3 de dezembro: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Celebramos nesta terça-feira,  03/12, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, data que foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 2018.

Segundo a ONU informa, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo viviam com algum tipo de deficiência no ano de 2021. Os relatórios também informam que essas pessoas foram mais impactadas pela COVID-19, reconhecida como pandemia em 11/03/2020. Muitas dessas pessoas ainda vivem em condições de vulnerabilidade social, sobretudo mulheres acima de 60 anos, crianças, negras, negros e pardos.

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência tem o objetivo de informar a população sobre os assuntos relacionados à deficiência e conscientizar sobre a importância de entender as pessoas com deficiência nos seus diferentes aspectos: sociais, políticos, econômicos e culturais. A pessoa com deficiência (PCD) não pode mais ser vista como uma exceção na sociedade, um corpo com defeito ou uma “anomalia” que precisa de adaptação para exercer o direito de ir e vir. As pessoas com deficiência são um modo de vida, com todos os direitos: dignidade, acessibilidade e inclusão. A situação das pessoas com deficiência, o baixo acesso ao mercado de trabalho e condições de vida são desafios reais a serem mundialmente vencidos, além de constar como meta de agenda da ONU para 2030 (em seus objetivos de desenvolvimento sustentável).

É importante destacar que o mercado de trabalho é pouco acessível para as pessoas com deficiência, tanto no serviço público (apesar da reserva de cotas), quanto em empresas privadas. Quando contratadas, especialmente nas empresas privadas, essas pessoas são locadas em funções quase sem nenhuma chance de crescimento profissional. Essa prática está fortemente atrelada ao capacitismo porque na prática muitos empregadores acreditam que essas pessoas não são capazes de realizar o trabalho com eficiência, além de acharem que a construção de um ambiente acessível é bastante cara.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Brasil (IBGE) a taxa de participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é bem baixa: 28,3%. Esse é um porcentual bem menor do que o de pessoas sem deficiência: 66,3%. A remuneração média mensal é de R$ 1.639,00, enquanto a remuneração que os trabalhadores sem deficiência recebem é, em média, R$ 2.619,00. A falta de acesso à saúde e más condições de moradia são questões que vão além da pouquíssima e má planejada condição de acesso aos espaços físicos e transporte públicos.

De acordo com o conceito limitado às “incapacidades”, conceito médico, as deficiências são classificadas em: física, auditiva, visual, mental ou múltipla (quando duas ou mais deficiências estão associadas). No conceito atualmente aceito, e já presente na Lei nº 13.146/2015, uma pessoa com deficiência é uma forma de vida, essa condição pode ser temporária ou permanente. São reconhecidas limitações de mobilidade que ocorrem a partir do envelhecimento da população, diagnósticos de LER/DORT, artroses, disfunções metabólicas como diabetes e doenças renais, além de alguns tipos de câncer que podem impor a qualquer cidadã ou cidadão uma modificação à sua forma de vida anterior que passa a incorporar limitações.

Na década de 1980, a partir da segunda fase do conceito social de deficiência, as mulheres e o movimento feminista vão nos chamar a atenção de que as lesões podem existir desde o nascimento ou serem adquiridas durante a vida, podem ser temporárias ou permanentes, podem ser visíveis ou não e envolvem todas as pessoas ligadas de um núcleo social em ações de cuidado e atenção. É preciso garantir não apenas acesso à educação de qualidade, formação, trabalho e dignidade à pessoa com deficiência como também toda assistência e condição às cuidadoras e aos cuidadores. Por isso, as questões relacionadas à pessoa com deficiência dizem respeito à toda sociedade e precisam ser pensadas como um modelo universal.

A violência e os acidentes, incluindo os acidentes de trabalho, são fatores diretamente relacionados com o aumento do número de pessoas com deficiência a cada ano. No Brasil as vítimas de arma de fogo, acidentes por atropelamento, acidentes de veículos automobilísticos (moto ou carro) são fatores que encabeçam os índices de lesionados que se tornam PCDs essas questões vão além da mera inclusão, exigem, antes de tudo, também a redução da violência.

Além das ações preventivas e integrativas é fundamental que se tenha uma política de promoção de igualdade para PCDs, essa política não pode ser reduzida ao foco assistencialista nem reforçar, de modo algum, o capacitismo. Precisa ser norteada por princípio da inclusão. Para isso, é fundamental entendermos que as pessoas com deficiência estão em corpos que abrigam diferentes formas de vida, como tal e socialmente existentes, necessitam de todas as garantias de direitos. Isso exige um esforço assertivo em ações de inclusão por parte do estado e conscientização da sociedade de que as deficiências físicas, ou mentais, são condições que dizem em respeito à coletividade, não ao indivíduo.

Fonte: 3 de dezembro: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – SINASEFE

01/12 – Dia Mundial de Luta Contra a Aids 2024: Reflexões e Compromissos no Combate ao HIV/AIDS

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro, é uma data de conscientização, solidariedade e mobilização global no combate ao HIV/AIDS. Em 2024, a data adquire um significado ainda mais profundo à medida que o mundo continua enfrentando os desafios de saúde pública e trabalha para eliminar o estigma, promover a prevenção e melhorar o acesso ao tratamento para as pessoas vivendo com o HIV.

A Importância do Dia

A origem do Dia Mundial de Luta Contra a Aids remonta a 1988, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu criar essa data para alertar a população sobre os riscos do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), além de promover a educação e a prevenção. Desde então, o dia tem sido uma plataforma para discutir os avanços na medicina, as estratégias de prevenção e, principalmente, os desafios ainda presentes na luta contra a doença.

Em 2024, a luta continua sendo vital, pois, embora tenha ocorrido um progresso significativo, ainda há muitos obstáculos a serem superados, como a desigualdade no acesso a cuidados de saúde, a discriminação, e a falta de informação em algumas regiões do mundo.

A Situação Atual da Pandemia de HIV/AIDS

Em termos globais, o HIV continua sendo uma das principais ameaças à saúde pública. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 39 milhões de pessoas vivem com o HIV em todo o mundo, e 1,7 milhões de novas infecções foram registradas apenas em 2023. Embora o número de mortes tenha diminuído ao longo dos anos, com a evolução do tratamento antirretroviral (TAR), a doença ainda resulta em aproximadamente 690.000 óbitos anuais.

O Brasil, por exemplo, tem investido em campanhas de prevenção e no fornecimento de medicamentos gratuitos. Entretanto, o país ainda enfrenta desafios, como o aumento das infecções entre jovens e populações vulneráveis, além de problemas relacionados ao estigma e à discriminação enfrentados por pessoas vivendo com HIV.

A Prevenção como Chave

Um dos focos principais do Dia Mundial de Luta Contra a Aids é a prevenção. A disseminação de informações sobre práticas sexuais seguras, o uso de preservativos e o acesso ao teste rápido são fundamentais para a redução das novas infecções. Além disso, o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de medicamentos para prevenir a infecção pelo HIV, tem se mostrado uma ferramenta importante.

É também fundamental garantir que a população tenha acesso a testes de HIV, de forma confidencial e sem barreiras. O diagnóstico precoce pode ser a chave para um tratamento eficaz, prevenindo a progressão para a AIDS, uma vez que, com os medicamentos adequados, pessoas vivendo com HIV podem ter uma qualidade de vida normal e uma expectativa de vida comparável à de pessoas sem o vírus.

Estigma e Discriminação

Apesar dos avanços na medicina e nas campanhas de conscientização, a sociedade ainda lida com o estigma e a discriminação contra pessoas vivendo com HIV/AIDS. Muitas pessoas que vivem com o vírus enfrentam exclusão social, dificuldades em acesso ao trabalho e, muitas vezes, até o afastamento da própria família. Isso cria barreiras que dificultam o enfrentamento da epidemia.

Portanto, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids também é uma oportunidade de destacar a importância da inclusão social, do respeito à dignidade humana e da necessidade de erradicar o preconceito. Uma sociedade sem discriminação é fundamental para alcançar um futuro livre de HIV.

O Papel da Ciência e da Medicina

Nos últimos anos, a ciência fez avanços significativos no tratamento do HIV. O tratamento antirretroviral tem permitido que milhões de pessoas vivam com o HIV de maneira controlada, com boa qualidade de vida. Além disso, a pesquisa continua a buscar soluções para uma possível cura e vacinas mais eficazes.

A medicina também tem se adaptado às necessidades das populações mais vulneráveis, incluindo mulheres, jovens, população LGBT+ e profissionais do sexo, oferecendo cuidados mais especializados e campanhas direcionadas. A adesão ao tratamento é um dos maiores desafios, e garantir o acesso contínuo e sem interrupções ao tratamento é essencial para manter o controle sobre a epidemia.

A Solidariedade e os Compromissos Globais

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids de 2024 também é uma data para reforçar os compromissos globais de combate ao HIV/AIDS. A ONU, a OMS e outras organizações internacionais seguem atuando para alcançar a meta de erradicar a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030. Para isso, é necessário garantir acesso universal ao tratamento, à prevenção e ao diagnóstico.

Além disso, a luta contra o HIV/AIDS não pode ser dissociada de outras questões sociais, como a pobreza, a violência de gênero e o acesso à educação. Esses fatores têm um impacto direto na propagação do HIV e nas condições de vida das pessoas que vivem com o vírus.

Reflexões Finais

Em 2024, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids deve ser um momento de reflexão sobre o progresso alcançado e os desafios ainda enfrentados. A luta contra o HIV/AIDS é uma batalha que requer a união de todos os setores da sociedade: governos, organizações não governamentais, profissionais de saúde e cidadãos. É fundamental continuar com campanhas de conscientização, melhorar o acesso aos serviços de saúde e garantir que todas as pessoas, independentemente de sua origem ou condição social, tenham a oportunidade de viver com dignidade e sem medo da discriminação.

Portanto, o Dia 1º de dezembro de 2024 não é apenas uma data de lembrança, mas também de renovação de compromissos e de ações concretas para vencer a epidemia e alcançar um futuro sem AIDS.

Relatório Semanal dos Agentes de Vigilância em Saúde

Na manhã desta quinta-feira, 28 de novembro de 2024, os agentes de vigilância em saúde (AVS) se reuniram no laboratório de informática da estação OTICS-Rio Padre Miguel para consolidar os boletins diários de atividade em campo.

O objetivo do encontro foi reunir os documentos para digitação e enviar à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) o resumo do trabalho semanal da equipe de campo.

 

 

 

 

 

A vigilância em saúde é responsável por monitorar e analisar a situação de saúde da população, além de controlar riscos e danos à saúde. As ações de vigilância em saúde incluem: Vigilância epidemiológica, Vigilância sanitária, Vigilância ambiental, Vigilância em saúde do trabalhador. 

Os agentes de vigilância em saúde atuam em ações de campo, visitas domiciliares e comunitárias, e na prevenção de doenças. Eles também fiscalizam serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais.

Colegiado Gestor Local de Educação Física AP 5.1

No dia 27/11/2024, o auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel recebeu os profissionais de educação física da área programática 5.1 para o colegiado gestor local. A reunião foi para tratar dos processos de trabalho, planejamento para 2025 e o fechamento das ações dos profissionais de educação física do Programa Academia Carioca do ano de 2024 .

 

 

 

 

 

 

 

 

O Programa Academia Carioca foi criado em 2009 pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio para promover a prática de atividade física e educativa regular nas Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde, com acompanhamento e desenvolvimento de ações preventivas e de boas práticas em saúde. Todas as pessoas cadastradas no SUS podem participar.

27 de Novembro – Dia Nacional de Combate ao Câncer

Dia Nacional de Luta Contra o Câncer de Mama, celebrado em 27 de novembro, é uma data dedicada a conscientizar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento para o câncer de mama. Essa doença, que é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, pode ser tratada com sucesso quando detectada em seus estágios iniciais.

O Que é o Câncer de Mama?

O câncer de mama é o crescimento desordenado de células na mama, que pode levar à formação de tumores. Embora afete principalmente mulheres, homens também podem desenvolvê-lo, embora seja menos comum.

Fatores de risco incluem:

  • Histórico familiar de câncer de mama;
  • Idade avançada;
  • Primeira menstruação precoce ou menopausa tardia;
  • Obesidade e sedentarismo;
  • Consumo excessivo de álcool e tabagismo.

A Importância da Conscientização e Prevenção

A data tem como objetivo reforçar que o combate ao câncer de mama começa com a conscientização. Conhecer o próprio corpo e estar atento a sinais de alerta é fundamental.

Dicas de prevenção:

  • Pratique o autoexame: Embora não substitua exames clínicos, conhecer a aparência e a textura normal das mamas ajuda a identificar alterações.
  • Realize mamografias regulares: Mulheres acima de 40 anos devem realizar o exame anualmente ou conforme recomendação médica.
  • Adote hábitos saudáveis: Alimentação equilibrada, prática de exercícios e evitar o consumo de álcool e cigarro reduzem os riscos.

Sinais de alerta:

  • Nódulos na mama ou axila;
  • Alterações na pele da mama, como vermelhidão ou aparência de “casca de laranja”;
  • Inversão do mamilo ou secreções anormais;
  • Mudança no tamanho ou formato da mama.

Tratamento e Suporte

O diagnóstico precoce é o principal aliado no tratamento bem-sucedido do câncer de mama. Dependendo do estágio da doença, o tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Além disso, o apoio emocional é essencial para pacientes e famílias. Organizações como a FemamaAbrale e Amigas do Peito oferecem suporte psicológico e informações sobre os direitos dos pacientes.

Câncer de Mama no Brasil: Um Panorama

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer):

  • São estimados mais de 70 mil novos casos de câncer de mama por ano no Brasil;
  • A taxa de cura ultrapassa 90% quando a doença é detectada precocemente;
  • A falta de acesso a exames regulares e ao tratamento é uma barreira significativa para a redução da mortalidade.

 

Fonte: Dia Nacional de Luta Contra o Câncer de Mama – 27 de Novembro

25/11 – Dia do Doador de Sangue

Nesta segunda-feira, dia 25 de novembro, é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue, uma data criada para homenagear aqueles que salvam vidas por meio deste ato tão nobre e solidário. A seguir, destacamos uma mensagem especial sobre o Dia do Doador de Sangue. É para compartilhar e agradecer!

A escolha desta data não é por acaso: ela marca o início da Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue, que reforça a importância desse gesto de amor e cidadania.

Doar sangue é mais do que um ato de solidariedade; é a chance de transformar vidas e dar esperança a quem mais precisa. Para inspirar ainda mais pessoas a se unirem a essa causa, compartilhamos uma mensagem especial.

Mensagem Doador de Sangue

Cada gota de sangue doada é uma semente de vida que floresce no coração de alguém. Ser doador é ser um herói anônimo que espalha esperança e amor ao próximo. Neste Dia Nacional do Doador de Sangue, celebramos a generosidade e a coragem de quem escolhe salvar vidas. Compartilhe essa ideia e faça parte dessa corrente do bem!

Dicas para doações

Se você deseja doar sangue pela primeira vez, aqui estão algumas dicas importantes para tornar essa experiência simples e segura:

  • É necessário ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos responsáveis), pesar mais de 50 kg e estar em boas condições de saúde.
  • Durma bem na noite anterior e faça uma refeição leve antes da doação. Evite alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem.
  • Beba bastante água antes da doação para facilitar o processo.
  • É essencial apresentar um documento oficial com foto.
  • Após a doação, descanse e evite esforços físicos nas primeiras horas.

Fonte: Dia do Doador de Sangue: Mensagem para compartilhar e agradecer | Hospital Leonardo da Vinci | G1

20/11 – Dia da Consciência Negra

Celebrado neste 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra será feriado nacional pela primeira vez em 2024, instituído pela Lei 14.759/2023.

A data rememora a morte de Zumbi dos Palmareslíder do maior quilombo do Brasil no período colonialassassinado em 1695, e foi proposta por um grupo de estudiosos e ativistas gaúchos como alternativa à celebração da Abolição da Escravatura, em 13 de maio.

Integrantes do Grupo Palmares duante congresso do movimento negro — Foto: Arquivo pessoal
Há 13 anos, o 20 de novembro foi oficializado como Dia da Consciência Negra. No entanto, a data era reconhecida como feriado apenas em seis estados – Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo – e em aproximadamente 1,2 mil cidades.
O caminho para chegar até a instituição do feriado nacional foi longo. A transformação da data em feriado era uma pauta do movimento negro, foi discutida no Congresso, aprovada por lei e sancionada pelo governo federal em dezembro de 2023.

Essa luta faz parte da vida de Antônio Carlos Côrtes. Além de advogado, comunicador, escritor e integrante da Academia Rio-Grandense de Letras, Côrtes é um dos fundadores do Grupo Palmares. Formado por jovens estudantes negros do Rio Grande do Sul em 1971, o grupo mobilizava a luta antirracista e propôs o dia da morte de Zumbi dos Palmares como marco.

O grupo Palmares nasceu durante a ditadura cívico-militar no Brasil, período de 1964 a 1985 em que houve repressão e censura da oposição ao governo, principalmente de artistas, escritores e imprensa.

Como surgiu o 20 de novembro

Foi na Biblioteca Pública do Estado, em Porto Alegre, ao ler o livro O Quilombo dos Palmares, do historiador Edison Carneiro, que Côrtes procurava pela data de nascimento de Zumbi.

“Não descobri (o dia do nascimento), mas descobri a data da sua morte: 20 de novembro de 1695, na região onde hoje é Alagoas”, relembra.

Côrtes cresceu entre morros e periferias de Porto Alegre, enfrentando desafios que marcaram sua consciência política e cultural desde jovem. “Meu pai sempre nos dizia: ‘não esqueçam os documentos’. Para a polícia, todo jovem negro era suspeito. Isso me fez buscar conhecimento, frequentar bibliotecas e entender nossa história”, conta.

Antônio Carlos Côrtes — Foto: Arquivo pessoal

Junto de Côrtes, integravam o Grupo Palmares o poeta Oliveira Silveira, falecido em 2009 e laureado como doutor honoris pela UFRGS no último ano. Também participavam do Grupo Palmares Ilmo Silva, Vilmar Nunes, José Antônio dos Santos e Luiz Paulo Assis Santos.

“Nos reuníamos em casas ou na Esquina Democrática, em Porto Alegre. Ali debatíamos democracia e políticas públicas para a população negra, que já habitava 85% da periferia da cidade”, conta Côrtes.

Em um desses encontros, Côrtes mostrou o livro de Carneiro aos colegas. Então, o grupo propôs o 20 de novembro como alternativa ao 13 de maio, data em que a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, pôs fim à escravidão, mas sem prever políticas públicas que garantissem educação e trabalho aos recém-libertados.

O próximo passo dos jovens estudantes seria de divulgar a ideia desse movimento, mas tiveram dificuldades para encontrar apoiadores. Até que um jornalista de um jornal no Rio de Janeiro escreveu, em quatro linhas curtas de um jornal, a ideia dos ativistas sobre considerar o dia 20 como o da Consciência Negra.

“Foi como um rastro de pólvora para os negros brasileiros, especialmente de São Paulo, que em 1978 criaram o Movimento Negro Unificado (MNU) e abraçaram a ideia de começar a discutir e repercutir esse ‘não’ ao 13 de Maio da Princesa Isabel, a dita redentora, e sim ao 20 de novembro de Zumbi dos Palmares”, relembra Côrtes.

Oliveira Silveira — Foto: Tânia Meinertz/Divulgação

A luta hoje

Para o escritor, a decisão pelo feriado é uma conquista, mas de uma luta com uma grande dívida histórica.

“Eu sinto como uma vitória da semente plantada pelo Grupo Palmares lá em 1970. Mas não fico em zona de conforto. Eu vejo que é apenas uma sinalização para continuar a luta buscando reconhecimento de maiores espaços”, comenta.

Mesmo com avanços, como cotas raciais e políticas afirmativas, Côrtes lembra que ainda existe muita desigualdade na sociedade. Como exemplo, cita “que (os negros) são os primeiros a serem demitidos e os últimos a serem admitidos”.

Ele ainda aponta que a data é para todos, inclusive para aqueles que carregam preconceitos.

“Esse feriado vai abarcar, vai atingir também os racistas. Eles irão usufruir. Não é um feriado só para negros. Eles irão usufruir desse momento. E eu gostaria que eles pudessem refletir sobre o que significa a data. Onde eles escondem o racismo que está dentro deles?”, comenta.

O ativista espera que as pessoas pensem sobre o racismo, a segregação racial e o preconceito. Para iniciar essa reflexão, ele afirma: “o racismo é dizer que uma raça é superior à outra”.

“Não queremos um dia para descansar ou viajar. Queremos um dia de reflexão, debates e valorização da contribuição negra na construção do Brasil”, ressalta.

Segundo o escritor, o pressuposto básico para tratar o assunto é um: a educação. “A palavra está dizendo: educar a ação, comenta.

Aprovação da lei

O presidente Lula sancionou, no dia 21 de dezembro de 2023, o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado em todo o Brasil.

O feriado foi aprovado em lei pela Câmara e pelo Senado em novembro do último ano, após a bancada negra da Câmara apresentar um projeto.

Em 2011, o Congresso havia aprovado uma lei que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra a ser comemorado no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder Zumbi dos Palmares. Na ocasião, contudo, os parlamentares decidiram não tornar a data um feriado nacional.

Fonte: Saiba como surgiu o dia da Consciência Negra, proposta por estudantes negros do RS em memória a Zumbi dos Palmares | Rio Grande do Sul | G1

21/11 – Dia Nacional da Homeopatia

Em 21 de novembro de 1840, o médico francês Benoit Jules Mure desembarcou no Brasil trazendo uma opção revolucionária de tratamento: a homeopatia. Quase dois séculos depois, a data da chegada de Bento Mure, como ficou rapidamente conhecido pelos brasileiros, ainda é lembrada anualmente, homenageando toda a comunidade de saúde que se dedica à prevenção de diversas doenças através da homeopatia. A especialidade foi reconhecida em 1980 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e hoje concentra cerca de 2,8 mil médicos habilitados.

Apesar da longa trajetória, a homeopatia ainda é vista com certo preconceito por muitas pessoas. No entanto, quem trabalha e conhece o tratamento defende: “não é mágica e, muito menos, charlatanismo”. É o que afirma a farmacêutica, Alessandra Souza, que atua há 30 anos no ramo da homeopatia. Hoje gerente de produção no Grupo Farmácia Artesanal, Alessandra garante que, mesmo sofrendo com a mistificação, a homeopatia é comprovadamente eficaz em diversos casos clínicos. “Não são gotinhas milagrosas, mas sim uma ciência que, inclusive, é essencial na parte integrativa do SUS”, explica.

Homeopatia X medicina tradicional

A farmacêutica explica que a principal diferença é que, enquanto os medicamentos industrializados – também chamados de alopáticos – buscam aliviar os sintomas de uma doença, os homeopáticos são pensados para tratar a saúde do indivíduo de uma forma completa. Isso porque a homeopatia trabalha através da ciência da cura pelo semelhante, utilizando, em doses pequenas, as mesmas substâncias que causam os sintomas de alguma enfermidade.

“No caso de uma febre, por exemplo, na alopatia você ofereceria ao paciente um antitérmico, para baixar a temperatura. Na homeopatia, você dá um medicamento que causa a febre em níveis baixos para preparar o corpo”, explica Alessandra Souza.

Segundo a médica homeopata Talita Roque, os resultados dessa linha terapêutica começam a ser observados entre uma a quatro semanas de tratamento e a melhora é progressiva. Ela reitera ainda que alguns indivíduos respondem mais rápido que outros, uma vez que a atuação do medicamento depende da profundidade que está o adoecimento do indivíduo.

“Eu faço sempre uma consulta detalhada na qual olho o paciente como um todo e aprofundo tanto nas características dos sintomas, quanto nas características pessoais. São consultas longas para que eu encontre o medicamento homeopático mais semelhante ao paciente”, afirma a médica.

Entre as condições mais comuns tratadas pela homeopatia, Talita Roque cita doenças de repetição como otite e cistite e casos crônicas como dermatites e asma. Já nas doenças autoimunes, como vitiligo e psoríase, a homeopatia pode atuar diretamente no sistema imunológico, além de apresentar efetividade comprovada na saúde mental, tratando ansiedade generalizada e pânico, por exemplo.

Outro ponto ressaltado pela médica é que, quando o assunto é homeopatia, não há perfil ideal de paciente. “A homeopatia é indicada para qualquer ser vivo, pois todos nós temos a energia vital, que é onde a homeopatia atua. O importante é compreender que a chave do sucesso é estimular a saúde e não tratar somente doença”, completa.

Seu remédio do seu jeito

Alessandra Souza explica que um diferencial indispensável no contexto da comunidade de homeopatia é a confiança entre médicos e farmacêuticos. Trata-se de uma via de mão dupla, uma vez que cada remédio é pensado unicamente para cada paciente. “Se o prescritor pedir duas gotas de algum ativo, ele precisa confiar que o farmacêutico na linha de produção vai colocar apenas duas, nem mais nem menos”, comenta.

“Hoje o processo terapêutico pode ser realizado inclusive de forma tópica, com cremes e pomadas, além do medicamento em papel, que pode ser dissolvido na água”, reitera Alessandra.

Fonte: Dia Nacional da Homeopatia: Brasil tem cerca de 2,8 mil médicos habilitados – Jornal Estado de Minas | Notícias Online

 

Grupo de Tabagismo CFOE – 4ª Sessão de Manutenção

Na manhã do dia 19 de novembro de 2024, recebemos no auditório da estação OTICS-Rio Padre Miguel, a psicóloga Márcia Barros e a nutricionista Flávia Seda da Clínica da Família Olímpia Esteves (CFOE) para mais um encontro do grupo de tabagismo da unidade.

A reunião tratou de assuntos como benefícios conquistados ao deixar de fumar e sobre as substâncias nocivas contidas no cigarro. Além do incentivo para deixar o vício do tabagismo, a reunião visa apoiar os membros na prevenção de recaídas e mais uma sessão de auriculoterapia.

A auriculoterapia pode ser uma terapia complementar para reduzir o tabagismo, abordando aspectos físicos e emocionais do vício. 

A auriculoterapia consiste em aplicar sementes de mostarda, agulhas ou esferas magnéticas em pontos específicos da orelha, que estão relacionados com os sistemas nervoso, respiratório e digestivo. A estimulação desses pontos pode:
    • Reduzir o desejo de fumar
    • Aliviar sintomas de abstinência, como irritabilidade, ansiedade e insônia
    • Estimular a liberação de endorfinas, neurotransmissores que promovem sensação de prazer e relaxamento

 

18/11 – Dia Nacional de Combate ao Racismo

SAÚDE ANTIRRACISTA

No Dia Nacional de Combate ao Racismo (18/11), ganha destaque a importância de promover a equidade no acesso à saúde, especialmente para as populações afrodescendentes.

Um estudo da OPAS/OMS revelou que, em mais de 80% dos países latino-americanos, as populações negras enfrentam desigualdades sociais e econômicas que impactam diretamente sua saúde. No Brasil, iniciativas como a Política de Atenção Integral à Saúde da População Negra buscam combater as desigualdades e o racismo institucional, promovendo práticas de saúde mais inclusivas e humanizadas.

O acesso universal, igualitário e integral é a base do SUS. É preciso avançar, ainda mais, na construção de um sistema de saúde mais justo, acessível e livre de discriminação.

Fonte: ENSP-FIOCRUZ, OPAS e Biblioteca Virtual em Saúde/MS