacau e Multivitaminas (COSMOS), que incluiu 2.262 participantes, o uso diário de multivitaminas melhorou a função cognitiva, retardando o envelhecimento cognitivo em aproximadamente 60%, equivalendo a cerca de 1,8 anos ao longo do período de estudo de 3 anos. Já o sub-estudo COSMOS-Web, com mais de 3.500 participantes, apoiou essas descobertas, indicando que a suplementação diária de multivitaminas melhorou o desempenho da memória equivalente a 3,1 anos em comparação com o grupo placebo.

Para Andres Zapata, Líder médico e cientista principal da Haleon, o declínio cognitivo está entre as principais preocupações de saúde para a maioria dos idosos, e, diante deste cenário, os achados dos estudos demonstram que um suplemento diário de multivitaminas tem o potencial de ser uma opção simples e acessível para ajudar a retardar o envelhecimento cognitivo.

Já o estudo Development of Tooth Brushing Recommendations Through Professional Consensus, publicado recentemente no International Dental Journal, evidencia que a saúde bucal deficiente pode levar a problemas como cárie, gengivite, perda dentária e impactos na saúde geral poderia estar associada a várias condições sistêmicas, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes e complicações na gravidez. Neste caso, o simples hábito de escovar os dentes, com uma pasta dental que contenha flúor, pelo menos duas vezes ao dia e usar fio dental, poderia ajudar a prevenir ou evitar o agravamento dessas doenças.

“A má higiene bucal pode ter como consequência a cárie e a inflamação das gengivas e a periodontite, que, por sua vez, têm o potencial de liberar bactérias e mediadores inflamatórios na corrente sanguínea, contribuindo para a formação de placas ateroscleróticas e aumentando o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, também podem interferir na regulação da insulina, exacerbando condições como diabetes, e até causar problemas respiratórios”, explica Zapata.

Estes resultados sublinham a importância do autocuidado, destacando que práticas simples, como a suplementação com multivitaminas e cuidados com a saúde oral, podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e na saúde mental a longo prazo, reforçando a necessidade de incorporar o autocuidado no dia a dia de todos.

A Associação Latino-americana de Autocuidado (ILAR), na pesquisa “O Valor Econômico do Autocuidado”, constatou que, no Brasil, se metade dos casos atendidos pelo Sistema Público de Saúde (SUS) fossem manejados com a estratégia de autocuidado, incluindo o uso adequado de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), o Estado economizaria, potencialmente, 601 milhões de dólares anuais. E se apenas 10% dos casos fossem tratados dessa forma, a economia seria de mais de 120 milhões de dólares.

Na Diretriz sobre Intervenções de Autocuidado, elaborada pela OMS, pelo menos 400 milhões de pessoas em todo o mundo não tem acesso aos serviços de saúde mais essenciais e, todos os anos, 100 milhões de pessoas estão em situação de pobreza por conta dos gastos com cuidados de saúde. No Brasil, o Ministério da Saúde atesta que o autocuidado é especialmente importante para pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), responsáveis por mais do total das mortes no País.

“A autocuidado é um meio simples, eficaz e essencial para a promoção da saúde, minimizar sintomas de condições crônicas e até melhorá-las”, afirma Zapata. O especialista explica que, na prática, envolve a mudança do estilo de vida, da alimentação, adoção de hábitos de higiene adequados, inserção de atividade física regular na rotina e uso responsável de medicamentos isentos de prescrição.

Referências:

    1. World Health Organization. (2022). WHO guideline on self-care interventions for health and well-being, 2022 revision.
      https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/357828/9789240052192-eng.pdf?sequence=1
  1. COSMOS TRIAL. Results. Disponível em: Link. Acesso em: 4 jul. 2024.
  2. Glenny, A. M., Walsh, T., Iwasaki, M., Kateeb, E., Braga, M. M., Riley, P., & Melo, P. (2024). Development of Tooth Brushing Recommendations Through Professional Consensus. International Dental Journal. doi:10.1016/j.identj.2023.10.018
  3. OMS. OMS divulga primeira diretriz sobre intervenções de saúde digital. Disponível em: Link. Acesso em: 4 jul. 2024.
  4. ILAR. El Valor Económico de Autocuidado de la Salud. Disponível em: Link. Acesso em: 4 jul. 2024.
  5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Autocuidado em saúde e a literacia para a saúde no contexto da promoção, prevenção e cuidado das pessoas em condições crônicas: guia para profissionais de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: Link. Acesso em: 4 jul. 2024

22 de Julho – Dia Mundial do Cérebro: Saiba Como o Manter Saudável

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Realizado pela primeira vez em 2014, o Dia Mundial do Cérebro foi uma iniciativa criada para abordar e defender temas relacionados com a saúde desse órgão. A data foi escolhida em alusão ao aniversário de fundação da Federação Mundial de Neurologia, que foi organizada oficialmente em 22 de julho de 1957. O tema da campanha deste ano é “Saúde e prevenção do cérebro”.

O cérebro é o órgão mais importante do sistema nervoso que controla tudo o que o nosso organismo faz, desde raciocinar e regular pensamentos e emoções até controlar a respiração e as capacidades motoras. É por isso que mantê-lo saudável deve ser uma prioridade.

Embora as mudanças no cérebro (e no resto do corpo) sejam inevitáveis e totalmente normais à medida que se envelhece, adotar hábitos saudáveis para a saúde cerebral é fundamental para manter uma mente ágil e prevenir o declínio cognitivo. Os benefícios incluem uma melhor memória, maior capacidade de concentração, redução do risco de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e um melhor estado de ânimo.

Garantir a saúde e o bom funcionamento do cérebro, essencial para uma vida plena, passa pela adoção de hábitos como:

Manter uma dieta equilibrada – uma dieta equilibrada é crucial para a saúde cerebral, pois fornece os nutrientes necessários para o funcionamento ótimo do cérebro e a prevenção de doenças neurodegenerativas. A dieta mediterrânea, por exemplo, composta sobretudo por vegetais, oleaginosas e peixes, auxilia a reduzir a probabilidade de desenvolvimento de problemas cognitivos.

Fazer exercício regularmente – os estudos revelam que a prática de exercícios físicos ajuda a aumentar o número de vasos sanguíneos que transportam sangue rico em oxigénio para a região cerebral responsável pela formulação de pensamentos.
Além disso, estimula o desenvolvimento de novas células nervosas e aumenta as conexões entre as células cerebrais (sinapses).

Ter boas noites de sono – o sono de qualidade é essencial para o funcionamento ótimo do cérebro, pois durante o sono ocorrem numerosos processos vitais para a saúde cerebral e o bem-estar geral. Procure ter uma rotina de sono regular, com cerca de 7 a 8 horas de sono por noite.

Estimular a mente – atividades cerebrais estimulam conexões entre as células nervosas, podendo até levar ao desenvolvimento de novas células, desenvolvendo “plasticidade” neurológica e construindo uma reserva funcional que protege contra a perda futura de células. Assim, adote práticas mentalmente estimulantes diariamente. Leia, aprenda, resolva charadas e quebra-cabeças, faça exercícios matemáticos. Desenvolver habilidades manuais, como pintura, desenho, bordado, etc, também ajuda a estimular o esforço mental.

Evitar o consumo de substâncias nocivas – o consumo de álcool e tabaco tem consequências significativas na saúde cerebral, tanto a curto como a longo prazo. Beber em excesso regularmente pode causar danos físicos ao cérebro, aumentando o risco de demência. Quanto ao tabagismo, segundo a OMS 14% dos casos de Alzheimer no mundo são potencialmente atribuídos ao tabaco.

Manter-se hidratado – a hidratação é crucial para a saúde cerebral, já que o cérebro é composto na sua maioria por água e depende de uma hidratação adequada para funcionar de maneira ótima, para prevenir sintomas como cansaço, falta de atenção e falha na memória.

Gerir o stress – gerir e reduzir o stress é essencial para manter um equilíbrio mental e emocional. O stress crónico pode afetar negativamente a saúde do cérebro, por isso, descubra maneiras saudáveis de lidar com ele, como praticar técnicas de relaxamento, meditaçãoioga ou outras atividades de que goste.

Manter relações sociais positivas – as interações sociais desempenham um papel crucial na saúde mental e no bem-estar cerebral. As relações sociais não só oferecem apoio emocional, mas também proporcionam estímulos cognitivos que são essenciais para a saúde do cérebro. Interaja com amigos, familiares e participe de atividades em grupo.

Dia do Homem: Saúde Masculina Vai Além de Exames de Próstata

UITLIDADE PÚBLICA:

O Dia do Homem é celebrado, no Brasil, nesta segunda-feira, 15 de julho, uma data instituída em parceria com a ONU, com foco na conscientização e promoção da saúde masculina.

Diferentemente do Dia Internacional do Homem, celebrado em novembro e abordando questões sociais e culturais, a data nacional se concentra na prevenção de doenças neste público.

A importância da saúde masculina vai muito além dos exames de próstata, abrangendo uma série de consultas médicas de rotina e específicas que são cruciais para a manutenção do bem-estar. Abaixo, detalhamos cada um deles.

Consultas médicas essenciais

1. Exame físico anual

Este exame básico inclui a medição da pressão arterial, verificação do índice de massa corporal (IMC), além de exames gerais de próstata e testículos. A avaliação geral ajuda a detectar problemas de saúde precocemente, como destaca André Berger, uro-oncologista e cirurgião robótico.

2. Exame de sangue

Análises de sangue são fundamentais para monitorar níveis de colesterol, glicose, função hepática e renal, entre outros indicadores de saúde.

3. Exame de próstata

A partir dos 50 anos, homens devem realizar exames regulares de próstata para detectar sinais de câncer ou outras doenças.

4. Exame de testículos

A autoverificação regular dos testículos pode identificar nódulos ou inchaços que podem indicar câncer testicular.

5. Exame de pele

Monitorar a pele regularmente para detectar sinais de câncer, como manchas escuras ou feridas que não cicatrizam, é vital.

6. Exame de visão

Avaliações periódicas de visão ajudam a detectar problemas como miopia, astigmatismo e glaucoma.

7. Exame dentário

Visitas regulares ao dentista são essenciais para a saúde bucal, prevenindo cáries e doenças gengivais.

8. Consulta com cardiologista

A verificação da saúde cardíaca é crucial, especialmente para detectar doenças cardiovasculares que têm alta incidência entre homens.

Importância da prevenção

Berger enfatiza que a prevenção é crucial para evitar problemas graves de saúde. “O diagnóstico precoce permite tratamentos menos agressivos e com altas chances de cura,” afirma. No caso de câncer de próstata, a taxa de sucesso no tratamento pode chegar a 90% se detectado em estágios iniciais.

Lucilio Medeiros, urologista e membro da Sociedade Brasileira de Urologia, ressalta que muitas doenças são diagnosticadas precocemente por meio de exames de rotina, antes mesmo do aparecimento dos sintomas. “Quando a doença já apresenta uma dor intensa, o tratamento pode ser mais complicado,” explica.

Principais doenças que afetam os homens

  • Doenças cardiovasculares: os homens têm maior incidência de doenças cardíacas, como problema arterial coronariano e hipertensão. Fatores de risco incluem tabagismo, dieta inadequada e falta de exercício.
  • Câncer: homens são suscetíveis a tipos específicos de câncer, como próstata, testículo, pulmão e colorretal. A detecção precoce é essencial para um tratamento eficaz.
  • Doenças Respiratórias: condições como DPOC e asma são comuns entre homens, especialmente fumantes.
  • Diabetes: a obesidade e a inatividade física são fatores de risco para diabetes tipo 2, mais prevalente em homens.
  • Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): a prevenção de ISTs, como clamídia, gonorreia e HIV, é essencial por meio do uso de preservativos.
  • Doenças mentais: o público masculino frequentemente subestima ou ignora problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.

É preciso quebrar estigmas

Ainda há um tabu significativo em torno da procura por ajuda médica entre homens. “A ideia de que procurar ajuda é um sinal de fraqueza persiste,” diz Berger.

Medeiros acrescenta ainda que muitos homens priorizam outras responsabilidades, negligenciando a própria saúde. No entanto, campanhas e incentivos têm aumentado a frequência de consultas médicas entre homens, melhorando a expectativa e a qualidade de vida.

Incentivo à saúde

O Dia do Homem no Brasil serve como um lembrete da importância de cuidar da saúde masculina de forma eficiente. Consultas regulares com urologistas, cardiologistas e outros especialistas são fundamentais para a detecção precoce de doenças e a promoção de uma vida saudável.

Segundo os especialistas, campanhas de conscientização são cruciais para educar e motivar os homens a buscar cuidados médicos preventivos, reforçando que a prevenção é sempre mais eficaz e menos onerosa do que o tratamento.

Fonte: Dia do Homem: saúde masculina vai além de exames de próstata | CNN Brasil

11 de Julho – Dia do Socorrista

UITLIDADE PÚBLICA:

A data de hoje, 11, é de suma importância para todos nós que ora estamos no trânsito, nas vias públicas ou até mesmo dentro de casa e, porventura, se precisarmos de uma ajuda inesperada por um acidente, queda, ou qualquer outro sintoma que impossibilite a remoção rápida, podemos contar com ação e a presteza do socorrista, profissional homenageado no dia de hoje.

Por definição, um socorrista é uma pessoa com treinamento especializado que está entre os primeiros a chegar e fornece assistência no cenário de uma emergência, como um acidente, um desastre natural ou um ataque terrorista.

Os socorristas normalmente incluem paramédicos, técnicos de emergência médica, técnicos de enfermagem, enfermeiros, SAMU, policiais, bombeiros, socorristas e outros membros treinados de organizações ligadas a esse tipo de trabalho.

Um primeiro socorrista certificado é aquele que recebeu a certificação para prestar atendimento pré-hospitalar em uma determinada função, já um socorrista da comunidade é uma pessoa enviada para atender emergências médicas até que uma ambulância chegue. O primeiro socorrista é treinado para fornecer atendimento pré-hospitalar em ambientes remotos e, portanto, terá habilidades em oferecer esse tipo de atendimento.

Os socorristas devem ser treinados para lidar com uma ampla gama de potenciais emergências médicas e, devido ao alto nível de estresse e incerteza associado à posição, os socorristas devem manter a saúde física e mental. Mesmo com essa preparação, os socorristas enfrentam riscos únicos de serem os primeiros a ajudar aqueles com contágio desconhecido.

História

As habilidades do que hoje é conhecida como primeiros socorros foram registradas ao longo da história, especialmente em relação à guerra, em que o atendimento de casos tanto traumáticos quanto médicos é necessário em números particularmente grandes.

 Estudos apontam que a bandagem de feridas de batalha é mostrada na cerâmica grega clássica por volta de 500 AC, enquanto a parábola bíblica do Bom Samaritano inclui referências a atar ou curar feridas.

Primeiros a chegar

Eles costumam ser os primeiros a chegar em um local que aconteceu um acidente, emergência de saúde ou situação provocada por violência. Os socorristas do Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) são os profissionais responsáveis por prestar os primeiros socorros e levar os pacientes até uma unidade de saúde em casos de urgência.

Os socorristas são profissionais com formação em técnico de enfermagem, enfermagem, medicina e/ou bombeiros. No caso dos motoristas das ambulâncias, é exigido ainda um curso de direção especializada para veículos de emergência.

Trabalho começa antes

Geralmente, o trabalho desses profissionais já começa antes mesmo de sair para atender uma ocorrência, dentro da ambulância, checando todos os itens necessários para os mais diversos tipos de atendimento.

Os socorristas também atuam na central de regulação, no 192, prestando serviço por telefone, acionando as ambulâncias e dando direcionamento ao pedido de socorro. Juntos com os médicos reguladores e rádio reguladores, eles acolhem o chamado, identificam se é uma situação de urgência e orientam o solicitante como proceder até que ambulância chegue para seguir com o atendimento.

Preparo

O preparo de um socorrista vai muito além dos conhecimentos teóricos e práticos do dia a dia da profissão. Para exercer essa função com excelência, é preciso também ter muito controle emocional para lidar com as situações mais adversas advindas de sua rotina profissional.

Com funciona o Serviço Móvel de Urgência

Após ligar o 192, o cidadão é atendido por um Técnico Auxiliar de Regulação Médico, conhecido como TARM, que direciona o caso para um médico regulador, que, após verificar a urgência do procedimento, acionará um rádio operador, o qual ativará a ambulância mais próxima ou adequada e dependendo da gravidade da situação, definindo se irá utilizada uma USA ou uma USB. Quando há o código vermelho, no qual o risco de morte é iminente, o objetivo é atingir cerca de 1 minuto e 30 segundos – do atendimento do Rádio Operador até a ambulância.

10 de julho – Dia da Saúde Ocular

UITLIDADE PÚBLICA:

Para ter uma visão saudável é importante cultivar alguns hábitos para que os olhos – órgãos tão sensíveis e que estão sempre expostos ao contato natural, físico ou cosmético, se mantenham com saúde.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de distúrbio da visão. Deste número, 60% dos casos são de cegueira e deficiência visual. Porém, se fossem tratados com antecedência, poderiam ter sido evitados.

O Dia da Saúde Ocular tem a intenção de alertar a população e os profissionais de saúde para a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda da visão.

Saúde dos olhos: tudo o que você precisa saber

Quando se fala em saúde, muitos brasileiros pensam logo em medidas de atenção e cuidado com várias partes do corpo, como o coração, o fígado e a boca — o que não está errado. Afinal, todos esses aspectos são importantes para o bem-estar de qualquer pessoa. Mas e quando se trata da saúde dos olhos? Qual é a importância que você dá ao tema?

Qual a importância de cuidar da saúde dos olhos?

O motivo é simples: reduzir ao máximo o aparecimento de problemas oculares — isto é, que afetam a região dos olhos. Por exemplo, conjuntivite, terçol, blefarite, síndrome do olho seco e por aí vai. Afinal, elas geram bastante desconforto, irritação e, inclusive, comprometimento parcial ou total da sua capacidade de enxergar.

Como resultado, isso dificulta o cumprimento de tarefas que exigem esforço visual (como leitura e escrita), a realização de atividades físicas, a condução de veículos, a sua permanência em ambientes muito claros e com ar-condicionado etc. Ou seja, prejudica consideravelmente a sua rotina.

Além desses problemas, quem já tem disfunções oculares prévias (como retinopatia, astigmatismo e miopia) pode acabar mais afetado com o surgimento desses novos quadros clínicos. Basta lembrar que essas condições já demandam outros cuidados necessários.

Por que o inverno traz mais problemas relacionados à saúde dos olhos?

O inverno funciona como um verdadeiro período de teste para a saúde de milhares de pessoas. Afinal, as baixas temperaturas, a incidência de chuvas e a queda da umidade — devido à baixa circulação dos ventos — levam muitas pessoas a adoecerem.

Isso acontece porque todas essas mudanças climáticas ampliam a presença de micro-organismos em ambientes fechados — onde as pessoas acabam passando a maior parte do tempo — e aumentam a sua desidratação, o que afeta também a lubrificação ocular. Ou seja, a saúde dos olhos precisa de uma atenção dobrada nessa época do ano.

Quais doenças podem atingir a saúde dos olhos durante o inverno?

Há alguns problemas recorrentes na população durante o inverno. O primeiro deles é a síndrome do olho seco. Ela acontece, justamente, quando a lubrificação dos olhos está desregulada — o que fica muito mais evidente em períodos de tempo seco. Como resultado, você sente a região ressecada, hipersensível e com desconforto na visão.

Já a alergia ocular acontece por reação do corpo às substâncias que entram em contato com os olhos. Os sintomas mais comuns são excesso de lacrimação, irritação e coceira.

Por fim, temos a conjuntivite, conhecida pela vermelhidão, inchaço e produção de secreção nos olhos. Os principais agentes causadores são os vírus e bactérias. No entanto, ela também pode ser fruto de reações a substâncias externas.

Como minimizar estes problemas?

Quando estiver com algum problema ocular, é importante pôr em prática algumas medidas que ajudam a minimizar e a evitar o aparecimento de novos sintomas.

A primeira delas é não coçar os olhos, ainda mais com grande intensidade, se eles já estão irritados. Isso só agrava o problema e ainda pode gerar lesões sérias em sua estrutura.

Também é importante que você não coloque produtos ou mesmo colírios de terceiros nos seus olhos, sem prescrição médica. Mesmo que não ocorra superdosagem, isso pode trazer complicações — como agravar a ardência, causar inchaços, gerar mais coceira, provocar vermelhidão e muito mais.

Por fim, o repouso é fundamental. Além de contribuir com a recuperação do seu organismo, você se ausenta de atividades (como aquelas em frente ao computador) que só sobrecarregam a sua visão, em um momento em que seus olhos já estão mais fragilizados.

Quais cuidados preventivos devem ser tomados?

Algumas dicas de prevenção podem ser adotadas para prevenir o surgimento indesejado de problemas oculares. O bom é que esse cuidados não são úteis apenas no inverno, mas durante todo o ano. Por isso, fique atento a eles!

Atente-se à roupa de cama

Troque a roupa de cama por peças limpas, pelo menos, duas vezes na semana. Isso é importante para evitar que os lençóis, as fronhas e demais itens se tornem foco de micro-organismos que podem causar reações alérgicas ou infecções nos seus olhos.

Não compartilhe ou use objetos pessoais de terceiros

Objetos pessoais — como óculos, lentes coloridas e, até mesmo, produtos de maquiagem para a região dos olhos — devem ser utilizados apenas pelos donos. O motivo é simples: evitar que ocorram possíveis contaminações por conta de bactérias, fungos, vírus etc.

Isso é ainda mais necessário quando é sabido que a outra pessoa está com algum quadro infeccioso — como é o caso da conjuntivite, que é transmissível.

Não leve as mãos sujas aos olhos

Não toque na região dos olhos se estiver com as mãos sujas. O recomendado é sempre higienizá-las antes com sabão neutro. A razão disso é reduzir os riscos de você levar não apenas germes, mas também uma série de impurezas para essa área tão sensível.

Mantenha a umidade do ambiente

Manter o ar do ambiente úmido ajuda no bem-estar dos olhos, já que evita que eles fiquem com a sensação desagradável de ressecamento e ardência. Por isso, vale a pena investir em umidificadores na sua casa e no trabalho. Afinal, há modelos que são portáteis e podem ser levados de um canto para o outro.

Quando procurar um médico para tratar da saúde dos olhos?

Mesmo que não haja sintomas indicando algum problema com os seus olhos ou a sua visão, é importante ir ao oftalmologista — médico responsável por avaliar e tratar doenças, reações alérgicas, disfunções e lesões oculares.

As consultas podem ocorrer, por exemplo, anualmente. Essa é uma forma simples, mas eficiente, de assegurar que está tudo bem com a saúde dos seus olhos, além de servir para identificar precocemente futuros problemas (como tumores e enfermidades crônicas).

No entanto, se você percebeu que algo está errado e acontecendo de forma recorrente, como coceira, irritação, ardor e lacrimação excessiva, marque de imediato uma consulta. Evite deixar que a situação siga evoluindo sem qualquer acompanhamento ou tratamento. Dessa forma, o profissional vai analisar a situação e encontrar suas causas.

Com isso, o médico vai recomendar cuidados a serem adotados para a proteção dos seus olhos, podendo prescrever colírios para uso pontual ou de forma controlada e solicitar exames oftalmológicos — necessários, por exemplo, para analisar o estado da retina, da córnea, do nervo óptico etc.

Como mostrado, a saúde dos olhos requer não só cuidados de controle e tratamento de problemas oculares quando eles aparecem, mas também de prevenção de futuras condições que afetam negativamente o seu bem-estar. Por isso, inclua a visita ao oftalmologista na sua rotina de consultas e exames de check-up.

Fontes: Vida Saudável/Hospital Albert Einstein

                  Biblioteca Virtual em Saúde/Ministério da Saúde

08/07 – Dia Mundial Da Alergia

UITLIDADE PÚBLICA:

Uma alergia decorre de uma reação anormal do sistema imunológico a uma substância que designamos de alergénio. As substâncias a que chamamos de alergénios não causam nenhuma reação em pessoas não alérgicas, mas causarão reações que podem ser leves ou graves a quem é alérgico a elas.

O que causa as alergias?

Há pessoas cujo sistema imunológico identifica como estranhas determinadas sustâncias – os alergénios. Assim, o sistema imunológico (que é o mesmo que defende o nosso organismo atacando os vírus e as bactérias que nos infetam e poem doentes), quando contacta com alergénios, identifica-os erradamente como elementos estranhos e ativa determinadas proteínas no nosso organismo que ficam em alerta e que assim se manifestam de diferentes formas. Algumas pessoas têm uma condição que se designa por atopia que faz com que tenham muita facilidade em fazer reações alérgicas diferentes. Há reações alérgicas leves e há reações alérgicas graves que pode pôr em risco a vida da pessoa como asma alérgica grave e anafilaxia.

As alergias são comuns?

As alergias são cada vez mais comuns nos países desenvolvidos como Portugal. Na Europa a alergia é uma das doenças crónicas mais comuns e estima-se que 1 em cada 5 europeus com doença alérgica tenham manifestações graves da doença. A asma afeta por exemplo cerca de 5-10% dos adultos na Europa.

Quem desenvolve alergia?

Qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia ao longo da vida. Cerca de metade dos doentes com alergia são crianças. A dermatite atópica que é uma manifestação de doença alérgica na pele atinge neste momento cerca de 20% das crianças.

Que tipo de reações alérgicas existem?

Existem diferentes tipos de reações alérgicas, que podem apresentar-se de diferentes formas:

  • Rinite alérgica – é muito frequente nesta altura do ano, porque existem polens no ar. Estes doentes apresentam espirros recorrentes e pingo no nariz como manifestação.
  • Conjuntivite alérgica – manifesta-se por comichão nos olhos que ficam vermelhos e com lacrimejo após exposição a um alergénio (pelos de animais por exemplo)
  • Urticaria – manifesta-se por manchas vermelhas na pele que dão muita comichão
  • Angioedema – manifesta-se por inchaço da pele e do tecido debaixo da pele que surge de forma repentina após contacto com um alergénio. Pode afetar os lábios, a língua, os olhos ou a garganta e pode pôr em risco a vida da pessoa.
  • Dificuldade a respirar – no caso de uma reação alérgica grave súbita como a anafilaxia ou no caso de asma grave de causa alérgica a pessoa apresenta dificuldade a respirar, pieira e sensação de opressão no peito.
  • Vómito- sobretudo quando o alimento ingerido é um alergénio, um dos mecanismos de defesa imediato do organismo é o vómito.
  • Colapso – no caso de uma anafilaxia libertam-se mediadores químicos no organismo que causam colapso cardiocirculatório e que podem levar à morte

Quais são alguns dos alergénios possíveis de causar estas reações?

Os pólens muito presentes no ar nesta altura do ano são causadores frequentes de alergia nomeadamente de rinite, conjuntivite e de asma alérgica. Há pessoas alérgicas aos ácaros do pó da casa que dão como manifestação frequente sintomas respiratórios onde se inclui a asma. Há alergia ao pelo de gatos e cães, ao veneno de insetos como as vespas e abelhas, a medicamentos como a penicilina e a alimentos diversos como as nozes, o kiwi, o pêssego, os mariscos, o ovo, entre outros. Há também alergias a químicos como o latex. Há uma lista muito vasta de alergénios possíveis, estes são só alguns.

Suspeito que tenho uma alergia, como devo proceder?

Se considera que teve uma reação alérgica deve procurar o seu médico assistente e até lá deve evitar a exposição a esse alergénio. A avaliação do médico é importante para perceber se é um alergénio possível ou não, se precisa de fazer testes adicionais para o esclarecer e se há tratamento para a sua alergia (medicamentos ou dessensibilização por exemplo).

Raquel Calisto – Núcleo de Estudos de Doenças Respiratórias da SPMI

Fonte: Dia Mundial da Alergia – SPMI

Estudo da Fiocruz Aponta Crescimento Alarmante da Obesidade no Brasil nos Próximos 20 Anos

UITLIDADE PÚBLICA:

Uma nova pesquisa apresentada no Congresso Internacional sobre Obesidade deste ano (ICO2024, 26-29 de junho), em São Paulo, mostra que, mantidas as tendências atuais, as taxas de obesidade aumentarão em meninos e meninas de todas as idades nos próximos 20 anos, com previsão de alcançar 24% entre aquelas de 5 a 9 anos, 15% entre as de 10 a 14 anos e 12% entre os adolescentes de 15 a 19 anos, até 2044. O estudo foi conduzido pelos pesquisadores Ana Carolina Rocha de Oliveira, do Instituto Desiderata, do Rio de Janeiro, Eduardo Nilson, do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília, e colegas.

A obesidade infantojuvenil é uma das questões de saúde pública mais importantes da era moderna. Pesquisas indicam que, se comparadas a crianças com peso normal, crianças com excesso de peso são mais propensas a desenvolver problemas de saúde quando jovens, como diabetes tipo 2, asma, hipertensão e distúrbios metabólicos. Contudo, a carga epidemiológica da obesidade em crianças e adolescentes no Brasil em anos futuros ainda não havia sido projetada. Assim, o objetivo do estudo foi fornecer as tendências esperadas no aumento da obesidade infantojuvenil no Brasil no período de 2024 a 2044.

Os autores fizeram um estudo de modelagem, que estimou as tendências nacionais da obesidade infantojuvenil de 2024 a 2044 com base nas tendências dos grupos de estudo brasileiros. A projeção de como o Índice de Massa Corporal (IMC) mudará ao longo do tempo para crianças, adolescentes e adultos assumiu que o aumento médio do IMC para cada faixa etária continuaria nos próximos 20 anos.

Nos próximos 20 anos (até 2044), os autores preveem que, se nada for feito, a prevalência de obesidade infantojuvenil aumentará em todas as faixas etárias para ambos os sexos, seguindo os padrões observados em grupos de estudo brasileiros de 1985 a 2019. Estima-se que a prevalência de obesidade em meninos de 5 a 9 anos aumente de 22,1% para 28,6% entre 2023 e 2044, enquanto nas meninas dessa faixa etária a projeção é que aumente de 13,6% para 18,5%.

No mesmo período de 20 anos, a porcentagem de meninos de 10 a 14 anos vivendo com obesidade aumentará de 7,9% para 17,6%, enquanto a porcentagem de meninas com obesidade na mesma faixa etária aumentará de 7,9% para 11,6%. Finalmente, a prevalência de obesidade entre os meninos na faixa etária de 15 a 19 anos aumentará de 8,6% para 12,4% nos próximos 20 anos, enquanto a prevalência entre as meninas dessa idade aumentará de 7,6% para 11,0%.

“Os resultados do estudo apoiam a necessidade urgente de políticas públicas para prevenir e tratar o sobrepeso e a obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e demonstram prováveis impactos epidemiológicos da obesidade infantojuvenil no Brasil, se não forem tomadas medidas apropriadas. Além de abordagens no âmbito do SUS, para resolver efetivamente essa questão, é essencial implementar políticas fiscais e regulatórias que promovam ambientes alimentares mais saudáveis, especialmente para crianças e adolescentes”, afirmam os autores da pesquisa.

 

Fonte: Pesquisa indica que obesidade aumentará em meninos e meninas de todas as idades (fiocruz.br)

Julho Amarelo: Mês de luta Contra as Hepatites Virais

UITLIDADE PÚBLICA:

O Ministério da Saúde estima que, no período de 2000 a 2023, foram notificados mais de 785 mil casos de hepatites virais no Brasil. Por se tratar de uma doença silenciosa, às vezes assintomática por muitos anos, as hepatites levam a quadros graves de difícil tratamento como a cirrose hepática e o câncer de fígado.

Carmelita Alves não sabia que seu filho Cícero Carvalho, na época com 3 anos, tinha hepatite. Ela procurou o Hospital Regional de Taguatinga, em Brasília, com o filho apresentando dores no corpo, náuseas e vômitos. Ao passar pela triagem e atendimento, Cícero foi diagnosticado com a doença. “Como era vômito e o corpo estava meio mole, não imaginei que poderia ser algo mais grave. O médico pediu os exames, incluindo o de sangue e aí deu hepatite”, lembra Carmelita.

Logo após receber o diagnóstico, os médicos internaram a criança na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e iniciaram o tratamento. “O sangue do Cícero ficou ralo. Ele precisou até receber doação de sangue. Agradeço a Deus e aos médicos pelo restabelecimento da saúde do meu filho”, recorda a mãe.

Diagnosticar as hepatites B e C precocemente é a melhor forma de obter eficácia com o tratamento. Após um mês internado, Cícero recebeu alta e foi curado da doença. Hoje, aos 33 anos, ele é casado, tem um filho de onze anos e está à espera de outro herdeiro. Sua esposa, Silvana Mourão, já tomou a vacina contra hepatite pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está prevenida contra a doença. “Faço o pré-natal todo mês, incluindo exames e vacinas. Acredito que esse cuidado é fundamental tanto para mim como para meu filho”, afirma a moça.

Assim como Carmelita e família, os tratamentos oferecidos pelo SUS têm mudado a vida de portadores de hepatites virais. “Quando o indivíduo descobre a doença com a eclosão dos sintomas, pode ser tarde. Por isso a importância da identificação precoce do vírus no organismo, em tempo de promover um tratamento bem-sucedido e prevenir futuros danos”, alerta Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. “Sem falar na vacinação, ter a caderneta vacinal em dia é essencial para se prevenir da doença e sua transmissão”, completa.

Sobre a hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. No Brasil, as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na Região Norte do país) e da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

Diagnóstico e tratamento

O SUS disponibiliza meios para diagnosticar as hepatites virais, sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), geralmente por 8 ou 12 semanas, apresentando taxas de cura de mais de 95%.

A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e complicações.

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar por meio do cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Atualmente, existem testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

Prevenção

Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A, o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer, além do uso de água tratada, saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. Desde 2014, crianças de 15 meses até menores de 5 anos recebem a vacina pelo calendário nacional de imunização. Essa medida reduziu drasticamente a incidência de hepatite A.

A vacina também está disponível para algumas populações especiais em adultos, como pessoas vivendo com HIV (PVHA), pessoas portadoras de doenças hepáticas crônicas e outras situações de imunossupressão.

Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado. Portanto, recomenda-se a utilização de preservativos nas relações sexuais, sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal.  A hepatite B também pode ser prevenida por meio da imunização, e apenas a do tipo C não possui vacina.

Transmissão

hepatite A é transmitida de pessoa para pessoa pelo contato íntimo, ou através de alimentos ou água contaminados por fezes contendo o vírus. Portanto, cuidados com a higiene são fundamentais para evitar a contaminação.  Já o contágio das hepatites virais B, C e D ocorre por contato com sangue e hemoderivados, podendo também ser passadas por contato sexual e da mãe infectada para o recém-nascido.

A transmissão pode ocorrer ainda pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear, escovas de dentes e alicates.

A hepatite C tem maior taxa de detecção em indivíduos acima dos 40 anos de idade, ou que apresentem fatores de risco acrescidos, como: ter sido submetido a procedimento de hemodiálise; ter diabetes ou hipertensão; ter realizado procedimentos invasivos (estéticos ou cirúrgicos, tatuagens ou piercings) sem os devidos cuidados de biossegurança; ter realizado transfusões sanguíneas antes de 1993; compartilhar objetos para o uso de drogas, dentre outros.

 

Julho Amarelo

Com a chegada do Julho Amarelo – lembrado como o mês de luta contra as hepatites virais -, o Ministério da Saúde promoverá ações de visibilidade e enfrentamento à doença no período. Elas terão início nos dias 8 e 9 de julho, com o “II Seminário Diálogos para a eliminação das hepatites B e C: o caminho para eliminação e ações nos territórios”.

O objetivo do evento é promover o debate entre o ministério e as coordenações estaduais e municipais sobre os programas de hepatites virais e as ações nacionais para a eliminação das hepatites B e C como problemas de saúde pública até 2030.