Campanha Outubro Rosa 2024

Mulher: seu corpo, sua vida. Esse é o tema da campanha do Ministério da Saúde em 2024 para conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, em alusão ao mês Outubro Rosa. Simbolizada por um auto abraço, reafirmando o protagonismo feminino e valorizando o autocuidado, a campanha foi lançada nesta terça-feira (1º) e será veiculada na TV, rádio, internet e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do país.

“Essa mobilização coloca nós, mulheres, em primeiro plano, respeitando as nossas individualidades e valorizando o ato de observar o próprio corpo. O mês Outubro Rosa vai além da cor rosa, agregando como cores a diversidade dos tons de pele das mulheres brasileiras”, defende a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçando que a campanha deste ano busca estimular a conexão das mulheres com a saúde, de forma que a prevenção e o diagnóstico precoce sejam algo contínuo em suas vidas e não apenas no mês de outubro.

Segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente em mulheres, após o câncer de pele. Para o Brasil, foram estimados 73,6 mil novos casos em 2024, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta idade a incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. O Ministério da Saúde afirma que cerca de 17% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis.

O câncer do colo do útero, por sua vez, é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de mama, e a principal causa de morte por câncer entre mulheres em muitos países. No Brasil, é o terceiro tumor mais incidente na população feminina com 17 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025, correspondendo a uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

Para a ministra Nísia Trindade, é preciso que a mulher conheça seu corpo para conseguir identificar quando algo não está certo e buscar atendimento. “É fundamental mantermos o nosso acompanhamento de saúde em dia. Essa é a melhor maneira de prevenir o câncer e outras enfermidade”, afirma.

Conheça a campanha Mulher: seu corpo, sua vida

Prevenção, diagnóstico e tratamento

Cuidados como a prática de atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor. Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. Prevenção, diagnóstico e tratamento estão disponíveis na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. O uso de preservativos durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

A vacinação contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS. Além disso, o exame preventivo contra o HPV – Papanicolau – é um exame ginecológico comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero.

Saiba mais: 

 
Sinais e sintomas
Diagnóstico
Tratamento
CÂNCER DE MAMA
  • Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo) como retrações;
  • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
  • Autoexame;
  • Exame clínico das mamas;
  • Exames de imagem como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética;
  • Biópsia, técnica que consiste na retirada de fragmentos do nódulo ou da lesão suspeita.
  • Cirurgia;
  • Radioterapia;
  • Quimioterapia;
  • Hormonioterapia;
  • Terapia biológica.

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

  • Pode não apresentar sintomas em fase inicial;
  •  Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual;
  • Secreção vaginal anormal;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor abdominal;
  • Queixas urinárias ou intestinais.
  • Exame pélvico e história clínica;
  •  Exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto por meio de avaliação com espéculo;
  • Toque vaginal e toque retal;
  • Exame preventivo (Papanicolau);
  • Colposcopia;
  • Biópsia.
  • Eletrocirurgia;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia.

“O câncer de mama e o câncer de colo de útero são dois dos mais comuns entre mulheres no Brasil. Mas existe cura e prevenção. O diagnóstico e o tratamento para todos os tipos de câncer estão disponíveis no SUS, assim como a vacina HPV, para prevenção do câncer de colo de útero, e a mamografia, para a prevenção do câncer de mama”. – Nísia Trindade, ministra da Saúde

Fonte: Outubro Rosa: Ministério da Saúde lança campanha e reforça autocuidado — Ministério da Saúde (www.gov.br)

CFOE – Feedback com Equipes (Alto D’Ouro)

Na tarde do dia 03 de outubro de 2024, Mariana Quindeler gerente da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), realizou reunião com a equipe de saúde Alto D’Ouro para alinhamento dos fluxos de serviços, alinhamento do processo de trabalho e o principal, ouvir os colaboradores sobre suas dificuldades e sugestões.

O objetivo é com a escuta, entender melhor a necessidade de cada integrante das equipes, compartilhar as ideias e melhorar com a colaboração de todos os processos de trabalho.

 

CFOE – Feedback com Equipes (Maravilha e Alto D’Ouro)

Na manhã do dia 03 de outubro de 2024, Mariana Quindeler gerente da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), realizou mais uma reunião, agora com as equipes de saúde Maravilha e Alto D’Ouro para alinhamento dos fluxos de serviços, alinhamento do processo de trabalho e o principal, ouvir os colaboradores sobre suas dificuldades e sugestões.

O objetivo é com a escuta, entender melhor a necessidade de cada integrante das equipes, compartilhar as ideias e melhorar com a colaboração de todos os processos de trabalho.

03/10 – Dia Mundial do Dentista

“Manter os dentes saudáveis é essencial para ter saúde e qualidade de vida, uma vez que, com dentes bem cuidados, é possível realizar um processo de mastigação sem dor e eficiente, além, é claro, de melhorar a autoestima. O dentista é o profissional apto a cuidar da saúde e da estética bucal. Graças a esse importante papel, esse profissional é homenageado a cada 03 de outubro, data considerada como o Dia Mundial do Dentista.

A primeira escola de Odontologia do mundo (Baltimore College of Dental Surgery) foi criada em 1840, nos Estados Unidos. No Brasil, o ensino odontológico iniciou-se ligado às faculdades de Medicina no Rio de Janeiro e na Bahia no ano de 1884.

Baltimore College of Dental Surgery

O exercício da Odontologia no território brasileiro foi regulamentado em agosto de 1966 pela Lei nº 5081. Segundo essa lei, só é permitido exercer a profissão aqueles que forem “habilitados por escola ou faculdade oficial ou reconhecida, após o registro do diploma na Diretoria do Ensino Superior, no Serviço Nacional de Fiscalização da Odontologia, na repartição sanitária estadual competente e inscrição no Conselho Regional de Odontologia sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.”

O dentista cuida, além da saúde bucal, da estética dos dentes. É esse o profissional responsável por extrair, restaurar, limpar e clarear dentes, instalar próteses, realizar cirurgias, combater doenças na gengiva, bochechas e na língua e fazer a orientação da higiene bucal.”

“Apesar do que muitos pensam, a visita ao dentista é fundamental até mesmo quando não há dores nos dentes, haja vista que esse profissional analisa de maneira detalhada a integridade de cada dente e observa se a higiene está ocorrendo de maneira adequada. Com essa análise minuciosa, é possível prevenir e evitar o agravamento de problemas dentais sérios.

A recomendação da frequência em que se deve visitar o dentista ainda é muito controversa. No século 17, surgiu a recomendação de que a visita ao dentista deveria ser feita pelo menos duas vezes ou ano. Entretanto, não existe embasamento científico para essa afirmação. Atualmente existem recomendações de algumas instituições que adultos que cuidam de sua higiene bucal e não possuem problemas dentários frequentes podem frequentar o dentista a cada dois anos. Entretanto, pessoas que possuem problemas dentais frequentes devem procurar o dentista com mais frequência.

Por não haver consenso nas recomendações, o ideal é que o número de visitas ao dentista seja estabelecido entre o paciente e o profissional. Apenas esse profissional está apto a identificar os problemas dentais, compreender sua evolução e criar maneiras de deter o avanço de doenças.

Veja algumas dicas que ajudam a melhorar a saúde dos dentes:

– Visite seu dentista regularmente e converse sobre o número de visitas anuais;

– Escove os dentes adequadamente e utilize uma escova que permita a escovação dos dentes localizados no fundo da boca;

– Use fio dental;

– Faça uma alimentação saudável e sempre escove os dentes após as refeições.”

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-do-dentista.htm

CFOE – Feedback com Equipes (Justino e Murundu)

Na manhã do dia 02 de outubro de 2024, Mariana Quindeler gerente da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), promoveu uma reunião com as equipes de saúde Justino e Murundu para alinhamento dos fluxos de serviços, alinhamento de trabalho e o principal, ouvir os colaboradores sobre suas dificuldades e sugestões.

O objetivo é com a escuta, entender melhor a necessidade de cada integrante das equipes, compartilhar as ideias e melhorar com a colaboração de todos os processos de trabalho.

Orientação Técnico Profissional para Estagiários do Bezerra de Araújo

Na tarde do dia 02 de outubro de 2024, recebemos no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel a enfermeira RT Lenir Marçal da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE), para uma reunião com alunos do curso de enfermagem da faculdade Bezerra de Araújo.

O objetivo da reunião é falar sobre o estágio e seus respectivos atos (protocolos e condutas dos técnicos e enfermeiros da estratégia da saúde da família). Com isso, capacitar novos profissionais para area da saúde.

01/10 – Dia Nacional e Internacional do Idoso

O Dia Nacional do Idoso, comemorado no dia 1 de outubro, foi criado em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal. A data foi criada para conscientizar a sociedade sobre a realidade dos idosos, abordando questões relacionadas à saúde, abandono familiar, aposentadoria, entre outros.  No dia 1 de outubro, também é comemorado o Dia Internacional da Terceira Idade, uma data que foi criada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em 14 de dezembro de 1990.

No Brasil, a Lei n° 10.741/2003 instituiu o Estatuto da Pessoa Idosa, que assegura direitos aos cidadãos com idade igual ou superior a 60 anos. Em 2006, a Lei n° 11.433 definiu o dia 1 de outubro, data de promulgação do Estatuto, como o Dia Nacional do Idoso, e também deliberou que os órgãos públicos encarregados da Política Nacional do Idoso deveriam celebrar eventos que valorizem a contribuição dos idosos no convívio social.

Na área da saúde, a Portaria MS n° 2.528/2006, alterada pela Portaria de Consolidação n° 2/2017, criou a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, cujo principal objetivo é garantir que os idosos tenham autonomia e independência por meio de ações coletivas e individuais de saúde, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo todos os brasileiros e brasileiras com idade igual ou superior a 60 anos.
Os idosos são uma parte importante da nossa sociedade, trazendo conhecimentos e valores. Todos devemos garantir que eles recebam o devido cuidado, atenção e respeito.

Envelhecer é uma dádiva que deve ser encarada não como uma perda de habilidades, mas como uma oportunidade para viver intensamente tudo o que foi deixado para depois ao longo da vida.

Feliz Dia do Idoso!

Link para acessar o Estatuto da Pessoa Idosa

Fonte: 1° de Outubro – Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade | Contec Brasil

Dia Mundial do Coração

Dia Mundial do Coração: casos de doenças cardíacas crescem entre jovens; entenda

Entre os fatores de risco estão fatores relacionados ao aumento estão estresse, má alimentação, sedentarismo e, até mesmo, poluição do ar, segundo especialista

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o Brasil teve um aumento de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto, entre 1990 e 2019. Na faixa etária de 50 a 69 anos, o número quase triplicou, com alta de aproximadamente 176%. Para alertar sobre os fatores de risco e formas de prevenção, é reconhecido neste domingo (29) o Dia Mundial do Coração.

De acordo com especialistas, entre os fatores relacionados ao aumento dos casos de doenças cardiovasculares em jovens estão estresse, má alimentação, sedentarismo e, até mesmo, poluição do ar. Segundo o cardiologista Rafael Domiciano, coordenador de cardiologia do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, da Rede D’Or, quase 10% das mortes por complicações cardiovasculares ocorrem em pessoas com menos de 35 anos.

“Não é raro vermos infartos e outras doenças do coração em jovens, e isso está diretamente ligado a fatores como hipertensão, diabetes, tabagismo, ansiedade, obesidade e histórico familiar”, explica o médico. Esses fatores, associados ao estilo de vida moderno agitado, têm criado uma “tempestade perfeita” para o aumento das doenças cardiovasculares entre jovens, segundo o especialista.

“As pessoas têm priorizado o trabalho e outras responsabilidades, deixando de lado a prevenção. Isso tem nos preocupado”, afirma Domiciano. Sedentarismo, alimentação inadequada e hábitos prejudiciais à saúde, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, também estão entre os responsáveis para a deterioração da saúde cardiovascular em pessoas mais jovens.

“Muitos jovens não se dão conta dos riscos porque não fazem acompanhamento médico regular. Quando combinamos esses fatores com o estresse e a ansiedade, o risco de um ataque cardíaco precoce aumenta significativamente”, alerta o médico.

Dados da SBC apontam ainda que, de janeiro até o início de setembro de 2024, mais de 271 mil pessoas morreram em decorrência de infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outras complicações cardíacas. Esse número é quase o dobro das mortes causadas por câncer, três vezes mais do que as provocadas por acidentes e violência, e seis vezes maior que as mortes por infecções, como a Aids.

Quais são os principais sintomas de doenças cardiovasculares?

Os sintomas de doenças cardiovasculares costumam se manifestar na ocorrência de ataques cardíacos, AVCs ou outras complicações cardíacas. São eles:

  • Dor no peito;
  • Dor ou desconforto nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas;
  • Dormência na face, braços ou pernas, especialmente de um lado do corpo;
  • Confusão mental;
  • Dificuldade para andar;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Desmaio ou inconsciência.

Como prevenir doenças cardiovasculares?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das mortes por doenças cardiovasculares poderiam ser evitadas com hábitos mais saudáveis, como o controle do colesterol, que se acumula nas artérias e pode causar entupimentos, aumentando o risco de ataques cardíacos e AVCs.

Por isso, a prevenção de doenças cardiovasculares inclui a prática de atividade física regular, manter uma alimentação saudável e equilibrada, com pouco consumo de gordura, frituras e açúcar, além de controlar estresse, ansiedade e outros fatores relacionados à saúde mental.

“Todos devem buscar um acompanhamento médico regular, mesmo os jovens e pessoas aparentemente saudáveis. O colesterol alto, por exemplo, não afeta apenas quem está acima do peso. Atividades físicas, uma alimentação equilibrada e o controle do estresse podem salvar vidas”, orienta Domiciano.

O especialista destaca ainda que é fundamental realizar exames preventivos, como a medição da pressão arterial e os testes de glicose.

“Prevenção é a chave para mudar esse cenário. Com um diagnóstico precoce e mudanças de hábitos, muitas dessas doenças podem ser evitadas”, finaliza.

Fonte: Dia Mundial do Coração: casos de doenças cardíacas crescem entre jovens; entenda | CNN Brasil

27/9 – Dia Nacional da Doença de Huntington

Com os objetivos de estimular a pesquisa e a difusão dos avanços técnico-científicos relativos à doença de Huntington; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol dos portadores da enfermidade; estimular ações de informação e de conscientização relacionadas à doença; e promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos seus portadores, foi publicada a Lei nº 14.607/2023, instituindo o Dia Nacional da Doença de Huntington, a ser celebrado no Brasil, anualmente, em 27 de setembro.

George Huntington, médico norte americano que fez a primeira descrição do que chamou “Coreia Hereditária”, em 1872, teve seu nome dado à doença, em sua homenagem.

Trata-se de uma doença genética causada por um defeito no cromossoma 4, hereditária, rara e neurodegenerativa, que afeta o sistema nervoso central causando alterações dos movimentos, do comportamento e da capacidade cognitiva.

Homens e mulheres de todas as raças e grupos étnicos têm a mesma probabilidade de herdar o gene alterado de um dos progenitores afetados, fazendo com que a patologia seja transmitida de  geração em geração.

De acordo com dados da Associação Brasil Huntington, a condição afeta uma em cada 10 mil pessoas na maioria dos países europeus. Não existem estatísticas oficiais no Brasil, mas estima-se que haja de 13 mil a 19 mil portadores do gene e de 65 mil a 95 mil pessoas em risco.

Seus sintomas são causados pela perda marcante de células em uma parte do cérebro denominada gânglios da base. Esse dano afeta as capacidades:

– Motoras;
– Cognitivas (pensamento, julgamento, memória);
– Psiquiátricas (humor, equilíbrio emocional, dentre outras).

Os primeiros sinais costumam aparecer, principalmente, na faixa dos 30 aos 50 anos de idade. A doença é fatal, mas os pacientes não morrem de Doença de Huntington (DH) propriamente dita, mas de complicações pela imobilidade causada por ela, tais como engasgos, infecções ou traumatismos cranianos. A morte geralmente ocorre cerca de 15 a 20 anos após o aparecimento da doença, mas há relatos de que tenham ocorrido em até 30-40 anos.

A doença caracteriza-se por uma combinação de alterações, sendo a mais evidente a coreia (derivada da palavra grega choreia, que significa dança), que se refere aos movimentos involuntários. Por isso, por muito tempo, foi chamada de Coreia de Huntington, mas hoje sabe-se que é apenas um dos seus sintomas.

Os sinais podem variar em extensão, gravidade, idade de manifestação e taxa de progressão de pessoa para pessoa, inclusive entre membros da mesma família.

Para alguns, os movimentos involuntários podem ser proeminentes mesmo nos estágios iniciais. Para outros, podem ser menos evidentes e os sintomas emocionais e comportamentais sejam mais óbvios.

O desenvolvimento da doença pode ser dividido basicamente em três estágios.

Estágio Inicial:

– Mudanças sutis na coordenação;
– Alguns movimentos involuntários;
– Dificuldade de pensar sobre problemas;
– Humor depressivo ou irritável.

Neste estágio, a medicação é frequentemente efetiva no tratamento da depressão e de outros sintomas emocionais. É um bom momento para começar a planejar o futuro. Planos financeiros devem ser feitos e documentos legais (como testamento, por exemplo) devem ser redigidos.

Estágio Intermediário:

Os movimentos involuntários (coreia) podem tornar-se mais pronunciados. Um jeito cambaleante às vezes pode, erroneamente, ser considerado embriaguez. (Pode ser útil carregar documentação que faça referência clara ao diagnóstico).

A fala e a deglutição começarão a ser afetadas. É importante consultar um fonoaudiólogo para receber instruções e estratégias que melhorem as habilidades de comunicação e deglutição.

Da mesma forma, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem desenvolver programas que ajudem a manter o mais alto nível possível de desempenho físico e, assim, melhorar a qualidade de vida.

As habilidades de pensamento e raciocínio lógico também vão diminuir gradualmente. Neste estágio pode se tornar cada vez mais difícil manter um emprego e desempenhar as responsabilidades de manutenção da casa.

Estratégias simples podem ser empregadas para ajudar a diminuir a frustração, a melhorar o funcionamento e a prolongar a independência. Pode-se, por exemplo, lidar com a desorientação e a perda de memória recente etiquetando as gavetas, mantendo uma rotina diária e deixando à vista um calendário em que se liste compromissos e eventos.

Estágio Avançado:

Num estágio avançado as pessoas podem ter coreia grave mas, mais frequentemente, se tornam rígidas. Engasgo com comida se torna uma preocupação maior, bem como a perda de peso.

Nesta fase os pacientes são totalmente dependentes para todos os aspectos de cuidados, não podem mais andar e não são capazes de falar.

Sintomas:

Emocionais/Comportamentais:

Depressão, irritabilidade, ansiedade e apatia são frequentemente encontrados na DH. Algumas pessoas podem apresentar depressão por um período de meses ou mesmo anos antes que isto seja reconhecido como um sintoma inicial da DH. Mudanças comportamentais podem incluir explosões agressivas, impulsividade, mudanças de humor e afastamento social.

Frequentemente, traços de personalidade existentes serão exacerbados e, por exemplo, uma pessoa que tinha tendência a ser irritável, irá se tornar ainda mais irritável. Psicose e outros problemas psiquiátricos sérios são incomuns, mas também podem ocorrer.

Cognitivos/Intelectuais:

Mudanças intelectuais leves frequentemente são os primeiros sinais de perturbação cognitiva. Elas podem envolver habilidade reduzida para organizar assuntos de rotina ou para lidar com situações novas. A memória também pode ser alterada de alguma maneira e as tarefas de trabalho tornam-se mais difíceis.

Motores:

Os sintomas físicos podem, inicialmente, consistir de inquietação, contrações musculares ou agitação excessiva.  A escrita pode mudar e “caretas” podem aparecer. As habilidades do dia-a-dia envolvendo coordenação e concentração, tal como dirigir, tornam-se mais difíceis.

Esses sintomas iniciais evoluem gradualmente para movimentos involuntários mais marcados de cabeça, tronco e membros – que frequentemente levam a problemas para andar e manter o equilíbrio. Os movimentos em geral tendem a aumentar durante esforço voluntário, estresse ou excitação, e diminuem durante o descanso e o sono.

Com a progressão da doença, os movimentos vão se tornando mais lentos, assumindo um caráter de torção ou mesmo de posturas fixas (distonia). Especialmente nas fases mais avançadas todos os movimentos passam a ser extremamente lentos.

Outro sintoma proeminente é a dificuldade na articulação das palavras, que se apresenta precocemente no curso da doença. A fala torna-se mais lenta ou hesitante e, depois, progressivamente, explosiva, irregular, intercalada por longos silêncios, evoluindo para completa desorganização e mutismo.

Nas fases avançadas é comum a dificuldade em engolir, muitas vezes responsável por eventos potencialmente letais, como asfixia e aspiração de alimentos.

Já os sintomas motores afetam claramente a postura, o equilíbrio e o andar.

Tratamento:

Não existe cura para a Doença de Huntington e nenhuma estratégia para impedir a sua progressão. Por isso, os objetivos são retardar o aparecimento dos sintomas e manter o paciente autônomo e ativo durante o maior período de tempo possível.

Atualmente, alguns medicamentos ajudam a controlar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida. Já os tratamentos não-farmacológicos como a psicoterapia, a fisioterapia, a terapia respiratória, a terapia da fala e a terapia cognitiva, podem melhorar tanto os sintomas físicos como os psicológicos, proporcionando melhora no estado de ânimo, coordenação motora, articulação da fala, equilíbrio, deglutição e na marcha.

Embora as habilidades cognitivas sejam intensamente prejudicadas, é importante lembrar que, em geral, a pessoa ainda está consciente do seu meio ambiente, continua capaz de compreender a linguagem, tem consciência daqueles que ama e das pessoas ao seu redor e pode gostar de olhar fotografias e ouvir histórias da família e dos amigos.

Prevenção:

Não é possível prevenir o desenvolvimento da Doença de Huntington. Porém, quando houver a suspeita ou o conhecimento do estado de portador da mutação, é fundamental realizar o aconselhamento genético que permite definir o risco de transmissão da doença aos descendentes. Por outro lado, é importante considerar todas as formas de tratamento como um mecanismo de prevenção das suas complicações e da melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas.

Fontes:

Agência Câmara de Notícias
Associação Brasil Huntington
Rede CUF – Portugal
Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

27/09 – Dia Nacional de Doação de Órgãos

Falar de doação de órgãos ainda é um tabu. De cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar, apenas quatro acabam efetuando a doação. Um dos principais obstáculos é a recusa familiar. Neste ano, o tema da campanha do Ministério da Saúde sobre o tema será: “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, que alerta para a necessidade do diálogo sobre a doação e a desmistificação do assunto.

Dentre os motivos para não autorizar a doação, estão: a não aceitação da manipulação do corpo, crença religiosa, medo da reação dos parentes, desconfiança da assistência e a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica – quando se crê que é possível reverter o quadro. Por isso, falar sobre o assunto é o primeiro passo para se tornar um doador.

Além do doador ter a opção de informar em vida o seu desejo, a família também precisa comunicar à equipe médica sobre o ato. O processo inverso também é importante: os profissionais de saúde são parte essencial no diálogo com familiares e a sociedade como um todo.

A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, Patrícia Freire, também explica que, apesar dos números de doações estarem cada vez maiores, a lista de espera por um transplante continua grande. “Conversar sobre o tema é uma forma de quebrar barreiras, fortalecer a confiança e saber do desejo de cada um. Um dia, a família que doou órgãos pode precisar de um doador”, lembra.

Transplantes no Brasil

No primeiro semestre deste ano, 14.352 transplantes foram viabilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. O número já é maior que o de 2023, quando foram registrados 13,9 mil durante o mesmo período. Os órgãos mais doados foram rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão, além da córnea e medula óssea, que são tecidos.

No total, 4.580 órgãos e 8.260 córneas foram doados nos primeiros seis meses de 2024. O aumento em relação a 2023 foi de 3,2%. Se considerarmos apenas os transplantes de órgãos sólidos, o crescimento foi de 4,2% neste primeiro semestre do ano.

O SNT é o maior programa público de transplantes do mundo, responsável pela regulamentação, financiamento, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no Brasil. Cerca de 88% do custeio é realizado pelo SUS, que atualmente conta com 1.197 serviços distribuídos em 728 estabelecimentos habilitados para a realização de transplantes em todos os estados.

Atualmente, mais de 43 mil brasileiros estão na lista de espera de transplante. Para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e número de transplantes realizados, é importante identificar e notificar os óbitos, principalmente os de morte encefálica, preparar os profissionais de saúde e conscientizar a população sobre o processo de doação e transplante, fazendo com que os familiares autorizem a doação, no caso da morte de entes queridos.

A doação de órgãos é o ato em que uma pessoa, viva ou falecida, doa órgãos para salvar a vida de outra pessoa que está doente.

Na maioria das vezes, o transplante pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam do procedimento. O gesto solidário de familiares de um mesmo doador pode beneficiar várias pessoas e milhares de vidas podem ser salvas.

Além dos órgãos coração, pulmões, pâncreas, fígado, intestino e rins, medula óssea e tecidos como córnea, pele, músculos, tendões, ossos, veias, artérias e valvas cardíacas também podem ser doados.

A legislação em vigor no Brasil determina que a família seja responsável pela decisão de doar ou não os órgãos de seu ente falecido.

Após a confirmação da morte de um paciente, a equipe médica entra em contato com a família para comunicar o óbito e explicar o processo de doação. É o momento de tirar todas as dúvidas dos familiares e da família conversar, refletir e tomar a decisão mais adequada. Mesmo em meio à dor, é possível salvar outras vidas pela doação de órgãos.

No caso de doador vivo, a pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. Para a doação entre pessoas não aparentadas é exigida autorização judicial prévia. Entre vivos podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

Os potenciais doadores não vivos são pessoas com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, incompatível com a vida, irreversível e definitiva.

O Dia Nacional da Doação de Órgãos foi instituído pela Lei nº 11.584/2007 com o objetivo de promover a conscientização da sociedade sobre a importância da doação. A campanha pretende, ao mesmo tempo, estimular as pessoas para que conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto, informando seu desejo de ser doador.

Mais informações sobre todo o processo de doação de órgãos para transplante estão disponíveis aqui!

Fontes:

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
Ministério da Saúde
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal da Paraíba
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná