FEVEREIRO ROXO – MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE LÚPUS, ALZHEIMER E FIBROMIALGIA

A campanha do Fevereiro Roxo é focada na conscientização sobre três doenças: o Alzheimer, o lúpus e a fibromialgia. Atualmente, ainda não se tem uma cura para essas enfermidades.

• Lúpus
O Lúpus é caracterizado como um distúrbio crônico que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para manter o organismo em pleno funcionamento. Os anticorpos em excesso passam a atacar o organismo, causando inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações. Segundo o Ministério da Saúde, o Lúpus Sistêmico (Les) é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando aproximadamente 70% dos pacientes com Lúpus. Ele afeta principalmente mulheres, sendo 9 em 10 pacientes com o risco mais elevado durante a idade fértil.


• Fibromialgia
Já a Fibromialgia ataca especificamente as articulações, causando dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões. A síndrome também provoca cansaço excessivo, alterações no sono, ansiedade e depressão. A doença pode aparecer depois de eventos graves como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção. O motivo pelo qual pessoas desenvolvem a doença ainda é desconhecido. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.

• Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. Com o passar do tempo, ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa, causando consequências como a perda de memória. O Alzheimer é a causa mais comum de demência – um grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
Procure orientação em uma Unidade de Saúde.

FEVEREIRO LARANJA – MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE LEUCEMIAS

O mês de fevereiro é dedicado à conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. A doença está em 9º lugar entre os tipos de câncer mais comuns em homens e em 11º, entre as mulheres.

Especialistas alertam para sintomas como anemia, cansaço e fadiga, queda de imunidade, baixa na contagem das plaquetas, infecção, febre, hematomas e sangramentos espontâneos.

Quando é necessário um transplante de medula óssea, primeiramente a compatibilidade das medulas é verificada entre os familiares dos pacientes. Caso a resposta seja negativa, a necessidade é registrada em um banco de medulas, e os voluntários são examinados para outra investigação da compatibilidade.

Uma vez encontrada a medula, é realizado o procedimento de coleta do material. Para que isso seja possível, é necessário o maior número de doações possível, uma vez que a chance de encontrar doadores compatíveis é baixa: de 1 em 100 entre familiares e de 1 em 100 mil entre pessoas sem parentesco.

 

 

Porque se cadastrar como doador de medula pode ajudar pacientes com leucemia

Quando o assunto envolve saúde, ainda restam muitos mitos. Por isso, especialistas da Rede Ebserh respondem várias perguntas que podem te ajudar a entender como o seu cadastro como doador de medula óssea pode transformar a vida de outra pessoa.

 

Qual a relação da leucemia com o transplante de medula óssea?

Alice Lucena Nunes Leal, hematologista do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) responde:

O transplante de medula óssea é uma opção de tratamento para muitos tipos de leucemia. Em alguns casos o transplante faz um papel de consolidação daquele tratamento quimioterápico que já foi feito e teve um bom resultado e em outros ele é uma opção para alcançar a resposta desejada.

Como funciona o transplante?

Luiz Claudio de Carvalho Duarte, hematologista chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) responde:

Os pacientes com leucemias agudas são submetidos ao chamado transplante alogênico de medula óssea, em que o doador da medula é um familiar ou outra pessoa que se cadastrou para doação no registro de doadores de medula óssea do Instituto Nacional do Câncer (REDOME/INCA). As taxas de sucesso de um transplante dependem de alguns fatores relacionados ao paciente como idade, doenças que ele já possui e das complicações que ele pode apresentar durante e após o procedimento.

O que é necessário para se tornar um doador de medula óssea?

Luiz Claudio de Carvalho Duarte, chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do HC-UFU responde:

É simples. Basta ter boa saúde, possuir entre 18 e 35 anos e procurar o Hemocentro mais próximo. Não precisa realizar nenhum exame prévio à doação, pois após você ser compatível com alguém que precise, será convocado para realização.

Doar medula doí? 

Luiz Claudio de Carvalho Duarte, chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do HC-UFU responde:

Para a doação de medula óssea, o doador recebe um medicamento, que estimula as células-mãe se multiplicarem e saírem da medula óssea para o sangue periférico onde são coletadas. É realizado uma punção na veia e o seu sangue fica circulando em uma máquina semelhante a máquina de hemodiálise, onde são filtradas as células para doação. O procedimento não dói, mas você poderá ficar cerca de 3 horas no Hemocentro para realizar este procedimento. Existe também a coleta direta na medula óssea que é um procedimento menos utilizado atualmente.

Como se cadastrar?

Alice Leal, hematologista do HE-UFPel responde:

Para cadastrar-se como doador é só comparecer em um hemocentro e informar a decisão. Comumente quando o paciente vai doar sangue já pode realizar o cadastro como doador de sangue e de medula óssea. Para o cadastro como doador não é necessário nada além do que já é feito para doação de sangue.

Posso me arrepender?

Alice Leal, hematologista do HE-UFPel responde:

A medula, que será doada, muitas vezes é a única possibilidade de cura do paciente que a receberá e é importante dizer que o paciente cadastrado como doador não é obrigado a doar a sua medula. O cadastro é o início de uma conversa sobre a doação, pode-se assim dizer. Caso, em algum momento, seja encontrada uma compatibilidade são realizados exames atualizados, e um novo questionamento sobre consentimento para a doação e a viabilidade naquele momento.

Identificar a leucemia na fase inicial faz a diferença?

Alice Leal, hematologista do HE-UFPel responde:

Sim, nas leucemias agudas o início imediato do tratamento muda prognóstico.

Luiz Claudio de Carvalho Duarte, chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do HC-UFU responde:

Infelizmente não temos como fazer a prevenção da leucemia, mas o diagnóstico precoce e início rápido do tratamento são fundamentais para melhorar as chances de cura do paciente.

Quais sintomas preciso ficar atento (a)?

Alice Leal, hematologista do HE-UFPel responde:

Existem diferentes tipos de leucemias, com apresentação clínica, tratamento e prognóstico muito diversos. Mas, de forma geral, cansaço e prostração, muitas vezes relacionado à anemia, sangramentos, petéquias e hematomas, dor abdominal e febre são sintomas recorrentes em pacientes no momento do diagnóstico. Diante desses sintomas é importante consultar um médico e realizar exames laboratoriais, principalmente o hemograma.

Luiz Claudio de Carvalho Duarte, chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do HC-UFU responde:

Os principais sintomas associados às leucemias agudas são aqueles relacionados a anemia com cansaço e palidez. Pode ocorrer também presença de manchas roxas pelo corpo ou outro tipo de sangramento, como em cavidade oral ou nariz além da presença de febre.

Como funciona o tratamento?

Alice Leal, hematologista do HE-UFPel responde:

Tratamento e prognóstico mudam muito de acordo com o tipo da leucemia. Leucemias agudas, por exemplo, necessitam início de tratamento imediato, em ambiente hospitalar. Já algumas leucemias crônicas são tratadas com drogas via oral, que podem ser utilizadas pelo paciente em regime ambulatorial, enquanto outras leucemias crônicas com pacientes assintomáticos não necessitam inicialmente de tratamento, apenas acompanhamento médico.

Luiz Claudio de Carvalho Duarte, chefe da unidade de Hematologia e Hemoterapia do HC-UFU responde:

Após o diagnóstico de leucemia aguda o paciente é internado e realiza uma série de exames para identificação de marcadores genéticos relacionados ao prognóstico e escolha do melhor tratamento. É iniciado um tratamento quimioterápico, e, após o paciente ficar sem a doença é indicado ou não o transplante de medula óssea de acordo com fatores relacionados a doença e ao paciente.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 

 

Fontes: Fevereiro Laranja é dedicado à conscientização sobre a leucemia — Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (tre-pr.jus.br)

Porque se cadastrar como doador de medula pode ajudar pacientes com leucemia — Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (www.gov.br)